Revisado em: 17/10/2025
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A conjuntivite é a inflamação da membrana que reveste o olho, a conjuntiva
A conjuntivite é uma condição ocular bastante comum, caracterizada pela inflamação da conjuntiva, a membrana fina e transparente que reveste a parte branca do olho e a parte interna das pálpebras. Essa inflamação pode causar sintomas incômodos, como vermelhidão, coceira, lacrimejamento e sensação de areia nos olhos.
Ela parece ser simples, mas tem diferentes causas. Entre elas estão as virais, bacterianas, alérgicas ou até químicas, e cada uma delas exige cuidados específicos. Por isso, entender seus sintomas e procurar orientação médica é fundamental para garantir um tratamento adequado e evitar a transmissão, principalmente nos casos contagiosos.
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, uma membrana mucosa que protege o globo ocular e a parte interna das pálpebras. Quando essa membrana se inflama, os vasos sanguíneos ficam mais visíveis, resultando na característica vermelhidão dos olhos.
A inflamação pode ter diversas origens, incluindo reações alérgicas e irritações por substâncias químicas. A conjuntivite pode afetar um ou ambos os olhos, mas na maioria dos casos, não deixa sequelas.
Vírus e bactérias são os causadores mais comuns. A conjuntivite pode ser desencadeada também pelo contato com alérgenos (elementos que provocam alergia) como pólen, poeira, pelos de animais e mofo.
E ainda, por elementos como a poluição, fumaça, cloro de piscinas, produtos de maquiagem, lentes de contato mal higienizadas e produtos químicos. Saber qual a causa específica é difícil, pois os sintomas são bastante parecidos.
Com base nas causas, a conjuntivite é classificada em diferentes tipos, cada um com suas particularidades, como pode ser visto a seguir:
A conjuntivite viral é o tipo mais comum e costuma melhorar de forma espontânea. Geralmente é causada pelo adenovírus, é altamente contagiosa e pode ocorrer isoladamente ou em conjunto com outras infecções virais, como resfriados.
Além dos sintomas clássicos como vermelhidão nos olhos, lacrimejamento e sensação de areia nos olhos, pode haver a formação de uma membrana esbranquiçada dentro da pálpebra, dificultando a visão. A transmissão ocorre por contato direto com secreções oculares ou objetos contaminados.
A conjuntivite bacteriana é causada por bactéria, sendo caracterizada por uma secreção amarelada ou esverdeada e mais espessa, que pode fazer com que as pálpebras fiquem grudadas ao acordar.
Embora possa ser autolimitada (pode desaparecer espontaneamente), o tratamento com colírios antibióticos é frequentemente indicado para acelerar a recuperação e reduzir a transmissão.
Em casos mais graves, como os causados por Neisseria gonorrhoeae, pode levar a complicações sérias, incluindo úlcera de córnea e perda de visão.
Não é contagiosa e é mais comum em pessoas com histórico de rinite ou asma. É uma resposta imunológica a alérgenos. Os sintomas incluem coceira intensa, inchaço das pálpebras e lacrimejamento, mas a vermelhidão e a secreção são menos evidentes. O tratamento envolve evitar o contato com o alérgeno e o uso de colírios antialérgicos.
É resultado da exposição a agentes irritantes, como fumaça, produtos químicos ou cloro. Não é contagiosa e o tratamento consiste em remover o agente irritante e aliviar os sintomas.
Os sintomas da conjuntivite podem variar pouco dependendo do tipo, mas alguns sinais são comuns a todas as formas:
É crucial procurar um oftalmologista para um diagnóstico preciso, pois a automedicação pode agravar o quadro.
A duração da conjuntivite é uma das principais preocupações de quem é afetado por essa condição. A resposta para quantos dias dura a conjuntivite varia de acordo com o tipo e gravidade da infecção, bem como da resposta imunológica do indivíduo.
Veja mais detalhes a seguir:
A média de duração dos sintomas da conjuntivite viral é de 7 a 10 dias, o tempo que o organismo leva para combater o vírus. Mas o tempo de duração da infecção pode variar de acordo com o sistema imunológico de cada pessoa.
Indivíduos com as defesas fortalecidas podem ter seu tempo de recuperação reduzido para 5 dias.
