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O que pode comer no resguardo de parto normal? Veja alimentos indicados

Dietas restritivas, baixo consumo de água e deficiência alimentar podem prejudicar a produção de leite materno

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Logo nos primeiros momentos após o parto, muitas mulheres ficam na dúvida: o que pode comer no resguardo de parto normal para ajudar na recuperação e garantir uma boa produção de leite materno?

A resposta direta é consumir alimentos ricos em proteínas magras, frutas, verduras, cereais integrais e boas fontes de gordura saudável. Essas são escolhas seguras de alimentação na gestação que podem ser indicadas de acordo com suas necessidades individuais e orientações médicas nutricionais.

Esse período chamado de resguardo ou puerpério imediato exige cuidados especiais: o corpo está se recuperando de um processo intenso. Há a cicatrização do períneo, mudanças hormonais estão acontecendo e é o início da amamentação.

A alimentação adequada pode não só favorecer a cicatrização, mas também fortalecer o sistema imunológico, garantir energia e apoiar a produção de leite materno. Mas isso não significa que um mesmo cardápio seja o ideal para todas as mulheres: cada uma tem demandas diferentes.

Por isso é importante passar com um nutricionista ou nutrólogo para ajustar o plano conforme sua saúde, peso, tipo de parto e possível presença de intercorrências.

Por que a alimentação no resguardo é tão importante?

Durante o resguardo de um parto normal, seu corpo passa por várias transformações fisiológicas: o útero inicia sua involução, contraindo-se para voltar ao tamanho normal. Há também uma certa perda de sangue e o sistema imunológico pode estar mais vulnerável, aumentando o risco de inflamações.

Muitas mulheres iniciam a produção de leite materno, o que exige mais nutrientes adicionais.

Uma alimentação de qualidade fornece os blocos de construção para:

  • reconstruir os tecidos,
  • repor o ferro e vitaminas perdidas no parto,
  • manter a força motora para cuidar do bebê
  • evitar a fadiga extrema.

Segundo orientações nutricionais pós-parto, investir em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis é uma estratégia recomendada para acelerar a recuperação e apoiar a amamentação.

Por exemplo: a ingestão adequada de proteínas auxilia na reparação muscular e tecidual, enquanto as vitaminas e minerais ajudam no processo de cicatrização. Já os carboidratos complexos, como o arroz integral, a batata-doce e a aveia, fornecem energia estável para a mulher lidar com o cansaço e os longos dias com o bebê.

Em mães com nutrição adequada, a alimentação materna pouco altera a composição do leite materno. De acordo com os Cadernos de Atenção Básica, publicado pela Biblioteca Virtual em Saúde, salvo em casos de desnutrição severa, o leite materno mantém composição relativamente estável, o que protege o bebê mesmo se a mãe estiver consumindo uma dieta variável.

Mas essa situação não justifica a negligência: uma mãe com deficiências nutricionais ou ingestão muito baixa pode sim comprometer sua saúde. Em casos extremos, a quantidade de leite. Por isso que a orientação especializada é vital.

O que pode comer no resguardo de parto normal: lista de alimentos recomendados

Alguns alimentos costumam ser bem aceitos e até mesmo úteis nesse período. É importante lembrar que é necessário considerar ajustes individuais.

Proteínas magras

Frango, peixes, ovos, carnes magras sem muita gordura e leguminosas, como feijão e lentilha, são importantes para regenerar os tecidos e oferecer os aminoácidos úteis para o leite materno.

Frutas e vegetais frescos

Eles trazem fibras para combater a constipação pós-parto (um problema comum) e vitaminas antioxidantes que auxiliam a cicatrização. Varie cores: frutas cítricas, folhas verde-escuras, cenoura, abóbora etc.

Cereais integrais e tubérculos

Arroz integral, aveia, batata-doce, inhame e mandioca são opções que fornecem energia de forma mais sustentada. Eles ajudam a estabilizar o humor e evitar picos glicêmicos que podem agravar o cansaço.

Gorduras saudáveis

Abacate, azeite de oliva extravirgem, oleaginosas, como as castanhas, nozes, amêndoas, e sementes, como a linhaça e chia, fornecem lipídios importantes para a saúde cerebral e hormonal da mãe, além de contribuírem para a absorção de vitaminas lipossolúveis.

Líquidos e hidratação

Beber bastante água é essencial para manter a produção de leite e ajudar no funcionamento intestinal. Chás leves e água de coco também ajudam a repor eletrólitos perdidos.

Alimentos que merecem moderação no consumo

Alimentos muito gordurosos ou frituras devem ser evitados. Eles podem retardar a digestão e gerar um desconforto gástrico. Os açúcares refinados, refrigerantes e produtos ultraprocessados devem também ser evitados. Eles podem prejudicar a recuperação metabólica ou causar picos inflamatórios.

Condimentos muito fortes ou alimentos muito picantes podem passar para o leite e causar rejeição ou desconforto no bebê.

Leia também: Saiba quais são os alimentos proibidos na gravidez

Como a alimentação influencia o leite materno e a recuperação no resguardo

Você já pode ter escutado que “tudo o que a mãe come, passa para o leite”. Mesmo que a composição do leite materno seja bastante robusta, alguns fatores podem ter impacto na produção e na amamentação.

A hidratação da mãe pode influenciar no volume de leite produzido. Se você estiver desidratada, pode haver queda na produção.

Deficiências graves de nutrientes, principalmente quanto a ferro, vitamina D e ácido fólico, podem impactar sua saúde e de maneira indireta a lactação.

Alguns alimentos alergênicos ou que provoquem gases também podem causar desconfortos no bebê.

Quando falamos de recuperação, ter uma dieta rica e variada favorece a cicatrização mais rápida do períneo ou em casos de episiotomia. A recuperação de ferro e vitaminas perdidas durante o parto também podem ser restabelecidas.

A manutenção do peso e a saúde metabólica sem dietas restritivas pode ser considerada, além da mulher ter mais energia para cuidar de um recém-nascido sem se esgotar fisicamente.

Mesmo com boas sugestões gerais, nenhum corpo é igual ao outro. Você pode buscar um nutricionista ou nutrólogo se:

  • Tiver condições médicas pré-existentes, como diabetes, hipertensão, anemia ou doenças digestivas;
  • Perceber uma queda severa de energia ou perda de peso abrupta no pós-parto;
  • Amamentar e notar a baixa produção de leite de maneira persistente;
  • Desejar voltar à rotina de exercícios e emagrecimento com segurança;
  • Apresentar intolerâncias alimentares ou alergias que exigem personalização da dieta.

Um profissional poderá avaliar suas necessidades calóricas, nutrientes específicos e montar um plano alimentar que respeite suas condições e objetivos, além de evitar as restrições exageradas que prejudiquem a produção de leite ou a recuperação corporal.

Dicas práticas para iniciar um plano alimentar no resguardo

Veja algumas dicas sobre como ter uma alimentação equilibrada durante o puerpério:

  • Planeje pequenas refeições frequentes, para manter energia constante.
  • Higienize bem os alimentos e tenha cuidado especial com carnes, ovos e peixes.
  • Priorize alimentos frescos e naturais, evitando ultraprocessados.
  • Observe como você e o bebê reagem a determinados alimentos e faça ajustes.
  • Não entre em dietas radicais logo após o parto: o foco inicial é a recuperação e o suporte nutricional.
  • Em relação ao tempo: logo nas primeiras 24–48h, é normal tolerar apenas alimentos leves; faça progressão conforme aceitação e orientação.

Este é um período de adaptação para você e para o bebê. Se dê o tempo de reconhecer suas necessidades e as necessidades do bebê.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

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