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A tricomoníase é considerada a IST mais comum no mundo, sendo 70% dos casos assintomáticos. Saiba como tratar.
A tricomoníase é uma IST muito comum, mas pouco conhecida. Ela é causada por um microoorganismo parasita da classe dos protozoários, o Trichomonas vaginalis.
Esta infecção afeta os órgãos sexuais e urinários, e os sintomas costumam ser bem desagradáveis. A tricomoníase é tão comum que é considerada a IST curável mais prevalente no Brasil e no mundo.
De acordo com informações do Ministério da Saúde (2023), estima-se que afete anualmente cerca de 140 milhões de pessoas globalmente.
Entenda a seguir como se pega a tricomoníase e quais são as melhores formas de prevenção.
A tricomoníase é transmitida quase que exclusivamente pela relação sexual desprotegida, sem o uso de preservativo. O contágio acontece quando há o contato íntimo de pele com pele ou muco com muco na região genital.
O protozoário Trichomonas vaginalis pode ser transmitido em qualquer relação sexual. A transmissão é mais comum entre mulher e homem, homem e mulher e mulher e mulher. A infecção entre homens é considerada rara, uma vez que o protozoário tem baixa viabilidade no trato masculino.
É fundamental entender que a infecção pode ser transmitida mesmo quando a pessoa infectada não apresenta nenhum sintoma aparente. Em muitos casos, o homem é um portador assintomático. Ele não sente nada, mas transmite a doença. Por isso, o tratamento do casal deve ser sempre simultâneo.
O Trichomonas vaginalis até pode sobreviver em ambientes úmidos por um curto período, como toalhas molhadas ou assentos sanitários. Mas a transmissão por vias não sexuais é considerada extremamente rara e não é a principal via de contágio.
A tricomoníase é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e na grande maioria dos casos, ela está ligada ao contato sexual. Se uma pessoa foi diagnosticada, há a indicação de que houve uma relação sexual desprotegida com alguém infectado em algum momento.
No contexto de fidelidade no relacionamento, a confirmação do diagnóstico não é por si só um sinal de traição. O período de contágio e o aparecimento dos sintomas pode variar de 5 a 28 dias.
Existem casos em que a pessoa fica assintomática por meses ou anos. Esse padrão torna impossível definir a data exata da infecção e concluir que houve alguma infidelidade apenas por essa infecção.
A tricomoníase é uma doença altamente contagiosa. É considerada a IST curável mais comum no mundo, o que demonstra sua alta capacidade de transmissão.
Sua taxa de contágio é elevada porque o protozoário é facilmente transmitido durante a relação sexual desprotegida. Além da alta transmissão, a infecção pode permanecer ativa e transmitida por muito tempo, especialmente nos homens. E eles raramente apresentam sintomas.
Os sintomas costumam ser mais perceptíveis em mulheres e podem variar em intensidade. Cerca de 70% das pessoas infectadas podem não apresentar sintomas ou ter apenas sintomas leves.
Os principais sinais são:
Nos homens, a infecção geralmente atinge a uretra, que é o canal por onde sai a urina. Os sintomas são mais discretos e ausentes na maioria das vezes. Quando ocorrem, podem ser: irritação no pênis, secreção leve na uretra e dor ou ardência ao urinar.
Qualquer pessoa sexualmente ativa está vulnerável à tricomoníase, mas a infecção é mais comum em:
A vulnerabilidade também aumenta se a pessoa não realiza o diagnóstico e tratamento adequado, facilitando a recorrência e a transmissão da doença.
O diagnóstico da tricomoníase deve ser sempre feito por um profissional de saúde, como ginecologista ou urologista. O médico vai avaliar os sintomas e realizar um exame físico ginecológico, no caso das mulheres. Ele pode notar uma inflamação e coletar uma amostra da secreção.
A amostra dessa secreção vaginal ou uretral é analisada em laboratório. O método mais comum é a microscopia, que permite visualizar o parasita em movimento. Testes como o de Amplificação de Ácido Nucleico (NAATs) também podem ser usados por serem mais sensíveis.
O tratamento da tricomoníase é simples e muito eficaz. É feito com o uso de medicamentos antibióticos como o Metronidazol ou o Tinidazol.
Tanto a pessoa infectada quanto seu parceiro sexual devem ser tratados ao mesmo tempo, mesmo que o parceiro não apresente sintomas. Isso é essencial para evitar a reinfecção.
É recomendada a abstinência de relações sexuais até que o tratamento seja concluído para ambos os parceiros e a cura seja confirmada.
A tricomoníase tem cura completa quando o tratamento é seguido corretamente por ambos os parceiros.
No entanto, ter sido curado da tricomoníase não garante imunidade. A pessoa pode ser facilmente reinfectada se voltar a ter contato sexual desprotegido com alguém que esteja com o parasita.
A prevenção com o uso de camisinha nas relações é a medida mais importante a longo prazo.
A prevenção da tricomoníase e da maioria das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) é muito simples:
Sempre use preservativo em todas as relações sexuais, sejam elas vaginal, anal e oral. A camisinha pode ser tanto a masculina quanto a feminina, desde que usada corretamente.
Realize exames preventivos regularmente e busque tratamento imediatamente ao notar qualquer sintoma. Tratar a infecção rapidamente interrompe a cadeia de transmissão.
Adotar estas práticas de sexo seguro protege não só contra a tricomoníase, mas também contra outras ISTs importantes, como HIV, sífilis, gonorreia e clamídia.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
EINSTEIN. Tricomoníase: tratamento do casal deve ser simultâneo. 2024. Disponível em: https://vidasaudavel.einstein.br/tricomoniase-tratamento-do-casal-deve-ser-simultaneo/. Acesso em: 15 out. 2025.
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