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Crise de ansiedade: sintomas na pele e tratamentos terapêuticos

A pele é o espelho da mente. Entenda como o estresse e a ansiedade podem causar coceira, vermelhidão, acne e outras reações

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Aquele prazo apertado no trabalho, uma preocupação familiar ou a simples sucessão de dias corridos. De repente, sem motivo aparente, uma coceira insistente começa no braço. Logo surgem pequenas placas avermelhadas. Essa cena é familiar para muitas pessoas e ilustra a forte conexão entre a saúde emocional e a saúde da pele.

É comum que problemas de saúde mental, como a ansiedade, se manifestem na pele. Aproximadamente um terço dos pacientes em consultórios de dermatologia também apresenta alguma condição psiquiátrica.

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O que uma crise de ansiedade pode causar na pele?

Quando o corpo enfrenta uma situação de estresse ou uma crise de ansiedade intensa, ele entra em modo de "luta ou fuga". Nesse processo, o sistema nervoso libera hormônios, principalmente o cortisol. O aumento do cortisol pode desregular o sistema imunológico e desencadear uma resposta inflamatória em todo o corpo, inclusive na pele.

Essa inflamação afeta a barreira cutânea, que é a camada mais externa responsável pela proteção e hidratação. Com a barreira comprometida, a pele fica mais vulnerável a irritações, ressecamento e ao surgimento ou agravamento de diversas condições dermatológicas.

Quais são os principais sinais de ansiedade na pele?

As manifestações cutâneas da ansiedade podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns sinais são mais frequentes. É importante reconhecê-los para buscar o tratamento adequado. Veja os sintomas mais comuns.

Coceira intensa e persistente

Conhecida tecnicamente como prurido, a coceira é um dos sintomas mais relatados. Em unidades especializadas que lidam com problemas de pele ligados a questões emocionais, a coceira intensa e persistente é o sintoma mais comum, sendo relatado por 72% dos pacientes que procuram atendimento. Muitas vezes, ela surge sem uma lesão visível na pele. O ato de coçar pode, por si só, causar feridas e agravar a irritação, criando um ciclo vicioso de coceira e lesão.

Urticária emocional

A urticária se manifesta como placas avermelhadas e elevadas na pele, que coçam intensamente. Quando desencadeada por fatores emocionais, é chamada de urticária emocional. O corpo libera histamina em resposta ao estresse, uma substância que causa a dilatação dos vasos sanguíneos e o inchaço característico da condição.

Vermelhidão e sensação de calor

A ansiedade pode causar a dilatação dos vasos sanguíneos superficiais, levando a uma vermelhidão (rubor) no rosto, pescoço e colo. Esse sintoma é frequentemente acompanhado por uma sensação de queimação ou calor na pele, mesmo sem a presença de febre.

Leia também: Ansiedade causa dor no corpo?

Piora de doenças de pele pré-existentes

Pessoas que já possuem condições dermatológicas crônicas podem notar uma piora significativa dos sintomas durante períodos de ansiedade. Isso acontece porque o estresse aumenta a inflamação, que é um fator central em muitas dessas doenças.

Doenças como psoríase, dermatite atópica e acne são classificadas como psicofisiológicas, o que significa que o estresse psicológico e a ansiedade podem agravá-las ou até mesmo desencadeá-las. As mais afetadas incluem:

  • Acne: o cortisol estimula as glândulas sebáceas a produzirem mais óleo, o que pode obstruir os poros.
  • Eczema (dermatite atópica): a pele fica mais seca, inflamada e suscetível a crises de coceira.
  • Psoríase: o estresse é um gatilho conhecido para o surgimento de novas lesões ou para o agravamento das já existentes.
  • Rosácea: a vermelhidão e as lesões inflamatórias podem se intensificar.

Suor excessivo

A sudorese, especialmente nas mãos, pés e axilas, é uma resposta comum do sistema nervoso a situações de ansiedade. O suor excessivo pode alterar o pH da pele e favorecer a proliferação de bactérias e fungos, causando irritações ou infecções secundárias.

Como o comportamento ansioso afeta a pele?

Além das reações fisiológicas, a ansiedade pode levar a comportamentos compulsivos que prejudicam diretamente a pele. Esses hábitos, muitas vezes inconscientes, servem como uma válvula de escape para a tensão emocional. 

De fato, condições de pele como coceira compulsiva, lesões autoinduzidas e dermatites podem ser manifestações diretas do sofrimento psicológico e da ansiedade, evidenciando a forte interação entre a mente e a pele.

Comportamento

Descrição

Consequências para a pele

 

Dermatilomania

Ato de beliscar, escoriar ou "cutucar" a pele de forma recorrente.

Causa feridas, cicatrizes, manchas e aumenta o risco de infecções.

Onicofagia

Hábito de roer as unhas e a pele ao redor.

Danifica as unhas, causa inflamação e pode levar a infecções bacterianas.

Tricotilomania

Impulso de arrancar os próprios cabelos, cílios ou sobrancelhas.

Resulta em falhas capilares e pode causar irritação no couro cabeludo.

O que fazer para tratar os sintomas da ansiedade na pele?

O tratamento eficaz exige uma abordagem integrada que cuide tanto da pele quanto da causa emocional do problema. Apenas tratar as manifestações dermatológicas sem abordar a ansiedade pode levar a um ciclo de melhora e piora constantes.

A primeira etapa é procurar avaliação profissional. O dermatologista poderá diagnosticar a condição da pele e prescrever tratamentos tópicos ou orais para aliviar os sintomas, como cremes hidratantes, anti-histamínicos ou anti-inflamatórios. Ao mesmo tempo, é fundamental buscar ajuda de um psicólogo ou psiquiatra para tratar a ansiedade. 

A ansiedade é um dos principais fatores psicológicos que levam dermatologistas a encaminhar pacientes para psiquiatras, sublinhando a importância da abordagem conjunta para o tratamento dermatológico.

Algumas estratégias podem ajudar a gerenciar o quadro:

  1. Terapia: a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é muito eficaz para identificar gatilhos de ansiedade e desenvolver novas formas de lidar com o estresse.
  2. Técnicas de relaxamento: práticas como meditação, respiração profunda e ioga ajudam a acalmar o sistema nervoso e a reduzir os níveis de cortisol, conforme apontam estudos de organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
  3. Cuidados com a pele: mantenha uma rotina de cuidados simples, com produtos suaves e sem fragrância. A hidratação é essencial para restaurar a barreira cutânea.
  4. Atividade física regular: exercícios liberam endorfinas, que têm efeito calmante e melhoram o humor, ajudando a controlar a ansiedade.

É importante lembrar que a pele e a mente estão conectadas. Cuidar da saúde emocional é um passo crucial para ter uma pele saudável e para o bem-estar geral. Não hesite em procurar ajuda especializada.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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