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Um procedimento que alinha função e estética para transformar a saúde e a qualidade de vida, corrigindo a posição dos ossos maxilares.

Você evita sorrir em fotos por não gostar do seu perfil? Sente dificuldade para morder uma maçã ou ouve estalos na mandíbula ao bocejar? Essas situações, que parecem apenas detalhes do dia a dia, podem ser sinais de um desalinhamento entre os ossos da face. Quando isso acontece, a solução pode ser a cirurgia ortognática.
A cirurgia ortognática é um procedimento realizado por um cirurgião bucomaxilofacial para corrigir desproporções no crescimento dos maxilares. Em termos simples, ela reposiciona a mandíbula (osso inferior) e/ou a maxila (osso superior) para que se encaixem corretamente, estabelecendo um novo equilíbrio funcional e estético para o rosto.
Este procedimento visa restaurar a função mastigatória, a estética facial e o alinhamento do rosto em casos de desequilíbrios mais graves da mandíbula e da maxila, corrigindo desalinhamentos que afetam não só a mordida e a estética, mas também problemas de respiração, como a apneia do sono.
Para deformidades dentofaciais de moderadas a graves, a cirurgia ortognática, combinada ao tratamento ortodôntico, é considerada o método ideal para realinhar a maxila e a mandíbula.
O termo "ortognática" vem do grego, onde "orto" significa correto, e "gnatos" se refere aos maxilares. Assim, o objetivo central da cirurgia é colocar os maxilares na posição correta. Este procedimento é frequentemente combinado com o tratamento ortodôntico para garantir que, após o realinhamento ósseo, os dentes também se encaixem perfeitamente.
Embora a melhora na harmonia facial seja um dos resultados mais visíveis, a cirurgia ortognática vai muito além da aparência.
A correção do posicionamento dos maxilares impacta diretamente funções vitais, como:
A cirurgia ortognática é indicada quando o desalinhamento dentário é, na verdade, um reflexo de uma desarmonia óssea. Ou seja, quando o uso de aparelho ortodôntico sozinho não é capaz de resolver o problema, pois as diferenças faciais e de mordida são mais complexas.
Para deformidades dentofaciais moderadas a graves, este tratamento é essencial. A avaliação é feita por uma equipe multidisciplinar, incluindo ortodontista e cirurgião bucomaxilofacial.
As principais condições que levam à indicação cirúrgica são:
O tratamento orto-cirúrgico é um processo bem estruturado, dividido em três fases principais: pré-cirúrgica, cirúrgica e pós-cirúrgica, que formam um tratamento extenso.
A previsibilidade dos resultados é alta, graças ao planejamento digital detalhado, que permite ao paciente visualizar uma simulação do resultado final antes mesmo da operação.
Antes da cirurgia, o paciente usa aparelho ortodôntico. O objetivo desta fase não é corrigir a mordida, mas sim alinhar e nivelar os dentes em suas bases ósseas.
Pode parecer contraintuitivo, mas durante esse período a mordida pode até "piorar" visualmente, pois os dentes estão sendo preparados para o encaixe perfeito que acontecerá após a cirurgia.
Realizada em ambiente hospitalar e sob anestesia geral, a cirurgia dura algumas horas. O cirurgião bucomaxilofacial faz incisões por dentro da boca, evitando cicatrizes externas.
Os ossos (maxila, mandíbula ou ambos) são serrados de forma precisa, reposicionados conforme o planejamento e fixados na nova posição com miniplacas e parafusos de titânio, um material biocompatível que se integra ao osso.
Após a cirurgia, o paciente permanece internado por um ou dois dias. O período de recuperação inicial envolve repouso e uma dieta específica. Cerca de 30 a 60 dias após o procedimento, o ortodontista retoma seu trabalho para realizar os ajustes finos no encaixe dos dentes, uma fase que pode durar mais alguns meses até a remoção completa do aparelho.
A recuperação é uma etapa crucial para o sucesso do tratamento e exige paciência e disciplina do paciente. O inchaço (edema) no rosto é normal e atinge seu pico nos primeiros três dias, diminuindo gradualmente nas semanas seguintes.
A alimentação é o ponto que exige maior adaptação. A dieta evolui de líquida para pastosa e, finalmente, para uma consistência mais sólida, conforme a cicatrização óssea avança.
É importante notar que, após cerca de seis semanas da cirurgia, a atividade muscular da mastigação, que pode ficar enfraquecida inicialmente, costuma ser restaurada de forma adequada, permitindo a transição para alimentos mais consistentes. A tabela abaixo resume a evolução esperada:
A sensibilidade na região do lábio inferior e queixo pode ficar alterada temporariamente, mas geralmente retorna ao normal com o tempo. Sessões de fonoaudiologia e fisioterapia podem ser recomendadas para acelerar a recuperação funcional.
Como todo procedimento cirúrgico, a cirurgia ortognática possui riscos, como infecções, sangramentos e alterações de sensibilidade. No entanto, quando realizada por uma equipe experiente e em um ambiente hospitalar adequado, as taxas de complicação são muito baixas.
A escolha de profissionais qualificados, tanto o cirurgião quanto o ortodontista, é o passo mais importante para garantir a segurança e o sucesso do tratamento. Seguir rigorosamente todas as orientações pré e pós-operatórias também é fundamental para uma recuperação tranquila e sem intercorrências.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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