Revisado em: 23/09/2025
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Procedimento médico para câncer colorretal: como é feito e o que esperar?
Entenda como cirurgias minimamente invasivas e terapias combinadas aumentam a chance de sucesso.
O Câncer Colorretal (CCR) é uma das neoplasias mais frequentes no Brasil, ocupando o segundo lugar em mulheres e o terceiro em homens, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Apesar de ser um diagnóstico desafiador, o CCR tem altas taxas de cura quando descoberto e tratado precocemente.
O sucesso do tratamento depende de um diagnóstico preciso e de um procedimento médico para câncer colorretal individualizado e definido por uma equipe de especialistas.
Para o paciente e seus familiares, compreender as etapas e o propósito de cada intervenção é crucial.
O tratamento do câncer colorretal só se inicia após o diagnóstico, que geralmente ocorre quando a pessoa busca ajuda devido a sintomas persistentes. Os sintomas podem servir de alerta e precisam de atenção, pois a detecção precoce garante as maiores taxas de cura.
Muitas vezes, o CCR se manifesta com alterações nos hábitos intestinais (como diarreia ou prisão de ventre sem motivo aparente), sangue nas fezes, dor abdominal ou anemia sem causa conhecida.
Para a grande maioria dos pacientes com a doença localizada, a cirurgia é a etapa principal, oferecendo a maior chance de cura.
Antes da operação, o câncer é submetido ao estadiamento, um processo que determina o avanço da doença (de Estágio I, o mais inicial, a Estágio IV, metastático). Essa divisão é feita conforme os sistemas de classificação oncológica internacional, como os da Rede Nacional Abrangente do Câncer (NCCN).
O objetivo central da cirurgia é remover a parte doente do intestino (cólon ou reto) e os gânglios linfáticos próximos (pequenos órgãos que funcionam como filtros do sistema de defesa), para garantir que a doença seja eliminada por completo.
A cirurgia é chamada de Colectomia (quando envolve o cólon, que é a parte mais longa do intestino grosso), ou Ressecção (quando envolve o reto, que é a porção final).
Em casos muito raros, quando o tumor está muito próximo, é preciso remover o esfíncter (Amputação Abdominoperineal), resultando na necessidade de uma colostomia (bolsa permanente para coleta de fezes).
As cirurgias evoluíram para técnicas menos invasivas, o que resulta em recuperação mais rápida, menos dor e menor tempo de internação, conforme diretrizes como a da SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica):
Muitas vezes, a cirurgia sozinha não é suficiente. Outros tratamentos são adicionados para aumentar as chances de sucesso, especialmente quando há risco de a doença voltar (recidiva) ou no tratamento de tumores retais. Os principais são a quimioterapia, a radioterapia e uma combinação das duas:
A quimioterapia usa medicamentos potentes que percorrem a corrente sanguínea para matar as células cancerosas. Ela é aplicada em dois cenários principais:
A radioterapia usa raios de alta energia para encolher e destruir as células cancerosas. É um procedimento focado no câncer do reto devido à sua localização:
Esta combinação de quimioterapia e radioterapia é a abordagem preferencial para a maioria dos casos de câncer de reto. O objetivo é diminuir o tamanho do tumor antes da cirurgia. O intuito é facilitar a remoção total e aumentar a chance de o paciente manter o esfíncter anal.
Para pacientes com a doença mais avançada, a medicina moderna oferece tratamentos mais inteligentes, focados nas características genéticas únicas de cada tumor. Dentre esses tratamentos mais avançados, existem:
O plano de tratamento para o procedimento médico para câncer colorretal é estritamente ligado ao estadiamento da doença:
A melhor chance de sucesso reside na intervenção coordenada e no uso das tecnologias mais adequadas ao caso do paciente.
Lembre-se: este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br/estimativa/2023/estimativa-2023-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf. Acesso em: 19 set. 2025.
NATIONAL COMPREHENSIVE CANCER NETWORK (NCCN). NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology (NCCN Guidelines®) – Colon Cancer. [S.l.]: NCCN, 2025. Disponível em: https://www.nccn.org/guidelines/guidelines-detail?type=colorectal. Acesso em: 19 set. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA ONCOLÓGICA (SBCO). Diretrizes para Cirurgia Robótica e Laparoscópica em Câncer Colorretal. São Paulo: SBCO, 2024. Disponível em: https://www.sbco.org.br/diretrizes/cirurgia-colorretal-2024. Acesso em: 19 set. 2025.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Palliative care for patients with colorectal cancer. Geneva: WHO, 2023. Disponível em: https://www.who.int/cancer/palliative-care/colorectal-cancer/en/. Acesso em: 19 set. 2025.
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