04/04/2025
Revisado em: 24/04/2025
Conheça as causas, como aliviar o sintoma e quando o zumbido pode indicar problemas graves de saúde
O zumbido nos ouvidos é uma percepção sonora incômoda que afeta 14% da população mundial adulta – cerca de 740 milhões de pessoas, segundo uma revisão de 800 artigos publicada em 2022 na revista científica “JAMA Neurology”. No Brasil, seriam 28 milhões de pessoas afetadas pela condição, de acordo com o Ministério da Saúde.
O zumbido nos ouvidos é a percepção de sons (como chiados, apitos, ou ruídos) que não têm origem externa, e que variam de intensidade e frequência. O sintoma pode ocorrer de forma intermitente ou contínua, podendo afetar a concentração, o sono e o equilíbrio emocional. Pode ser unilateral ou bilateral e, em alguns casos, vir acompanhado de outros sintomas, como tontura ou perda auditiva.
Também chamado de tinnitus, o zumbido não é uma doença em si, mas um sintoma associado a diversas condições de saúde.
As causas do zumbido são variadas e podem incluir:
Embora o zumbido nos ouvidos, por si só, não seja uma doença, ele pode ser um indicativo de problemas de saúde subjacentes. Por exemplo, em alguns casos, o zumbido está relacionado à perda auditiva neurossensorial ou a doenças como a doença de Ménière, que afeta o equilíbrio e a audição.
Além disso, problemas vasculares, como a hipertensão arterial, podem também estar associados ao surgimento desse sintoma, assim como quadros descontrolados de diabetes e hipotireoidismo. Em casos menos frequentes, pode estar associado a tumores benignos, que pressionam os nervos auditivos.
Quando o zumbido é acompanhado de outros sinais – como vertigens, dificuldades na audição ou alterações no equilíbrio – pode ser um sinal de que há uma condição médica mais séria, necessitando de avaliação detalhada por um profissional de saúde.
Inicialmente, o médico realiza uma anamnese detalhada, questionando sobre o histórico do paciente, a duração, a intensidade e as características do som percebido. A partir dessa análise, pode solicitar exames como a audiometria, que mede a capacidade auditiva, a acufenometria (para identificar a frequência e a intensidade do zumbido) e BERA, que mapeia o sistema auditivo.
O médico também costuma solicitar exames de sangue, que podem ajudar a identificar problemas metabólicos, intestinais ou vasculares que estejam contribuindo para o sintoma, assim como marcadores de doenças autoimunes.
Em alguns casos, o médico pode solicitar exames de imagem - como ressonância magnética ou tomografia computadorizada - para investigar possíveis alterações no cérebro ou no sistema auditivo, além de descartar tumores.
O tratamento do zumbido nos ouvidos varia conforme a causa identificada. Por exemplo: se o paciente tiver anemia, trata-se o quadro. Se tiver hiper ou hipotireoidismo, também. O uso de medicamentos pode ajudar a reduzir a intensidade do zumbido e a tratar condições associadas, como a ansiedade e a depressão que muitas vezes acompanham esse sintoma.
A psicoterapia é bastante utilizada quando o zumbido provém de um trauma emocional. E também ajuda os pacientes a lidarem com o impacto emocional causado pelo zumbido, promovendo estratégias para reduzir a ansiedade e o estresse.
Além disso, ajustes na alimentação, como redução do consumo de cafeína e álcool e adesão a uma dieta a base de verduras, legumes, azeite e peixes - além da prática regular de exercícios físicos - podem contribuir para o alívio do zumbido.
Em alguns casos, a terapia sonora pode ser útil: ela usa ruídos brancos ou ambientais para reduzir a percepção do sintoma.
Esse especialista é central no manejo do zumbido. Ele coordena exames, identifica causas e encaminha para outros profissionais, como neurologistas e psicólogos, quando necessário. Além disso, orienta sobre medidas preventivas e acompanha a evolução do paciente.
Além do tratamento médico, algumas medidas simples podem ajudar a reduzir a percepção do zumbido no dia a dia e melhorar a qualidade de vida. Entre as principais estão:
Procure um otorrinolaringologista se:
Diversos fatores podem desencadear o zumbido no ouvido, incluindo a exposição prolongada a ruídos intensos, o acúmulo de cera, problemas de circulação e o envelhecimento. Em muitos casos, esse sintoma pode ser o primeiro sinal de uma alteração na saúde auditiva ou mesmo de uma condição vascular, exigindo uma avaliação médica detalhada para identificar a causa exata.
Para aliviar o zumbido no ouvido, é importante buscar o diagnóstico correto e seguir as orientações do especialista. Entre as medidas que podem ser adotadas estão a utilização de aparelhos de som para mascarar o ruído, terapias de reabilitação auditiva e a prática de técnicas de relaxamento. Mudanças no estilo de vida, como evitar ambientes barulhentos e manter uma rotina saudável, também são fundamentais para o alívio do sintoma.
O zumbido no ouvido torna-se preocupante quando apresenta persistência, aumento de intensidade ou quando é acompanhado por outros sintomas, como perda auditiva, vertigens ou dores intensas. Nestes casos, a consulta imediata com um otorrinolaringologista é crucial para descartar condições mais graves e iniciar o tratamento adequado.
O zumbido fino no ouvido pode ser resultado de alterações na circulação sanguínea ou de pequenos danos nas células auditivas, muitas vezes relacionados ao envelhecimento ou a uma exposição excessiva a ruídos intensos. Esse tipo de zumbido é, em alguns casos, um indicativo de que o sistema auditivo está tentando se adaptar a mudanças internas, embora também possa estar associado a condições como a hipertensão arterial.
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