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foma: conheça as causas, tipos e sintomas da doença

Linfoma: causas, sintomas e tratamentos

Câncer no sangue pode atingir qualquer parte do corpo onde o sistema linfático está presente.

O linfoma é uma doença hematológica que afeta as células do sistema imunológico. Tradicionalmente, é categorizado em dois tipos: linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não Hodgkin (LNH). No entanto, existem dezenas de subtipos de linfomas não Hodgkin, e essa divisão é mais relevante para os especialistas.

linfoma

Mais importante que essa classificação é a categorização entre linfomas indolentes (que se desenvolvem e crescem lentamente), agressivos e muito agressivos. Essas três formas apresentam diferenças significativas no comportamento clínico, o que influencia tanto a escolha do tratamento quanto a resposta às terapias disponíveis.

O que é linfoma?

O linfoma é uma doença que afeta as células linfoides do sistema de defesa do organismo, conhecido como sistema linfático. Essas células, presentes nos linfonodos e em outros órgãos, proliferam de forma desordenada, formando nódulos aumentados e, em alguns casos, grandes massas. A doença pode se manifestar em qualquer parte do corpo.

Sim, o linfoma é considerado um tipo de câncer devido à biologia da doença. No entanto, seu comportamento clínico é bastante variável e totalmente distinto de outros tipos mais conhecidos, como câncer de mama, próstata ou pulmão.

 Por exemplo, não há benefício em operar pacientes com linfoma, pois não existe o conceito de metástase nessa doença e, mesmo nos casos avançados, o objetivo do tratamento é a cura, que, felizmente, muitas vezes é alcançada.

Além disso, existem diversos tipos de linfomas com comportamento benigno que não exigem tratamento imediato. Em certos casos, o tratamento pode ser adiado por anos sem representar risco para o paciente.

Quais são as causas do linfoma?

As causas do linfoma ainda não são completamente compreendidas. Na maioria dos pacientes, não é possível identificar uma causa específica ou um fator responsável pela doença, seja comportamental ou ambiental. Porém, em uma pequena parcela dos casos, o desenvolvimento da doença pode estar associado a certas condições clínicas. 

Veja alguns exemplos:

  • Imunossupressão: ocorre em pacientes que fazem uso de drogas imunossupressoras, como as indicadas para prevenir a rejeição após transplantes de órgãos, e em casos de imunodeficiência, como o HIV.
  • Outros fatores: doenças genéticas; infecção pelo vírus EBV (causador da mononucleose); infecções crônicas, como hepatite C e a bactéria H. pylori no estômago; exposição à radiação; e contato com agentes químicos, como solventes, pesticidas e agrotóxicos.

Como mencionado, o linfoma está geralmente associado a condições clínicas. Diferentemente de outros tipos de câncer, não existe comprovação de que fatores ambientais ou comportamentais sejam os principais responsáveis pelo desenvolvimento da doença.

Quais são os sintomas de linfoma? 
Os sintomas do linfoma podem variar bastante, pois depende da região afetada, mas geralmente incluem:

  • Presença de linfonodos aumentados no pescoço, axilas e/ou virilhas, que são indolores e não associados a infecções adjacentes;
  • Tosse, falta de ar e/ou dor torácica, se o linfoma afetar o tórax;
  • Distensão abdominal e edema nas pernas se o tumor se desenvolver na pelve ou abdome;
  • Febre, fadiga, sudorese noturna, coceira no corpo e perda de peso sem razão aparente.

Esses sintomas geralmente estão presentes apenas nos pacientes com doença mais avançada e que já têm alguns dos outros sintomas acima citados.

O crescimento dos linfonodos pode variar conforme o subtipo: indolente, agressivo ou muito agressivo, podendo ocorrer de maneira lenta ao longo de anos ou rápida em poucos dias.

Linfomas de Hodgkin

Existem mais de 60 tipos de linfomas não Hodgkin, classificados de acordo com o tipo de célula linfoide afetada (linfócitos B ou T) e o padrão de apresentação microscópica.

Eles representam 80% dos casos de linfoma e podem surgir em diversas partes do corpo, incluindo os linfonodos e órgãos extranodais, que ficam fora do sistema linfático.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico deve ser feito por meio de uma biópsia, que envolve a retirada de uma amostra de um linfonodo ou da região acometida. Essa biópsia pode ser realizada com agulha grossa, guiada por ultrassonografia ou tomografia computadorizada, ou por meio de uma cirurgia para a retirada completa do linfonodo ou da área afetada.

Tanto o linfoma de Hodgkin quanto o linfoma não-Hodgkin apresentam comportamentos, sinais e graus de agressividade distintos, dependendo do subtipo, da apresentação inicial e da condição clínica do paciente.

Existem pacientes com doença de excelente prognóstico, com altíssimas taxas de cura, e outros que nem precisarão de tratamento. Há também aqueles que se curam após mais de uma linha de tratamento, e alguns (mais raros) que têm doenças muito resistentes e não conseguem se curar, mesmo após várias linhas e tipos diferentes de tratamento.

Como é feito o tratamento para linfoma?

O tratamento para o linfoma varia segundo o subtipo da doença, a apresentação clínica e a condição física do paciente. 

Normalmente envolve:

Quimioterapia

Administração de medicamentos para destruir as células malignas.

Imunoterapia

Administração de medicamentos que auxiliam e/ou sinalizam o sistema imunológico a destruir as células malignas, como os anticorpos monoclonais.

Radioterapia

Uso de radiação para destruir as células cancerígenas.

Droga imunomoduladora

Administração de medicamentos que estimulam o sistema imunológico a destruir as células malignas.

Transplante de medula óssea

Pode ser considerado em pacientes que apresentem recaídas após o tratamento de primeira linha e até em linhas iniciais, dependendo da gravidade da doença.

Terapia celular com CAR-T Cells (células CAR-T) 

Modalidade mais recente e altamente eficaz para o tratamento dos linfomas de células B, que consiste em retirar uma parte dos linfócitos do paciente, modificá-los em laboratório para torná-los mais eficientes no combate ao linfoma e depois devolvê-los ao paciente para combater a doença.

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