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Entenda quais nutrientes são essenciais para a função cognitiva e quando a suplementação pode ser uma aliada da sua saúde cerebral.
Você entra em um cômodo e, por um instante, esquece completamente o que foi buscar. Ou talvez releia o mesmo parágrafo de um relatório pela terceira vez, sem conseguir absorver a informação. Essas falhas momentâneas de foco e memória são comuns, mas levantam uma questão importante sobre a saúde do cérebro.
A busca por um melhor desempenho cognitivo leva muitas pessoas a considerar o uso de suplementos. Mas, em meio a tantas opções, é fundamental separar os mitos da realidade científica.
A ideia de uma substância única capaz de aumentar a inteligência ou garantir uma memória infalível pertence ao campo da ficção. A cognição é um processo extremamente complexo, influenciado por genética, estilo de vida, nutrição e saúde geral.
Estudos também revelam que a pesquisa de novos medicamentos nootrópicos foca em alvos genéticos como os genes serotonérgicos, glutamatérgicos, canais iônicos e fosfodiesterases, buscando melhorar a memória e a inteligência. Em pacientes com demência, certos tratamentos nootrópicos foram associados a um aumento da expectativa de vida e a uma redução no risco de mortalidade.
Contudo, a ciência confirma que certos nutrientes desempenham papéis críticos no funcionamento do cérebro. Deficiências nutricionais podem prejudicar a memória, a concentração e o raciocínio. Nesse cenário, a suplementação funciona como uma ferramenta para corrigir desequilíbrios e fornecer ao cérebro a matéria-prima de que ele precisa.
Diversos compostos bioativos são estudados por seus efeitos na saúde cerebral. Eles atuam em diferentes frentes: protegendo os neurônios contra danos, melhorando a comunicação entre eles ou participando da produção de energia.
O cérebro é composto por quase 60% de gordura, e grande parte dela é o ácido docosahexaenoico (DHA), um tipo de ômega 3. O DHA é vital para a estrutura e a função das membranas dos neurônios, facilitando a comunicação celular. Estudos da National Library of Medicine (NIH) dos EUA associam o consumo adequado de ômega 3 à melhora da memória e à redução do risco de declínio cognitivo.
As vitaminas do complexo B são essenciais para o metabolismo energético cerebral. Elas ajudam a converter alimentos em energia que o cérebro utiliza para funcionar. A deficiência de certas vitaminas B, como a B12 e a B9 (folato), está ligada a problemas de memória e a um maior risco de demência em idosos.
Alguns minerais são cofatores em centenas de reações bioquímicas no cérebro. A ausência deles pode comprometer desde a transmissão de impulsos nervosos até a plasticidade cerebral.
O magnésio, por exemplo, é fundamental para o aprendizado e a memória. Uma forma específica, o magnésio L-treonato, tem demonstrado boa capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, mostrando-se promissor em estudos sobre cognição. O zinco, por sua vez, regula a comunicação entre os neurônios.
Além de vitaminas e minerais, outras substâncias podem beneficiar o cérebro. A creatina, conhecida por seu uso em atividades físicas, também serve como uma reserva rápida de energia para as células cerebrais, podendo melhorar a memória de curto prazo e o raciocínio sob pressão.
A fosfatidilserina e a colina são componentes estruturais das membranas celulares, essenciais para a integridade dos neurônios e a produção do neurotransmissor acetilcolina, ligado à memória e ao aprendizado.
Fitoterápicos também são investigados por seu potencial de melhora cognitiva. O Ginkgo biloba é conhecido por melhorar o fluxo sanguíneo cerebral, o que pode otimizar a entrega de oxigênio e nutrientes. Este extrato herbal também contribui para preservar a memória e a função cerebral por sua ação protetora e antioxidante no cérebro.
Outras plantas, como Bacopa monnieri e Rhodiola rosea, são estudadas por suas propriedades adaptógenas, que ajudam o corpo a lidar com o estresse, um conhecido fator prejudicial à cognição.
Contudo, é importante ressaltar que, para pessoas saudáveis, a ciência ainda busca evidências suficientes para recomendar o uso a longo prazo de nootrópicos populares como ginseng e ginkgo para melhorar a memória e a inteligência.
Além dos suplementos e extratos mencionados, a cafeína também tem sido estudada por seus efeitos na cognição. Pesquisas indicam que a cafeína pode aprimorar a função cognitiva e, em modelos de estudo, até aumentar a expectativa de vida, fortalecendo seu potencial como um auxiliar da memória.
Antes de pensar em suplementos, o foco deve ser a alimentação. Uma dieta rica e variada é a melhor maneira de garantir que seu cérebro receba todos os nutrientes de que precisa. A suplementação é um complemento, não um substituto.
A suplementação se torna uma opção válida quando a dieta é insuficiente ou quando há uma necessidade aumentada. Grupos como estudantes em período de provas, profissionais com alta demanda mental ou idosos podem se beneficiar, desde que com avaliação profissional.
O diagnóstico de deficiências nutricionais, feito por meio de exames de sangue solicitados por um médico, é o caminho mais seguro para determinar a necessidade e o tipo de suplemento. A automedicação pode levar a desequilíbrios de nutrientes e efeitos adversos.
Suplementos são apenas uma peça do quebra-cabeça. Um cérebro saudável depende de um conjunto de hábitos. Para um desempenho mental otimizado, adote as seguintes práticas:
A abordagem mais eficaz para a saúde cognitiva é sempre a mais completa. Combinar uma dieta equilibrada com um estilo de vida ativo e, se necessário, uma suplementação orientada, oferece as melhores chances de manter a mente afiada em todas as fases da vida.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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