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Entenda a relação entre a saúde bucal da mãe e o desenvolvimento fetal e saiba por que o acompanhamento odontológico é essencial.

Uma pontada súbita no dente enquanto você saboreia um doce ou um incômodo constante que atrapalha o sono. Durante a gravidez, qualquer dor gera uma preocupação imediata: isso pode afetar meu bebê? A dor de dente, em particular, é uma queixa comum que assusta muitas futuras mães.
A gravidez é um período de intensas transformações no corpo da mulher, e a saúde bucal não fica de fora. Diversos fatores contribuem para uma maior vulnerabilidade a problemas dentários.
O aumento de hormônios como progesterona e estrogênio eleva o fluxo sanguíneo para todos os tecidos, incluindo a gengiva. Isso a torna mais suscetível à inflamação, uma condição conhecida como gengivite gestacional, que pode causar inchaço, sensibilidade e sangramento durante a escovação.
Endodontistas são os especialistas que podem acompanhar esse tipo de quadro. A Rede Américas possui profissionais de renome no Brasil inteiro.
Desejos por alimentos mais doces ou ácidos e o aumento da frequência das refeições podem expor os dentes a um ambiente mais propício para o desenvolvimento de cáries. Além disso, episódios de enjoo e vômito aumentam a acidez na boca, o que pode desgastar o esmalte dentário.
As mesmas mudanças hormonais podem deixar os dentes mais sensíveis a temperaturas quentes ou frias, gerando desconforto que pode ser confundido com outros problemas dentários.
A resposta direta é não. A sensação de dor que a mãe sente não é transmitida para o feto. Contudo, a dor é um sinal de alerta de que algo está errado. O verdadeiro perigo não está na dor em si, mas na sua causa, especialmente se for uma infecção.
Ignorar um problema dentário durante a gestação pode levar a complicações sérias. O foco da preocupação deve ser a infecção bacteriana, que pode ter consequências sistêmicas.
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Uma cárie profunda ou uma doença gengival avançada (periodontite) são focos de infecção. As bactérias presentes nesses locais podem entrar na corrente sanguínea da mãe. Assim, elas podem atravessar a barreira placentária ou liberar toxinas inflamatórias que afetam o ambiente uterino.
Infecções e inflamações dentárias na gestante podem liberar substâncias que se espalham para o feto. Essa condição eleva o risco de transmissão de bactérias causadoras de cárie para o bebê, impactando sua saúde bucal futura.
A importância do tratamento odontológico durante a gestação é ainda mais evidente quando se observa que crianças de mães com cáries não tratadas têm uma probabilidade mais de três vezes maior de desenvolverem cáries. Isso ressalta a necessidade urgente de cuidados dentários preventivos e terapêuticos para a saúde de ambos.
Estudos científicos, incluindo dados divulgados por associações de saúde, sugerem uma forte correlação entre a doença periodontal materna e desfechos gestacionais adversos. A inflamação crônica causada pela infecção pode desencadear contrações uterinas precoces, aumentando o risco de parto prematuro (antes de 37 semanas) e de o bebê nascer com baixo peso.
Adiar um tratamento necessário é muito mais arriscado do que realizá-lo. O pré-natal odontológico é uma prática recomendada e segura, desde que o dentista e o obstetra trabalhem em conjunto.
Existem anestésicos locais seguros para uso em gestantes, que não atravessam a placenta e não oferecem risco ao bebê. Da mesma forma, caso seja necessário o uso de antibióticos ou analgésicos, o dentista escolherá opções comprovadamente seguras para cada fase da gestação, sempre em comunicação com o médico obstetra.
Quando indispensável para o diagnóstico, o raio-x odontológico pode ser realizado. A radiação utilizada é muito baixa e direcionada. Além disso, o uso de um avental de chumbo sobre o abdômen e a tireoide da gestante protege completamente o feto.
O segundo trimestre (entre a 14ª e a 26ª semana) é considerado o período mais seguro para realizar procedimentos eletivos. No entanto, tratamentos de urgência, como o alívio da dor e o controle de infecções, podem e devem ser feitos em qualquer fase da gravidez.
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Enquanto aguarda a consulta odontológica, algumas medidas podem proporcionar alívio temporário.
Não espere a dor piorar. Procure um profissional imediatamente se apresentar:
A melhor abordagem é a prevenção. Cuidados simples e consistentes fazem toda a diferença para uma gestação tranquila e saudável.
Assim como o pré-natal médico, o acompanhamento com um dentista é crucial. Idealmente, a primeira consulta deve acontecer logo no início da gestação para avaliar a saúde bucal, realizar uma limpeza profissional e receber orientações específicas para o período.
Além disso, o conhecimento materno sobre saúde bucal é um fator-chave. Pesquisas mostram que, quanto maior o nível de informação da mãe, menor o risco de seu filho desenvolver cáries, reforçando a importância dessas orientações durante o pré-natal.
Orientações recebidas pelas gestantes sobre dieta e hábitos alimentares do bebê, por exemplo, podem reduzir o risco de cárie dentária na criança. Este acompanhamento é um investimento na saúde bucal de toda a família.
É importante saber que a cárie dentária é transmissível da mãe para o filho. Medidas como evitar o compartilhamento de talheres e não limpar chupetas com a boca são cruciais para diminuir o risco de a criança desenvolver cárie precoce.
É uma curiosidade interessante. Embora não haja uma conexão biológica, alguns homens relatam sentir sintomas semelhantes aos da parceira, incluindo dor de dente. Este fenômeno é conhecido como Síndrome de Couvade ou "gravidez por simpatia". Trata-se de uma manifestação psicossomática da ansiedade e do vínculo com a gestação, mas a dor deve ser investigada por um dentista, pois provavelmente indica um problema real e coincidente.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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