Já em indivíduos mais vulneráveis como as crianças e os idosos, a conjuntivite pode durar até 12 dias. Em alguns casos mais graves, a duração pode se estender por até 3 semanas. Os sintomas tendem a progredir até o 3º ou 4º dia e depois regridem.
Se os sintomas passarem do período estimado ou ficarem mais intensos, é importante buscar orientação com um médico oftalmologista.
Para a conjuntivite bacteriana, a questão de quantos dias dura a conjuntivite também tem uma resposta variável. A inflamação pode melhorar espontaneamente ou ter uma duração de até duas semanas. O uso de antibiótico acelera a recuperação e reduz o risco de transmissão.
É preciso buscar uma consulta caso os sintomas persistam por mais de dois ou três dias, ou o indivíduo passe a sentir uma dor intensa, inchaço significativo ou problemas de visão.
Estes tipos não são infecciosos e sua duração depende da exposição ao agente causador. A conjuntivite alérgica pode ser intermitente, sazonal ou perene, dependendo do contato com o alérgeno.
A conjuntivite tóxica ou irritativa geralmente melhora rapidamente após a remoção do agente irritante. Independentemente de quantos dias dura a conjuntivite, a persistência ou agravamento dos sintomas requer avaliação médica para evitar complicações, como ceratite (inflamação da córnea) ou úlcera de córnea, que podem levar a sequelas visuais.
O tratamento da conjuntivite é direcionado à sua causa específica e deve ser sempre orientado por um oftalmologista. A automedicação é contraindicada, pois pode agravar o quadro ou mascarar um problema mais sério.
O foco do tratamento é aliviar os sintomas e prevenir a propagação do vírus, já que ela é autolimitada e o próprio organismo age para combatê-la. Então, as recomendações incluem: lavar os olhos regularmente com soro e fazer compressas frias, para aliviar o inchaço dos olhos, vermelhidão e desconforto.
Usar colírio lubrificante para hidratar os olhos e reduzir a irritação, assim como não coçar os olhos e se afastar de ambientes coletivos por pelo menos 7 dias.
Se houver fotofobia intensa ou comprometimento da visão, colírios corticoides podem ser prescritos por um oftalmologista, mas com cautela, pois podem exacerbar outras condições como ceratite por herpes simples.
O tratamento geralmente envolve o uso de colírios ou pomadas oftálmicas com antibióticos, como cloranfenicol, sulfato de neomicina, sulfato de polimixina B ou moxifloxacino.
Em infecções mais graves, como as causadas por gonorreia ou clamídia, antibióticos orais ou intravenosos podem ser necessários, especialmente em recém-nascidos. Além dos medicamentos, as medidas de higiene ocular e compressas frias também são importantes.
O tratamento da conjuntivite alérgica consiste em identificar e evitar o alérgeno desencadeante. Colírios antialérgicos e anti-histamínicos podem ser prescritos. Em alguns casos, corticoides tópicos podem ser indicados para controlar a coceira e a inflamação.
Para a conjuntivite tóxica ou irritativa o principal passo é remover o agente irritante. Lavar os olhos abundantemente com água ou soro fisiológico pode ajudar a eliminar a substância. Colírios lubrificantes e compressas frias podem aliviar o desconforto.
A prevenção é fundamental para evitar a propagação da conjuntivite, sobretudo as formas infecciosas. Então é preciso higienizar as mãos frequentemente, evitar tocar nos olhos e evitar aglomerações quando houver surto da condição.
Ter cuidado com as lentes de contato, manter os ambientes limpos e utilizar óculos de proteção em piscinas e no sol também são fatores preventivos.
A conjuntivite é uma condição ocular que, embora geralmente benigna, exige atenção e cuidados adequados. Compreender suas causas, tipos, sintomas e, principalmente, quantos dias dura a conjuntivite é essencial para buscar o tratamento correto e evitar a disseminação.
A prevenção, por meio de hábitos de higiene e cautela, é a melhor forma de se proteger. Em caso de qualquer sintoma, procure sempre um oftalmologista para um diagnóstico preciso e orientação sobre o tratamento mais adequado.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui a avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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