29/07/2025
Revisado em: 29/07/2025
A trombose venosa ocorre através da formação de um coágulo na veia e pode ser causada por diferentes fatores. Conheça os sintomas e tratamentos.
Dr. Flávio Duarte - Angiologista e Cirurgião Vascular
Atualizado em 12/08/2024
Trombose é uma doença que provoca a formação de coágulos (trombos) que podem obstruir os vasos sanguíneos, acometendo, principalmente, as veias das pernas. Quando isso ocorre, há uma dificuldade no retorno do sangue para o coração, levando a um acúmulo do sangue no membro afetado (estase), provocando um inchaço da perna, além do risco de uma embolia, quando o fragmentos deste trombo se desprendem e vão parar no pulmão. O Dr. Flávio Duarte, cirurgião vascular do Hospital Santa Paula, explica mais sobre o tema.
Caracterizada pela formação de um coágulo no vaso sanguíneo, a trombose pode ocasionar a obstrução total ou parcial dos vasos, principalmente das veias, onde ocasionam a trombose venosa profunda (TVP), que atinge, na maior parte dos casos, os membros inferiores, sobretudo as pernas. Além dos sintomas de dor e edema no membro, a TVP pode originar pequenos ou grandes fragmentos de trombos, que ao caírem na circulação, embolizam e vão causar a embolia pulmonar, que pode ser fatal. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante, assim como o acompanhamento médico em caso de suspeita de TVP.
De acordo com o Dr. Flávio Duarte, “a coagulação ou formação de um coágulo é resultado de uma série de reações no organismo que ajudam a reparar uma lesão em um vaso. Quando há uma lesão de um vaso, ou mesmo a perfuração de uma veia para coletar exame de sangue, é a coagulação que faz a reparação do vaso. Para que este processo funcione adequadamente, há uma série de fatores que estimulam e inibem a coagulação. Quando temos um desequilíbrio entre essas duas partes, pode haver a formação de um coágulo maior levando à trombose”.
O especialista explica que o maior risco é a embolização, que pode levar à morte em até 20% dos casos. Mas também, há o risco de sequelas para o membro como a síndrome pós-trombótica, que pode evoluir com edema crônico, dor e aparecimento de feridas. Entre os motivos mais comuns que facilitam o aparecimento da trombose, estão:
Segundo o Dr. Flávio Duarte, “a melhor prevenção é evitar os fatores de risco ou diminuir ao máximo o risco. Podemos fazer isso adotando hábitos saudáveis e atividade física regular, além de realizar uma avaliação com um vascular para a identificação de possíveis fatores que possam predispor à trombose. Em pacientes que necessitem ficar longos períodos parados, o uso de meias de compressão é aconselhável, assim como a realização de profilaxia medicamentosa em alguns pacientes com risco elevado”.
Os sintomas de trombose na pernas nem sempre se manifestam, quando ocorrem, os mais comuns são:
O diagnóstico da trombose nas pernas é feito inicialmente por um exame clínico, com avaliação dos sintomas descritos pelo paciente. A confirmação é feita principalmente por um exame de ultrassom com doppler. Outros exames que podem colaborar para o diagnóstico são: D-Dímero pode dar uma pista do diagnóstico, apesar de ter uma menor sensibilidade, a Tomografia e a Ressonância.
O tratamento da trombose venosa na perna é feito com o objetivo de evitar que o coágulo aumente sua extensão, ocluindo outros vasos, ou que se desprenda e caia na circulação, provocando uma embolia pulmonar. O uso de medicamentos anticoagulantes é essencial para que o médico possa proteger o paciente com trombose, pois ele impede a progressão ou embolização do trombo. Em casos mais graves, que são a minoria, pode ser necessário um procedimento cirúrgico para dissolver ou remover o trombo. É fundamental o acompanhamento médico para indicação de um tratamento adequado e rápido, evitando complicações graves decorrentes do tromboembolismo venoso.
De acordo com o médico, “o risco de trombose em pacientes com COVID-19 aumenta muito. Estima-se que possa ser 16 vezes maior nos pacientes internados por COVID-19. Por isso, o uso de anticoagulantes profiláticos está em todos os protocolos de tratamento destes pacientes com forma grave da doença. Os pacientes com forma leve devem ser avaliados para o risco de desenvolver trombose e fazer profilaxia quando indicado”.
O médico ainda destaca que “foi identificado, em raros casos, a formação de trombos após a aplicação de algumas vacinas para o SarsCov2 (COVID-19). São tromboses com mecanismos e locais um pouco diferentes. É importante salientar que este risco é infinitamente menor que o de desenvolver uma trombose por ter contraído uma forma grave de COVID-19. Pacientes gestantes ou de alto risco para TVP devem consultar um médico para orientação quanto a imunização para a COVID-19”.
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