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A tecnologia oferece mais precisão e segurança no centro cirúrgico. Saiba como ela é realizada pelo cirurgião.

A cirurgia robótica representa uma evolução dos tipos de cirurgia minimamente invasivos. Ela une a habilidade técnica do cirurgião com a precisão de um robô de alta tecnologia. Essa inovação marca um salto na medicina, superando as limitações das técnicas abertas e até mesmo da laparoscopia tradicional.
No Brasil, o número de hospitais que oferecem essa tecnologia cresce anualmente. Dados da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) indicam que, em casos como a cirurgia de próstata (prostatectomia), a robótica demonstrou maior probabilidade de preservar a função sexual e reduzir o tempo de internação, provando sua eficácia clínica (CONITEC, 2018).
Esta é uma das maiores inovações da medicina moderna. O robô oferece ao médico uma visão superdetalhada e movimentos delicados em espaços minúsculos.
Saiba mais sobre o que é a cirurgia robótica, como ela funciona e em quais casos ela é a opção mais recomendada.
A cirurgia robótica é um avanço da técnica laparoscópica. Ela é considerada a forma mais precisa de cirurgia com pequenos cortes, ou seja, minimamente invasiva. A diferença reside na inteligência e na flexibilidade da ferramenta utilizada.
É fundamental entender como a cirurgia robótica funciona: quem faz a cirurgia é o cirurgião, e não o robô sozinho. O robô não é autônomo. Ele é uma ferramenta sofisticada que é controlada remotamente pelo médico, traduzindo com fidelidade e precisão os comandos humanos.
O sistema robótico é composto por três partes principais que trabalham em conjunto:
É o centro de controle. O cirurgião se senta confortavelmente, colocando os olhos em um visor e as mãos em controles manuais e pedais. Através desse visor, o médico vê o campo cirúrgico em 3D, em alta definição e com a imagem ampliada em até 15 vezes, dependendo do modelo da tecnologia.
A visão tridimensional é crucial porque dá a exata noção de profundidade que pode faltar nas cirurgias laparoscópicas tradicionais.
É a estrutura que fica ao lado do paciente. Ela geralmente possui de três a quatro braços mecânicos longos. Estes braços seguram e movem os instrumentos cirúrgicos dentro do corpo do paciente. O formato e estrutura do robô podem ser diferentes, dependendo do modelo.
São as "mãos" do cirurgião. Eles são ferramentas delicadas, acopladas ao robô, que imitam o pulso humano. Eles permitem movimentos de 360 graus, girando e se flexionando de forma mais otimizada do que a mão humana ou a pinça laparoscópica.
O cirurgião controla esses braços do console. O sistema transforma os movimentos amplos da mão do médico em micromovimentos precisos dentro do corpo do paciente. Com isso, é possível eliminar qualquer tremor natural da mão humana e garantir uma estabilidade milimétrica durante todo o procedimento.
A cirurgia robótica oferece diferenciais e benefícios importantes, que se refletem tanto na recuperação do paciente quanto na performance da equipe médica.
Esses fatores minimizam o trauma cirúrgico, resultando em uma recuperação pós-operatória mais confortável, segura e rápida. O paciente retoma suas atividades diárias e profissionais em menos tempo.
Estes diferenciais juntos tornam a cirurgia robótica o que há de mais avançado na medicina moderna.
Existem três tipos de cirurgia: a convencional (aberta), a laparoscópica e a robótica.
Na cirurgia convencional, também conhecida como aberta, o corte é grande e o método é invasivo. A recuperação costuma ser mais lenta.
A cirurgia laparoscópica foi a primeira técnica minimamente invasiva. Ela usa pequenos furos e pinças retas. A visão é apenas 2D e a mobilidade dos instrumentos é limitada.
A principal diferença da cirurgia robótica de outras cirurgias convencionais está na precisão. A robótica aprimora visão e mobilidade, superando a laparoscopia:
A cirurgia robótica oferece maior destreza em espaços reduzidos. Ela torna cirurgias complexas mais seguras para o paciente.
A cirurgia robótica é recomendada em procedimentos de alta complexidade. A precisão do robô é crucial para evitar danos a estruturas vizinhas e delicadas.
Ela é indicada para casos que precisam de grande precisão e acesso a áreas que são difíceis de alcançar com as mãos ou instrumentos laparoscópicos. É o caso da pelve, na região da bacia.
Veja alguns exemplos de indicações da cirurgia robótica.
A cirurgia robótica é uma das três abordagens principais no tratamento do câncer de próstata. Também é o tratamento mais moderno e mais utilizado para a retirada total da próstata e cirurgias renais.
A precisão da cirurgia robótica da próstata e para intervenções renais é imprescindível para preservar o "feixe neurovascular", que é um conjunto de nervos responsáveis pela ereção e pela continência urinária. A chance de recuperação dessas funções é significativamente maior.
É indicada para retirada de útero e para o tratamento da endometriose profunda, uma doença onde o tecido do útero cresce em outros órgãos. A técnica é valiosa em casos de endometriose que atingem bexiga e intestino.
O robô facilita a remoção dos focos da doença que estão "grudados" em outras estruturas, minimizando o risco de lesão.
A cirurgia robótica de endometriose também pode ser indicada quando o tratamento convencional não consegue controlar a dor ou quando o quadro é avançado demais.
