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Entender os sinais do seu corpo é o primeiro passo para o cuidado. Saiba identificar os sintomas da infecção por HIV.

Uma febre que não cede, um cansaço que parece não ter fim e um mal-estar geral. Muitas vezes, esses sinais são rapidamente associados a uma gripe ou virose comum, especialmente após uma semana agitada ou uma noite mal dormida. Contudo, eles também podem ser o primeiro alerta do corpo para a infecção pelo HIV.
Reconhecer esses sinais é fundamental, mas é ainda mais importante saber que a ausência deles não descarta a infecção. A única forma de ter certeza é por meio da testagem. Marque a sua consulta com um infectologista e faça o seu exame.
A fase inicial da infecção pelo HIV é chamada de infecção aguda ou síndrome retroviral aguda. Ela ocorre, em geral, de duas a quatro semanas após o contágio. Nesta etapa, o vírus se multiplica rapidamente no organismo, e o sistema imunológico começa a reagir.
Essa fase se manifesta como uma síndrome viral inespecífica, semelhante a uma gripe, que pode incluir febre, mal-estar geral ou erupções na pele.
Como esses sintomas são inespecíficos e comuns a diversas outras condições, como gripes e mononucleose, é raro que sejam associados ao HIV em um primeiro momento. Por isso, a testagem após uma situação de risco é essencial.
O teste é a única maneira de confirmar o diagnóstico. Ele é recomendado a todas as pessoas sexualmente ativas e, principalmente, para quem passou por uma situação de risco, como sexo desprotegido ou compartilhamento de seringas.
É importante respeitar o período da "janela imunológica", que é o tempo entre a infecção e a produção de anticorpos em quantidade suficiente para serem detectados pelo teste. Para a maioria dos testes rápidos disponíveis no SUS, a janela é de 30 dias.
Se você teve uma exposição de risco ou apresenta sintomas que possam ser associados à fase aguda, procure um serviço de saúde. Um profissional poderá orientar sobre o momento certo para realizar o teste e sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que pode prevenir a infecção se iniciada em até 72 horas.
O diagnóstico precoce é o caminho para iniciar o tratamento, controlar o vírus e garantir uma vida longa e saudável. O tratamento, além de ser um direito, é a forma mais eficaz de prevenção, pois pessoas com carga viral indetectável não transmitem o HIV.
Após a fase aguda, a infecção entra em um estágio conhecido como fase assintomática ou de latência clínica. O sistema imunológico consegue controlar parcialmente a replicação do vírus, que diminui sua atividade, embora continue presente e ativo no organismo. Esta fase pode durar muitos anos, em média de 8 a 10 anos, sem que a pessoa apresente qualquer sintoma relevante.
É importante notar que, mesmo sem sintomas externos, o HIV pode afetar o Sistema Nervoso Central (SNC) desde as fases crônicas iniciais, causando uma inflamação que, em geral, é silenciosa. Além disso, mesmo com tratamento eficaz, o vírus pode persistir no cérebro, onde a produção de proteínas virais leva à inflamação e toxicidade neural, o que pode impactar a memória e o raciocínio.
Mesmo sem sinais aparentes da doença, a pessoa que vive com HIV pode transmitir o vírus a outras se não estiver em tratamento. O acompanhamento médico e a terapia antirretroviral (TARV) são cruciais nesta etapa para manter a carga viral controlada e o sistema imune saudável.
A natureza silenciosa da progressão da infecção pode levar a diagnósticos tardios. Um estudo mostrou que uma parcela considerável das mulheres (32,7%) só descobriu a infecção pelo HIV quando já estavam em estágios avançados, equivalentes à AIDS, e hospitalizadas por outras condições de saúde.
Com os avanços da medicina e o acesso à terapia antirretroviral (TARV), a infecção pelo HIV é hoje considerada uma condição crônica e controlável. Isso permite que as pessoas vivam por muitos anos com uma boa expectativa de vida e qualidade, mantendo o vírus sob controle.
É comum haver confusão entre os termos HIV e AIDS, mas eles se referem a coisas distintas. Entender essa diferença é fundamental para desmistificar a infecção e combater o preconceito.
O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o agente causador da infecção. A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), por sua vez, é o estágio mais avançado da infecção pelo HIV, que ocorre quando o sistema imunológico está gravemente danificado pelo vírus.
Graças ao avanço dos tratamentos, hoje uma pessoa vivendo com HIV pode nunca desenvolver AIDS, mantendo a qualidade de vida e a saúde com o uso correto da medicação.
Sem o tratamento antirretroviral, o HIV continua a destruir as células de defesa do corpo. Com o tempo, o sistema imunológico fica tão enfraquecido que não consegue mais combater infecções comuns. É nesse momento que a infecção pode progredir para AIDS.
Os sintomas desta fase avançada refletem a debilidade do organismo e incluem:
Essas doenças são chamadas "oportunistas" porque se aproveitam da fraqueza do sistema imunológico para se manifestarem. O tratamento do HIV previne o aparecimento dessas condições.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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