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Veja como o consumo de álcool interfere nos exames laboratoriais, quanto tempo esperar antes da coleta e quais cuidados seguir para garantir resultados confiáveis.
Muita gente já se fez essa pergunta: “Tomei cerveja, posso fazer exame de sangue?”. Uma lata de cerveja na noite anterior pode parecer inofensiva, mas o álcool é rapidamente absorvido pelo organismo e pode alterar valores importantes do exame.
Essas alterações podem interferir em parâmetros importantes, como glicemia, triglicerídeos, colesterol e enzimas do fígado. Quando isso acontece, o risco é receber um resultado distorcido e que não reflita a sua real condição de saúde.
Por isso é importante entender como o álcool age no corpo, quanto tempo é necessário esperar antes da coleta e o que fazer caso a bebida tenha sido consumida próximo ao exame.
Assim que a cerveja é ingerida, o etanol passa pelo estômago e intestino rapidamente e atinge a corrente sanguínea. O fígado é o órgão responsável por metabolizar essa substância, transformando-a em ácidos. Esse processo provoca mudanças temporárias no metabolismo da glicose e aumenta a produção de triglicerídeos.
As alterações não param por aí. As enzimas hepáticas como a TGO, TGP e GGT podem se elevar em poucas horas, ainda que seja de maneira transitória.
Alguns estudos mostram que até mesmo pequenas doses de álcool são suficientes para gerar variações nesses marcadores, o que termina alterando a interpretação dos exames.
O tempo que o organismo leva para metabolizar completamente o álcool varia de acordo com fatores como peso, idade, sexo, funcionamento do fígado e quantidade ingerida.
Em média, recomenda-se evitar bebidas alcoólicas por um período de 24 a 72 horas antes da coleta.
Para alguns exames, o ideal é esperar ainda mais:
Esse cuidado garante que os valores reflitam a condição real do organismo. O período de abstinência prévio garante que as alterações que são provocadas pela bebida não confundam os resultados.
Entre os exames de sangue que são de rotina e mais sensíveis e que podem sofrer maiores alterações nos resultados estão a glicemia, o colesterol e as enzimas hepáticas.
O hemograma também pode ser afetado com pequenas alterações na contagem de plaquetas e leucócitos depois da ingestão de bebidas alcoólicas. Mesmo que essas mudanças sejam passageiras, elas são suficientes para que você tenha um diagnóstico diferente do que teria se não tivesse consumido álcool.
Se a coleta já está marcada e você consumiu álcool antes, é importante informar o laboratório e o médico responsável. É possível que o exame seja remarcado, mas caso não for, essa informação ajudará na interpretação dos resultados. Ainda assim, na maioria dos casos, os profissionais terminam remarcando a coleta.
Não tente acelerar a eliminação do álcool com café, água ou jejum mais prolongado porque esses métodos não alteram o tempo natural da metabolização da substância pelo fígado. O mais adequado e recomendado é sempre aguardar o período indicado e, se não for possível remarcar, registrar que houve ingestão alcoólica recente.
Além desse período, é importante se manter hidratado. O álcool também favorece a desidratação, que por si só já pode alterar os parâmetros laboratoriais.
Informe sempre seu médico sobre substâncias e medicamentos ingeridos nos dias anteriores, principalmente bebidas alcoólicas.
A dúvida “tomei cerveja posso fazer exame de sangue” aparece com frequência porque o consumo de álcool é socialmente comum. Mas a resposta é clara: o ideal é não fazer após o consumo. Mesmo pequenas quantidades são capazes de alterar parâmetros bioquímicos relevantes. Para evitar resultados falsamente alterados e diagnósticos equivocados, o ideal é respeitar o tempo de abstinência indicado e conversar com o médico sempre que houver qualquer dúvida.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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