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Demência vascular: o que é, sintomas tratamento e quando buscar ajuda médica

A demência vascular é considerada o segundo tipo de demência mais prevalente no mundo, atrás apenas da doença de Alzheimer.

A demência vascular é considerada o segundo tipo de demência mais prevalente no mundo, ficando atrás apenas do Alzheimer. Segundo os dados de um estudo da Unifesp, o Brasil tem, atualmente, cerca de 1,76 milhão de indivíduos acima dos  60 anos vivendo com algum tipo de demência. Até 2050, a previsão é que esse número chegue a 5,5 milhões.

demência vascular

Assim como em outros tipos de demência, a demência vascular desencadeia perda de funções mentais, como memória, capacidade de planejamento e de execução, dificuldades cognitivas na rotina diária. 

Veja quais são as causas desse problema, como é feito o diagnóstico da demência e quais são as maneiras existentes para realizar a prevenção dessa doença.

O que é demência vascular?

A demência vascular é uma doença neurodegenerativa causada pelo excesso de lesões vasculares no cérebro. Geralmente, essas lesões acontecem nos menores vasos sanguíneos, os capilares, que têm seu fluxo interrompido.

 A suspensão desse fluxo não causa sintomas graves, como os vistos em um AVC clássico, que é a interrupção de fluxo de uma artéria, por exemplo.

Com a acumulação dessas lesões, ao passar do tempo, o cérebro vai perdendo sua capacidade de processamento de informação e de raciocínio, ocorrendo um impedimento de integração entre as diferentes partes do cérebro.

O mesmo mecanismo também ocorre devido ao acúmulo de lesões isquêmicas de AVCs anteriores, que vão danificando o cérebro e reduzindo a quantidade de tecido cerebral disponível para o processamento de informação.

No Brasil, supõe-se que até 35% dos casos diagnosticados de demência tenham causas vasculares, que costumam ser mais prevalente em pessoas com fatores de risco cardiovascular, como portadores de hipertensão e diabetes.

O que causa a demência vascular?

A demência vascular é uma doença neurodegenerativa que ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro, de forma microscópica, nos vasos capilares. Ao longo do tempo, o acúmulo dessas lesões vai determinar o aparecimento deste tipo de demência.

Os vasos capilares são os vasos mais finos e menores do corpo humano. Eles interligam os vasos arteriais às veias. Nesses vasos, ocorre a troca de oxigênio, nutrientes e resíduos. Por isso, quando há interrupção do fluxo sanguíneo nessa região, ocorre a demência vascular.

Quais são os tipos de demência vascular?

Existem quatro tipos de demências vasculares: demência pós-AVC, Subcortical, Infartos múltiplos e Demência mista. Entenda mais sobre cada um dos tipos.

Demência pós-Acidente Vascular Cerebral 

acontece em até seis meses após a ocorrência de um AVC. Há perda de massa encefálica e prejuízo da reserva cognitiva do cérebro. 

Infartos múltiplos ou multi-infartos

tem início gradual após vários episódios isquêmicos transitórios. Também está relacionado com a perda de reserva cognitiva do cérebro.

Subcortical

ocorre o comprometimento de pequenos vasos, geralmente na região do córtex cerebral, provocando lesão nos tecidos nervosos dessa área.

Demência mista

ocorre quando o dano vascular é associado a outro tipo de demência, como Alzheimer ou demência por corpos de Lewy (aglomerados de uma proteína chamada alfa-sinucleína, que se formam dentro das células nervosas do cérebro).

Além dessa categoria, outro tipo de demência vascular conhecido (com menor frequência), é a Demência de Biswanger, em que ocorrem bloqueios difundidos dos pequenos vasos sanguíneos, devido à aterosclerose, presentes na substância branca do cérebro. Geralmente, ela ocorre em pacientes com hipertensão grave e mal controlada.

Como prevenir a demência vascular?

Embora não haja uma forma totalmente garantida de evitar a demência vascular, algumas medidas podem reduzir o risco de desenvolvimento da condição.

A medida mais importante é a mudança no estilo de vida, incluindo a prática de atividade física de maneira regular, alimentação saudável e equilibrada, não fumar e não beber, ou seja, incorporar hábitos que protegem o sistema cardiovascular ao todo e auxiliem no seu bom funcionamento.

Além disso, é importante supervisionar e tratar condições crônicas de saúde, como hipertensão, colesterol alto e diabetes, que contribuem consideravelmente par o aumento do risco de desenvolver demência vascular.

O acompanhamento médico frequentemente também permite identificar e tratar precocemente eventuais sinais de demência vascular.

Quais são os sintomas de demência vascular?

Os sintomas da demência vascular variam dependendo da gravidade e da localização das lesões cerebrais. 

Os mais comuns incluem:

  • Perda de memória: dificuldade para lembrar informações recentes e realizar tarefas rotineiras;
  • Desorientação: confusão com o tempo e espaço, dificuldade em reconhecer locais e pessoas;
  • Mudanças de humor e comportamento: irritabilidade, depressão, apatia e alterações no comportamento social;
  • Dificuldades de comunicação: dificuldade para formular frases, compreensão reduzida e hesitação ao falar;
  • Problemas de mobilidade: dependendo da área afetada, podem surgir dificuldades motoras, como problemas de equilíbrio e fraqueza muscular.

Os sintomas de demência vascular se assemelham aos do Alzheimer, mas possuem algumas particularidades próprias da condição. Em caso de sinais, busque atendimento médico urgente.

Demência vascular e Alzheimer: quais são as diferenças?

Ainda que compartilhem alguns sintomas semelhantes, como a perda de memória e as alterações de humor e comportamento, a demência vascular e a doença de Alzheimer possuem diferenças importantes.

O Alzheimer é causado pelo acúmulo de proteínas beta-amiloide nas células nervosas do cérebro, o que provoca a degeneração e morte dos neurônios. Por outro lado, a demência vascular resulta de problemas na circulação cerebral, que podem ocorrer de maneira súbita, após um AVC, ou de forma gradual, devido ao comprometimento dos vasos sanguíneos.

Além disso, a demência vascular frequentemente apresenta um quadro clínico com maiores oscilações de memória e capacidade cognitiva, dependendo do fluxo sanguíneo cerebral. Já o Alzheimer é caracterizado por uma progressão mais contínua dos sintomas.

Tratamentos para demência vascular

Não há uma cura específica para demência vascular. Contudo, o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

O primeiro passo é encontrar a causa da demência vascular. Se estiver relacionado à diabetes e à hipertensão arterial, por exemplo, é importante controlar esses fatores de risco cardiovascular com medicamentos específicos para isso. Os remédios também podem ser úteis no controle das alterações de humor e da depressão. 

Outras terapias, como fonoaudiologia, psicoterapia, fisioterapia e terapia ocupacional, também podem ser essenciais para melhorar a qualidade de vida do paciente, permitindo que ele mantenha uma certa autonomia nas tarefas diárias.

Por fim, vale reforçar que o tratamento da demência vascular deve ser específico e adaptado às necessidades de cada paciente.

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