Revisado em: 15/09/2025
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A formação de cálculos renais está diretamente ligada aos hábitos alimentares. Entenda quais grupos de alimentos exigem atenção e moderação.
A cena é comum: um dia corrido, sem tempo para cozinhar, e a solução mais rápida é um lanche ultraprocessado, um macarrão instantâneo ou um embutido. Embora práticos, esses hábitos, quando se tornam rotina, podem abrir caminho para um problema de saúde doloroso e silencioso: as pedras nos rins.
Estudos indicam que um padrão de dieta ocidental, com alto teor de gorduras, calorias e proteínas animais, e baixo teor de fibras, está associado a um risco elevado de formação de cálculos renais.
Pedras nos rins, ou cálculos renais, são massas sólidas formadas por pequenos cristais. Elas surgem quando substâncias como cálcio, oxalato e ácido úrico estão presentes em alta concentração na urina, com pouco líquido para diluí-las.
A alimentação desempenha um papel central nesse processo. O que você come e bebe influencia diretamente a composição da sua urina. Portanto, uma dieta desequilibrada pode aumentar significativamente o risco de desenvolver cálculos renais, enquanto escolhas conscientes ajudam na prevenção.
A moderação é a chave para uma dieta saudável. Alguns alimentos, no entanto, contêm substâncias que, em excesso, estão diretamente relacionadas à formação de pedras nos rins. É fundamental conhecer esses grupos para fazer escolhas mais seguras, especialmente se você já tem histórico do problema.
O sódio é um dos maiores vilões para a saúde renal. O consumo elevado faz com que os rins eliminem mais cálcio na urina, um dos principais componentes dos cálculos.
Pesquisas confirmam que dietas ricas em sal podem aumentar o risco de formação de pedras, elevando a quantidade de cálcio excretada. Esse mineral acaba se ligando a outras substâncias, como o oxalato, e formando os cristais.
Alimentos que exigem atenção:
O oxalato é um composto natural encontrado em muitos vegetais. Quando absorvido em grande quantidade, ele se liga ao cálcio nos rins, formando o tipo mais comum de cálculo renal: o de oxalato de cálcio. Pessoas com predisposição devem consumir esses alimentos de forma moderada.
Principais fontes de oxalato:
Uma dieta com excesso de proteínas, principalmente de origem animal como carnes vermelhas, aumenta a produção de ácido úrico. Níveis elevados de ácido úrico no sangue, que são influenciados pela alimentação, aumentam o risco de desenvolver pedras nos rins. Essa alta concentração na urina pode levar à formação de cálculos desse tipo e também favorece a cristalização do oxalato de cálcio.
Fontes a serem consumidas com moderação:
O consumo exagerado de açúcar, especialmente a frutose presente em refrigerantes e produtos industrializados, pode alterar o metabolismo do cálcio e do oxalato. Isso aumenta o risco de formação de pedras. Dietas ricas em açúcar podem elevar esse risco, contribuindo também para o ganho de peso, que é um fator de risco para a condição.
Além disso, o consumo excessivo de substâncias que formam pedras na alimentação pode favorecer o surgimento de cálculos renais, particularmente em indivíduos com obesidade.
Evite o consumo frequente de:
Esta é uma dúvida comum e importante. Como a maioria das pedras é de oxalato de cálcio, muitas pessoas acreditam que devem cortar o cálcio da dieta, mas isso é um erro. A restrição de cálcio pode, na verdade, aumentar o risco de formação de cálculos.
O cálcio consumido através dos alimentos (como leite e derivados) se liga ao oxalato ainda no intestino. Essa ligação faz com que o oxalato seja eliminado nas fezes, impedindo que ele seja absorvido e chegue aos rins.
Uma dieta pobre em cálcio deixa o oxalato livre para ser absorvido, aumentando sua concentração na urina. Portanto, manter uma ingestão adequada de cálcio é uma medida protetora.
A medida mais eficaz e simples para prevenir pedras nos rins é beber água. A ingestão adequada de líquidos, principalmente água, dilui a urina. Uma urina mais diluída dificulta que os minerais e sais se concentrem e formem cristais.
A recomendação geral é beber de 2 a 3 litros de água por dia, mas essa quantidade pode variar conforme o clima, a prática de atividades físicas e condições de saúde individuais. Uma boa dica é observar a cor da urina: ela deve estar sempre clara, quase transparente.
Além de evitar os excessos, incluir certos alimentos na dieta pode ter um efeito protetor. O citrato, presente em frutas cítricas, é um poderoso inibidor da formação de cálculos de cálcio.
Invista em:
Se você tem histórico familiar de cálculos renais, já teve um episódio de crise de cólica renal ou suspeita que sua dieta pode estar aumentando seu risco, é fundamental buscar orientação profissional. O urologista e o nefrologista são os especialistas indicados para investigar as causas e orientar o tratamento.
Apenas um profissional pode solicitar exames para identificar o tipo de cálculo e, com o apoio de um nutricionista, elaborar um plano alimentar personalizado para suas necessidades, garantindo uma prevenção eficaz e segura.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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