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Sintomas de gastrite nervosa e refluxo: aprenda a diferenciar os condições

Aquele desconforto na "boca do estômago" pode ter origens distintas e nem sempre ligadas ao ácido. Entenda os sinais para buscar o diagnóstico correto.

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Aquela queimação no estômago que surge depois de um dia particularmente estressante ou uma dor que sobe pelo peito após uma refeição mais pesada. 

É importante saber que a queimação persistente no estômago, pode ser causada por fatores que não são diretamente relacionados ao refluxo ácido, como a azia funcional ou outras condições psicológicas. 

Esses cenários são comuns para muitas pessoas e, frequentemente, geram uma dúvida: trata-se de gastrite nervosa ou refluxo? Embora os sintomas possam se sobrepor, são condições distintas com causas e abordagens diferentes.

Entender os sinais específicos de cada uma é o primeiro passo para buscar o alívio adequado e, mais importante, o diagnóstico correto. Ambas as condições afetam significativamente a qualidade de vida, mas com a orientação certa, é possível controlar os sintomas e recuperar o bem-estar.

O que é gastrite nervosa?

Apesar do nome popular, a "gastrite nervosa" não é uma gastrite de fato, que implica uma inflamação no revestimento do estômago. O termo médico mais apropriado é dispepsia funcional. Trata-se de uma desordem na interação entre o cérebro e o sistema digestivo, conhecida como eixo cérebro-intestino.

Fatores emocionais como estresse e ansiedade alteram a motilidade e a sensibilidade do estômago. Em muitos casos, a queimação e a dor na região do estômago, frequentemente associadas à ansiedade e depressão, podem ser sentidas devido a uma maior sensibilidade do esôfago, e não necessariamente por um refluxo ácido de fato. 

É uma condição funcional que mostra a forte ligação entre a mente e o sistema digestivo. Isso resulta em sintomas digestivos reais e incômodos, mesmo sem a presença de lesões ou inflamações visíveis em exames como a endoscopia.

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Quais os principais sintomas?

Os sinais da dispepsia funcional estão concentrados na parte superior do abdômen. Os mais comuns incluem:

  • Dor ou queimação na "boca do estômago" (região epigástrica).
  • Sensação de estômago cheio rapidamente durante as refeições.
  • Inchaço abdominal e sensação de peso após comer.
  • Arrotos frequentes (eructação).
  • Náuseas e, em alguns casos, vômitos.

E o que caracteriza o refluxo gastroesofágico?

Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é uma condição mecânica. Ela ocorre quando o esfíncter esofágico inferior, uma válvula muscular entre o esôfago e o estômago, não se fecha corretamente. Essa falha permite que o conteúdo ácido do estômago retorne para o esôfago.

Existem diretrizes clínicas bem elaboradas para o diagnóstico e tratamento da DRGE, que é a forma mais séria de refluxo e pode causar queimação que não passa. Elas orientam os profissionais de saúde a identificar e manejar a condição de forma eficaz.

Como o revestimento do esôfago não está preparado para essa acidez, ele fica irritado e inflamado, causando os sintomas característicos da doença. Fatores como obesidade, hérnia de hiato e certos alimentos podem contribuir para o problema.

Quais os principais sintomas?

Os sintomas do refluxo são mais associados ao caminho que o ácido percorre. Veja os principais:

  • Azia: sensação de queimação que começa no peito e pode subir até a garganta.
  • Regurgitação: retorno de líquido ou alimento à boca, com um gosto amargo ou ácido.
  • Dor no peito, que pode ser confundida com problemas cardíacos.
  • Tosse seca e crônica, principalmente à noite.
  • Dificuldade ou dor para engolir (disfagia).
  • Pigarro constante e rouquidão.

Como diferenciar os sintomas de gastrite nervosa e refluxo?

A confusão entre as duas condições é compreensível, mas a localização e a natureza dos sintomas são as chaves para a diferenciação. Enquanto a gastrite nervosa se manifesta "no estômago", o refluxo se manifesta "para cima", no trajeto do esôfago.

Para facilitar, preparamos uma tabela comparativa:

Característica

Gastrite Nervosa (Dispepsia Funcional)

Refluxo Gastroesofágico (DRGE)

 

Local principal do sintoma

Região superior do abdômen ("boca do estômago").

Peito, garganta e boca.

Sintoma dominante

Dor, inchaço e sensação de peso no estômago.

Azia (queimação que sobe) e regurgitação.

Relação com a alimentação

Os sintomas surgem durante ou logo após comer.

Piora ao deitar após as refeições ou ao comer alimentos gordurosos e ácidos.

Sintomas associados

Náuseas e saciedade precoce.

Tosse seca, rouquidão e pigarro.

Quando os sintomas são um sinal de alerta?

Apesar de muitas vezes serem manejáveis, alguns sintomas digestivos exigem atenção médica imediata, pois podem indicar condições mais graves. Procure um especialista se você apresentar:

  • Vômitos com sangue ou com aspecto de borra de café.
  • Fezes escuras, com aparência de piche.
  • Perda de peso não intencional e sem explicação.
  • Dificuldade progressiva para engolir os alimentos.
  • Dor intensa e contínua que não melhora.
  • Sintomas que persistem por mais de duas semanas, mesmo com mudanças de hábitos.

Somente um médico, preferencialmente um gastroenterologista, pode realizar o diagnóstico correto, que pode envolver exames como a endoscopia digestiva alta para avaliar a saúde do seu estômago e esôfago.

É possível aliviar os sintomas em casa?

Enquanto aguarda a consulta médica, algumas mudanças no estilo de vida podem proporcionar alívio. Para ambas as condições, gerenciar o estresse é fundamental. Técnicas de relaxamento, meditação e atividade física regular podem ajudar a regular o eixo cérebro-intestino. 

É reconhecido que o estresse mental e a ansiedade não só podem agravar os sintomas do refluxo, mas também diminuir a eficácia dos medicamentos usados para o tratamento. Para o refluxo, medidas adicionais são úteis, como evitar deitar-se logo após as refeições, elevar a cabeceira da cama e reduzir o consumo de alimentos gordurosos, picantes, cafeína e álcool. 

Já para a gastrite nervosa, fazer refeições menores e mais frequentes pode ajudar a diminuir a sensação de inchaço e peso. Contudo, essas são medidas de suporte. A automedicação, especialmente com antiácidos de uso contínuo, pode mascarar problemas mais sérios.

Embora medicamentos como os Inibidores da Bomba de Prótons (IBP) sejam a principal forma de tratamento para a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), especialistas estão reavaliando seu uso prolongado. 

Há crescentes preocupações com a segurança e o uso excessivo desses remédios, reforçando a importância da orientação médica. O acompanhamento profissional é indispensável para um tratamento seguro e eficaz.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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