A tecnologia pode ser usada em cirurgia colorretal, no intestino, em hérnias complexas e na cirurgia bariátrica para redução de estômago. No caso da bariátrica, ela permite reconstruções internas com maior precisão e suturas mais seguras.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, a cirurgia robótica bariátrica tornou-se uma verdadeira aliada e uma opção para pacientes com grau extremo de obesidade.
Nesse tipo de cirurgia, o robô consegue ter maior amplitude de movimento e acesso a regiões mais profundas, geralmente limitadas pelo volume do tecido adiposo.
A precisão é vital na remoção de tumores. A técnica, que está inserida entre os vários tipos de cirurgia robótica, permite ao cirurgião remover o tumor com margens de segurança maiores. Isso permite preservar mais os tecidos saudáveis próximos.
É utilizada em câncer de estômago, fígado, pulmão e reto.
Usada em reparo de válvulas cardíacas e outros procedimentos torácicos.
O médico especialista deve avaliar cada caso individualmente. Ele determinará se a técnica robótica é a melhor opção, sempre considerando a condição clínica do paciente.
Embora seja uma técnica de ponta e segura, a cirurgia robótica apresenta algumas contraindicações:
Pacientes com obesidade mórbida extrema ou com doenças cardíacas e pulmonares muito avançadas podem não ser candidatos.
A anestesia prolongada ou a posição inclinada na mesa cirúrgica podem aumentar os riscos. O cirurgião precisa garantir que o paciente tem condições de tolerar o procedimento.
Pacientes que já passaram por grandes cirurgias abdominais anteriores. Elas podem ter deixado "cicatrizes internas" que dificultam a introdução dos braços robóticos.
Se a aderência for muito extensa, a segurança do procedimento pode ser comprometida.
Pacientes que não toleram o gás carbônico. O gás é insuflado na barriga para criar o espaço de trabalho para o robô. Em casos raros, pacientes com problemas pulmonares graves não podem receber essa insuflação.
O cirurgião responsável é quem define a viabilidade da cirurgia, baseando sua decisão no histórico e na condição de saúde do paciente.
O preço da cirurgia robótica é mais elevado que a cirurgia convencional ou a laparoscópica. Isso acontece devido ao alto custo de aquisição do equipamento e à complexidade do procedimento.
É importante ressaltar que não há um valor fixo. O preço final depende de vários fatores:
Apesar do investimento inicial ser maior, é fundamental considerar o custo-benefício a longo prazo. Graças à recuperação mais rápida, o paciente volta ao trabalho e às atividades normais mais cedo. Isso pode gerar uma economia indireta.
Muitos planos de saúde já cobrem a cirurgia robótica. Converse com a operadora do seu plano e com o médico sobre os custos envolvidos.
A preparação é essencial para o sucesso e a segurança da cirurgia. Ela é dividida em duas fases principais.
O pré-operatório da cirurgia robótica segue o padrão de cirurgias complexas e exige dedicação do paciente:
Essa dedicação prévia prepara o organismo e minimiza os riscos operatórios.
O paciente é anestesiado e cuidadosamente posicionado na mesa. A equipe cirúrgica prepara então o campo esterilizado.
São feitas pequenas incisões, entre 0,5 e 1,5 cm. É por elas que entram a câmera e os braços robóticos. O cirurgião se dirige ao console que fica na mesma sala, mas em uma área separada.
Ele assume o controle do robô, dando início à operação com precisão máxima. O anestesista e os médicos assistentes ficam ao lado do paciente, monitorando os sinais vitais e fazendo a troca de ferramentas do robô. Essa é a garantia de que o paciente está sendo cuidado por uma equipe completa.
O pós-operatório da cirurgia robótica é uma das maiores vantagens da técnica. A recuperação é geralmente mais rápida e tranquila, mas exige cuidados:
O acompanhamento médico é essencial nas semanas seguintes para a recuperação total e o retorno à rotina.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
A.C.CAMARGO CANCER CENTER. Tudo sobre cirurgia robótica. Disponível em: https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tratamento-oncologico/tudo-cirurgia-robotica. Acesso em: 13 out. 2025.
CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Sistema cirúrgico robótico para cirurgia minimamente invasiva: Prostatectomia radical. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/2018/recomendacao/relatorio_davinci_prostatectomia.pdf. Acesso em: 13 out. 2025.
CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Prostatectomia radical assistida por robô em pacientes com câncer de próstata localizado. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2021/Sociedade/20210906_resoc278_prostectomia_cancer_final.pdf. Acesso em: 13 out. 2025.
FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Endometriose. São Paulo: FEBRASGO, 2021 (Protocolo FEBRASGO-Ginecologia, n. 78/Comissão Nacional Especializada em Endometriose). Disponível em: https://sogirgs.org.br/area-do-associado/Endometriose-2021.pdf. Acesso em: 13 out. 2025.
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN. Cirurgia robótica no aparelho digestivo: tudo que você precisa saber sobre. Vida Saudável, 2023. Disponível em: https://vidasaudavel.einstein.br/cirurgia-robotica-no-aparelho-digestivo/. Acesso em: 13 out. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA (SBCBM). Robô é aliado no tratamento cirúrgico de pacientes superobesos. SBCBM, 2023. Disponível em: https://sbcbm.org.br/robo-e-aliado-no-tratamento-cirurgico-de-pacientes-superobesos/. Acesso em: 14 out. 2025.
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