Revisado em: 09/10/2025
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Hemodiálise substitui parte da função dos rins e filtra o sangue, eliminando toxinas
Você sabe quem faz hemodiálise e por que esse tratamento é tão importante?
A hemodiálise é um procedimento essencial para pessoas com doença renal crônica ou insuficiência dos rins, que precisam de uma forma segura e eficaz de filtrar o sangue e eliminar substâncias tóxicas do corpo.
Por meio de uma máquina específica, o sangue é limpo artificialmente, substituindo a função dos rins e ajudando a manter o equilíbrio de sais minerais, líquidos e toxinas.
Esse tratamento é indicado principalmente para pacientes em estágio avançado da doença renal, mas também pode ser utilizado em situações emergenciais , como casos de intoxicação por metanol, por exemplo.
Embora o processo possa parecer complexo, ele é fundamental para preservar a vida e a qualidade de vida de quem faz a hemodiálise.
A hemodiálise é um procedimento que filtra e limpa o sangue, fazendo o trabalho que os rins doentes não conseguem mais fazer. Em outras palavras, é uma terapia de substituição renal.
O tratamento remove do corpo resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal, líquidos e outras substâncias tóxicas, como ureia e creatinina. Além disso, ajuda a controlar a pressão arterial e a manter o equilíbrio de substâncias importantes no organismo, como sódio e potássio.
A principal razão para se fazer o procedimento é a insuficiência renal, que pode ser aguda ou crônica. Quando os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue adequadamente, as toxinas se acumulam no corpo, causando uma série de problemas de saúde.
A decisão de iniciar a hemodiálise é tomada pelo médico nefrologista em conjunto com o paciente, quando o tratamento com medicamentos já não é suficiente para controlar a progressão da doença.
Geralmente, é indicada para pacientes com doença renal crônica em estágio 5, o mais avançado da doença.
Com os casos de intoxicação por metanol no Brasil, o tratamento pode ser um grande aliado em alguns casos. Ele filtra o sangue, ajudando a eliminar a substância do organismo rapidamente, reduzindo os danos que podem ser causados em alguns órgãos e o risco de morte.
O processo de hemodiálise envolve a circulação do sangue do paciente através de um circuito extracorpóreo, onde ele é filtrado por uma máquina.
Para que o sangue possa ser retirado e devolvido ao corpo de forma eficiente, é necessário um acesso vascular adequado. Existem duas opções principais: Fístula Arteriovenosa (FAV) e Cateter Venoso Central.
A FAV é criada cirurgicamente, sendo considerada o acesso ideal e mais duradouro. Geralmente localizado no braço ou na perna, conecta uma artéria a uma veia.
Essa ligação faz com que a veia se torne mais calibrosa e resistente, facilitando as punções com agulhas durante as sessões de hemodiálise.
Já o Cateter Venoso Central é um tubo flexível inserido em uma veia de grande calibre (no pescoço, tórax ou virilha) sob anestesia local. Ele é uma solução temporária, utilizada quando o paciente precisa iniciar a diálise rapidamente.
Embora seja prático, o cateter apresenta riscos maiores de obstrução e infecção, o que pode exigir sua substituição.
Uma vez estabelecido o acesso vascular, o sangue do paciente é retirado e impulsionado por uma bomba até o dialisador, que é o coração da máquina de hemodiálise. O dialisador contém uma membrana semipermeável que separa o sangue de uma solução especial, o dialisato.
Através dessa membrana, as toxinas e o excesso de líquidos presentes no sangue são transferidos para o dialisato, enquanto substâncias úteis são retidas no sangue.
Esse processo de troca é contínuo e dinâmico, e a adição de heparina (um anticoagulante) impede que o sangue coagule dentro do sistema.
Após a filtragem, o sangue purificado é devolvido ao corpo do paciente através do mesmo acesso vascular.
A duração e a frequência das sessões de hemodiálise podem variar de acordo com a necessidade de cada paciente.
Em geral, as sessões duram cerca de 4 horas e são realizadas três vezes por semana, em clínicas especializadas ou hospitais.
No entanto, o médico nefrologista pode ajustar a frequência e a duração do tratamento conforme a evolução do quadro clínico do paciente.
A alimentação é uma parte fundamental do tratamento para quem faz hemodiálise. Uma dieta adequada ajuda a controlar os níveis de toxinas no sangue, a prevenir a desnutrição e a garantir mais qualidade de vida.
É importante ressaltar que ela não substitui completamente as funções dos rins, por isso, a alimentação deve ser adaptada para cada paciente, com o acompanhamento de um nutricionista.
Alimentos que devem ser evitados ou consumidos com moderação:
É fundamental que o paciente tenha um acompanhamento nutricional individualizado para que a sua dieta seja equilibrada e saborosa, garantindo todos os nutrientes necessários para a sua saúde.
Com acompanhamento médico e nutricional adequados, quem faz hemodiálise pode ter uma boa qualidade de vida, controlando sintomas, evitando complicações e participando ativamente do próprio tratamento.
Além disso, seguir corretamente as orientações sobre alimentação, uso de medicamentos e rotina de diálise é fundamental para garantir melhores resultados.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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