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As doenças hematológicas podem ser silenciosas, mas seus sinais não devem ser ignorados. Entenda as mais comuns e o que fazer.
Um cansaço que não passa, mesmo após uma boa noite de sono. Ou talvez um pequeno corte que demora mais que o normal para parar de sangrar. Esses sinais, muitas vezes atribuídos ao estresse do dia a dia, podem ser manifestações de doenças do sangue, também conhecidas como doenças hematológicas.
Compreender as condições mais prevalentes é o primeiro passo para a identificação precoce e a busca por cuidados adequados. O sangue é um tecido vital que transporta oxigênio, combate infecções e ajuda na cicatrização, e qualquer desequilíbrio em seus componentes pode ter um impacto significativo na saúde geral.
As doenças do sangue, ou hematológicas, são condições que afetam a produção e o funcionamento dos componentes sanguíneos. O sangue é composto por três tipos principais de células suspensas em um líquido chamado plasma.
Qualquer alteração na quantidade ou na qualidade de um desses elementos pode configurar uma doença. Elas podem ser de origem genética, como a hemofilia, ou adquiridas ao longo da vida, como alguns tipos de leucemia ou anemia.
Embora existam centenas de distúrbios sanguíneos, alguns são mais comuns e representam a maior parte dos diagnósticos. Conhecer seus sinais é fundamental.
Em crianças, por exemplo, alguns dos tipos de doenças do sangue que podem ser identificadas incluem a leucemia linfoide aguda (LLA), a leucemia não linfoide aguda (ANLL), a anemia aplástica e os linfomas. Esses exemplos destacam a diversidade das condições hematológicas em diferentes faixas etárias.
A anemia é talvez a doença do sangue mais conhecida. Ela ocorre quando o corpo não tem glóbulos vermelhos saudáveis em quantidade suficiente para transportar oxigênio de forma adequada aos tecidos. A causa mais comum é a deficiência de ferro, conhecida como anemia ferropriva.
Um exemplo de condição que afeta os glóbulos vermelhos é a anemia falciforme, uma doença do sangue que deforma essas células, o que pode levar a sintomas como icterícia (pele e olhos amarelados), mais anemia e aumento de órgãos como o fígado e o baço.
Os sintomas clássicos da anemia incluem:
A leucemia é um tipo de câncer que se origina na medula óssea, onde as células sanguíneas são produzidas. A doença causa uma produção descontrolada de glóbulos brancos anormais, que não funcionam corretamente e atrapalham a produção das outras células saudáveis.
A resposta do sistema imunológico a vacinas pode variar bastante entre pessoas com diferentes doenças do sangue. Em condições como a leucemia linfocítica crônica, a resposta tende a ser mais fraca, enquanto em outras, como a leucemia mieloide crônica, ela pode ser mais forte.
Existem formas agudas, de progressão rápida, e crônicas, mais lentas. Os sinais de leucemia podem ser vagos e incluem febre, perda de peso inexplicada, infecções frequentes e surgimento de hematomas com facilidade.
O linfoma é um câncer que afeta o sistema linfático, uma parte crucial do sistema imunológico. Ele se desenvolve nos linfócitos, um tipo de glóbulo branco. A principal característica é o crescimento de gânglios linfáticos, popularmente conhecidos como "ínguas", que podem surgir no pescoço, axilas ou virilha.
Pacientes com linfoma podem apresentar uma resposta imunológica mais fraca a vacinas. Um tipo específico, o linfoma não-Hodgkin de células B, é um câncer do sangue que, apesar das diversas terapias disponíveis, muitas vezes não tem cura, o que exige a busca por tratamentos inovadores.
Outros sintomas podem incluir febre, suores noturnos intensos e perda de peso. Os dois tipos principais são o Linfoma de Hodgkin e o Linfoma não-Hodgkin, cada um com características e tratamentos específicos.
A hemofilia é um distúrbio genético e hereditário que afeta a capacidade de coagulação do sangue. Pessoas com hemofilia têm baixos níveis de proteínas específicas, chamadas fatores de coagulação. Sem eles, o sangue não coagula adequadamente após uma lesão.
Isso resulta em sangramentos prolongados após cortes, cirurgias ou até mesmo espontaneamente, principalmente nas articulações e músculos. O aparecimento de grandes hematomas após pequenos traumas é um sinal de alerta.
A trombose ocorre quando um coágulo sanguíneo, ou trombo, se forma dentro de uma veia profunda, geralmente nas pernas. Esse coágulo pode bloquear parcial ou totalmente o fluxo de sangue, causando dor, inchaço e vermelhidão no local.
A TVP é uma condição séria, pois o coágulo pode se soltar e viajar pela corrente sanguínea até os pulmões, causando uma embolia pulmonar, que é uma emergência médica. Fatores de risco incluem imobilidade prolongada, cirurgias e certas condições genéticas.
O diagnóstico de uma doença do sangue geralmente começa com uma consulta médica, na qual o especialista avalia o histórico de saúde e os sintomas do paciente. O exame físico também é fundamental para identificar sinais como palidez, hematomas ou gânglios aumentados.
A confirmação quase sempre depende de exames laboratoriais. O hemograma completo é um dos testes mais importantes, pois fornece uma contagem detalhada de todas as células sanguíneas. Dependendo da suspeita, outros exames mais específicos, como a biópsia de medula óssea, podem ser necessários.
Um hematologista é o médico especialista em doenças do sangue. É recomendado procurar este profissional caso você apresente sintomas persistentes e inexplicáveis. A avaliação especializada é crucial para um diagnóstico correto e um plano de tratamento eficaz.
Fique atento aos seguintes sinais de alerta:
Diante de qualquer um desses quadros, não hesite em procurar avaliação médica. Muitas doenças do sangue, quando diagnosticadas precocemente, têm tratamento e bom prognóstico.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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