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O aumento de casos em pessoas com menos de 50 anos acende um alerta sobre sinais que antes eram associados a outras idades.
Aquela cólica abdominal que vai e volta há semanas. Você atribui ao estresse do trabalho ou a algo que comeu. Um cansaço que não passa, mesmo após uma boa noite de sono. Esses sinais, facilmente descartados como parte da rotina agitada, podem, em alguns casos, ser um chamado do corpo para uma atenção mais cuidadosa, especialmente quando se trata da saúde intestinal.
Historicamente, o câncer de intestino era considerado uma doença de pessoas mais velhas, com rastreamento recomendado a partir dos 50 anos. Contudo, dados de instituições de saúde, como o Instituto Nacional de Câncer (INCA) no Brasil, e estudos internacionais apontam para uma tendência preocupante: um aumento no número de diagnósticos em adultos jovens.
O câncer colorretal diagnosticado antes dos 50 anos tem de fato aumentado, o que destaca a importância da atenção à saúde intestinal em pessoas jovens. Esse cenário representa um desafio para a saúde pública.
O principal desafio é que, nesta população, os sintomas são frequentemente subestimados pelos pacientes. Eles podem ser associados a condições mais comuns e benignas, como síndrome do intestino irritável ou hemorroidas.
Por essa razão, o câncer de intestino em jovens é frequentemente diagnosticado em estágio avançado. Os sintomas iniciais podem ser menos claros, o que contribui para a dificuldade de um diagnóstico precoce.
Os sinais de alerta do câncer colorretal em jovens são, em grande parte, os mesmos observados em pacientes mais velhos. A diferença crucial está na baixa suspeita. É fundamental estar atento a mudanças que persistem por mais de algumas semanas.
Pesquisas recentes indicam que os sintomas mais comuns de câncer de intestino em jovens que exigem atenção médica são sangramento retal, anemia por deficiência de ferro sem causa aparente e perda de peso inexplicável. Observar esses sinais é essencial para a detecção precoce.
Uma das manifestações mais comuns é a alteração inexplicável na forma como seu intestino funciona. Isso pode incluir:
Este é um sintoma que nunca deve ser ignorado. O sangue pode se apresentar de diferentes formas, dependendo da localização do tumor:
Dores, cólicas, gases ou uma sensação de inchaço que são constantes e não parecem estar relacionados à alimentação ou ao ciclo menstrual, no caso das mulheres, merecem investigação. A dor pode ser vaga ou localizada em um ponto específico do abdômen.
Além dos sintomas diretamente ligados ao sistema digestivo, o corpo pode apresentar outros sinais de que algo não vai bem. Entre eles, destacam-se:
De forma geral, os principais sintomas do câncer de intestino são os mesmos para homens e mulheres. Alterações no hábito intestinal, sangue nas fezes e dor abdominal são os sinais de alerta universais.
Contudo, em mulheres, esses sintomas podem ser, por vezes, confundidos com problemas ginecológicos ou dores do ciclo menstrual, o que pode atrasar a busca por um especialista adequado, como o coloproctologista.
Embora muitos casos em jovens ocorram sem uma causa clara, alguns fatores de risco são conhecidos e devem ser considerados. A atenção a eles é um passo importante na prevenção.
Não hesite em buscar avaliação médica se você apresentar qualquer um dos sintomas mencionados, especialmente se eles persistirem por mais de duas a três semanas ou se houver um agravamento. Um sinal de alerta isolado pode não ser nada, mas a combinação de dois ou mais sintomas, ou a persistência de um deles, justifica uma consulta.
O especialista indicado para investigar esses sinais é o médico coloproctologista, que poderá solicitar os exames necessários para um diagnóstico preciso.
A investigação começa com uma consulta detalhada, onde o médico irá avaliar seu histórico de saúde, familiar e seus sintomas. O principal exame para confirmar ou descartar a suspeita de câncer de intestino é a colonoscopia.
É fundamental que esta seja uma colonoscopia completa, permitindo visualizar todo o interior do cólon e do reto. A realização de um exame completo é crucial para a detecção precoce de quaisquer anomalias.
Durante o procedimento, o médico pode remover pequenas lesões suspeitas (pólipos) ou coletar amostras de tecido (biópsia) para análise, confirmando o diagnóstico. A detecção e remoção de pólipos durante a colonoscopia é, inclusive, uma forma de prevenção do câncer.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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