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Em média, a mulher para de menstruar por volta dos 50 anos
A chegada da menopausa marca uma nova etapa da vida, repleta de transformações hormonais que impactam o corpo e as emoções. Embora muitas mulheres associam esse momento apenas ao fim da menstruação, ele é resultado de um processo gradual que começa anos antes, conhecido como climatério.
Durante essa transição, é comum surgirem sintomas como ondas de calor, alterações no sono, variações de humor e mudanças no metabolismo.
Para muitas, a principal dúvida é: com quantos anos a mulher para de menstruar? Compreender essa transição, que inclui o climatério e a perimenopausa, é fundamental para buscar o acompanhamento médico adequado e garantir uma melhor qualidade de vida.
A menopausa, o climatério e a perimenopausa são bastante utilizados como sinônimos, mas representam fases distintas de um mesmo processo biológico.
O climatério é um período longo, que pode durar anos, marcado pela diminuição gradual da produção hormonal pelos ovários. Ele se estende do final da fase reprodutiva até o início da fase idosa.
Ele abarca a perimenopausa, a menopausa e pós-menopausa, marcando a transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva.
Já a perimenopausa é caracterizada por irregularidades menstruais. Os ciclos podem ficar mais longos ou mais curtos, e o volume menstrual pode aumentar. Pode começar vários anos antes da menopausa. Ela antecede a menopausa e se estende por 12 meses após o último ciclo menstrual.
A perimenopausa tem duração em torno de 2 a 3 anos. A mulher pode sentir ondas de calor (fogachos), palpitações, vertigens, alterações no sono, oscilações de humor, dores no corpo, sudorese noturna e dores de cabeça.
A menopausa é marcada pelo último ciclo menstrual da mulher, confirmado após 12 meses consecutivos de ausência de menstruação.
Com quantos anos a mulher para de menstruar (a idade da menopausa) é variável. No entanto, existe uma faixa etária considerada normal. No Brasil, a idade média para a ocorrência da menopausa é de aproximadamente 50 anos. Mas ele pode ocorrer entre 40 a 55 anos.
A menopausa é classificada de acordo com a idade de ocorrência. Se ocorrer antes dos 40 anos é considerada menopausa precoce. Já se ela ocorrer depois dos 55 anos é chamada de menopausa tardia. Nos dois casos é preciso fazer a avaliação médica para investigar possíveis causas e riscos.
A interrupção da menstruação é um processo natural e está diretamente ligada ao esgotamento da reserva de folículos ovarianos.
Veja abaixo:
A mulher para de menstruar porque o corpo entra em um novo estágio natural, no qual os ovários deixam de liberar óvulos e produzir os hormônios que regulam o ciclo menstrual.
Esse processo marca o fim da fase reprodutiva e o início da menopausa. Essa é uma etapa fisiológica que pode vir acompanhada de sintomas e mudanças hormonais, mas que faz parte do envelhecimento saudável da mulher.
O período do climatério é marcado por uma série de sintomas que variam em intensidade de mulher para mulher. Eles são causados principalmente pela deficiência de estrogênio no organismo.
Os sintomas mais comuns incluem:
Os pequenos lábios, o clitóris, o útero e os ovários, diminuem de tamanho. A mulher tende a ficar mais propensa a ter infecção urinária, já que o revestimento da uretra se torna mais fino e a uretra mais curta.
A redução dos níveis de estrogênio causa uma diminuição na quantidade de colágeno e elastina, tornando a pele mais fina, seca e mais suscetível a lesões. A queda nos níveis deste hormônio também diminui a densidade óssea, podendo levar a osteoporose.
O diagnóstico da menopausa é essencialmente clínico, e se baseia na idade da paciente e na ausência de menstruação por 12 meses consecutivos. Para mulheres na faixa etária esperada e com sintomas característicos, o diagnóstico pode ser feito sem a necessidade de exames mais complexos para menopausa.
O médico também pode solicitar exames laboratoriais para confirmar o estado hormonal ou investigar outras causas para a irregularidade menstrual, especialmente em casos de menopausa precoce ou atípica.
Os exames mais comuns são a dosagem de FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e de TSH e prolactina.
Os níveis elevados de FSH indicam que o ovário está falhando em responder à estimulação cerebral, um sinal de menopausa. O médico pode solicitar também a dosagem de TSH e prolactina para descartar problemas na tireoide ou na hipófise que possam ser parecidos com os sintomas do climatério.
É possível que seja feito um exame pélvico para verificar se existem alterações características na vagina ou para avaliar sintomas relatados pela mulher.
A cessação da menstruação marca o fim da fertilidade e o início de um período que exige atenção redobrada à saúde, devido à ausência do efeito protetor do estrogênio.
As principais mudanças e riscos a longo prazo incluem:
O período demanda cuidados contínuos e prevenção ativa. É importante cuidar da saúde com alimentação equilibrada, exercícios, acompanhamento médico e exames regulares para reduzir riscos cardiovasculares, proteger os ossos e controlar o peso.
É fundamental que a mulher procure um ginecologista ao notar as primeiras irregularidades menstruais, especialmente se os ciclos ficarem irregulares após os 40 anos. Se a menstruação começar a falhar ou se os ciclos se tornarem muito curtos ou longos, procure um médico.
Se os fogachos, alterações de humor ou insônia estiverem prejudicando a qualidade de vida também é importante buscar um especialista. Assim como se a menstruação cessar antes dos 40 anos. É urgente buscar ajuda para iniciar a investigação e o tratamento adequado.
O médico poderá avaliar os riscos e benefícios da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) e de outras abordagens terapêuticas para aliviar os sintomas da menopausa e prevenir doenças a longo prazo.
Saber com quantos anos a mulher para de menstruar é mais do que uma simples curiosidade, é compreender uma fase de transformação profunda. A menopausa não representa o fim da feminilidade, mas o início de um novo ciclo.
Cada organismo tem seu tempo, e por isso é essencial estar atenta aos sinais do corpo e manter o acompanhamento com um ginecologista. Assim, é possível identificar precocemente alterações hormonais, aliviar os sintomas do climatério e prevenir doenças associadas à queda do estrogênio, como osteoporose e problemas cardiovasculares.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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