14/08/2025
Revisado em: 14/08/2025
Tumores benignos não são cânceres no sentido clássico, mas exigem atenção e acompanhamento para evitar complicações.
Algumas palavras assustam só de serem ouvidas. “Câncer” é certamente uma delas. Mas você sabia que nem todo tumor representa um risco imediato à vida, como os benignos? E o que é câncer benigno? A diferenciação entre os tumores malignos e benignos ajuda a identificar os casos que precisam de atenção urgente daqueles que podem ser monitorados com mais calma, sem pânico.
Você conhece alguém que já teve um nódulo ou cisto e foi diagnosticado como benigno? Esses achados são comuns em exames de rotina e, na maioria das vezes, não exigem tratamento invasivo. Ainda assim, é natural surgir a dúvida: será que pode virar maligno? Ou precisa ser retirado?
Neste artigo, vamos explicar como surgem esses tumores não cancerígenos, por que eles se comportam de forma diferente dos malignos e quando é necessário intervir. Afinal, compreender bem o problema é o primeiro passo para lidar com ele de forma tranquila e segura.
Apesar do nome, a expressão “câncer benigno” é um pouco enganosa. Tecnicamente, os tumores benignos não são considerados câncer no sentido clássico da palavra. Eles se formam a partir do crescimento desordenado de células, mas não invadem outros tecidos nem se espalham pelo corpo, como acontece nos casos malignos.
Então, por que o termo ainda é usado? Em parte, por causa da origem celular e do comportamento expansivo que alguns desses tumores apresentam. Mas é importante saber: a maioria dos nódulos benignos têm crescimento lento, bordas bem definidas e pode ficar anos no organismo sem causar grandes danos.
Você sabia que muitos tumores benignos são descobertos por acaso? Às vezes, aparecem num ultrassom de rotina, sem dor ou sintoma. Outros, como miomas ou lipomas, podem ser notados ao toque ou causar desconforto quando crescem demais.
Entre os mais frequentes, estão:
Mesmo sendo “inofensivos”, todos merecem atenção, ainda mais se eles crescerem rápido ou mudarem de padrão.
Os sintomas dessas neoplasias benignas podem variar de acordo com a região onde o tumor se encontra. Por exemplo: no caso de um mioma no útero, a mulher pode perceber um sangramento anormal. Se o tumor está perto da região do intestino, um dos sintomas é a perda de apetite. Preste sempre atenção aos sintomas, porque mesmo sendo benignos, alguns podem comprometer a saúde do paciente.
A indicação de cirurgia depende de vários fatores: localização, sintomas e riscos associados. Um tumor benigno pode ser pequeno e silencioso por anos, como um hóspede que não incomoda.
Mas, se ele começa a pressionar órgãos, causar dor ou afetar funções como a respiração ou o ciclo menstrual, a remoção pode ser indicada.
Casos em que a retirada costuma ser recomendada:
Converse com o médico sobre os prós e contras da cirurgia. Nem todo nódulo precisa sair, mas o acompanhamento é indispensável. Lembrando novamente, que caso o tumor esteja alocado em regiões mais sensíveis e que trazem o risco de morte ou que afetem o paciente, como no caso de tumores cerebrais ou do coração, a cirurgia é indispensável para não comprometer a saúde do paciente.
A principal diferença está no comportamento das células.
O tumor benigno cresce de forma organizada, sem invadir tecidos vizinhos ou migrar para outras partes do corpo. Já o maligno infiltra nas estruturas ao redor, destrói tecidos saudáveis e pode formar metástases (quando o crescimento é acelerado e descontrolado), que são os focos secundários em outros órgãos.
Visualmente, o benigno costuma ter bordas bem definidas. Já o maligno tem contornos irregulares, difíceis de delimitar. E enquanto um pode ser curado com cirurgia simples, o outro pode exigir quimioterapia, radioterapia e acompanhamento por muitos anos.
Resumindo:
Saber a diferença traz clareza e ajuda a lidar com o diagnóstico com menos medo.
Em geral, não. A maioria dos tumores benignos permanece estável, mas existem exceções. Por exemplo: quando uma alteração celular inicial evolui para um quadro mais sério, como no caso de pólipos intestinais que, se não retirados, podem dar origem a um câncer de cólon.
Por isso, mesmo quando o diagnóstico é de lesão benigna, o acompanhamento regular é importante. As mudanças no tamanho, na forma ou nos sintomas também precisam ser avaliadas com atenção.
A prevenção e o acompanhamento constante continuam sendo aa melhores maneiras de acompanhar uma possível evolução.
A descoberta geralmente começa com um exame clínico. Pode ser um caroço sentido ao toque, uma queixa de dor persistente ou um achado em imagem feita por outro motivo. Daí em diante, o passo seguinte é investigar: entender a natureza da lesão e descartar qualquer risco.
O diagnóstico envolve:
O resultado do laudo define a conduta: acompanhar, retirar ou investigar mais. Nenhuma decisão é tomada sem critérios.
Depois do diagnóstico, o controle frequente é o que garante segurança. Cada tipo de tumor benigno tem um protocolo diferente, mas em geral os exames servem para acompanhar o crescimento e avaliar qualquer mudança suspeita.
Entre os mais utilizados, estão:
A frequência dos exames será definida pelo especialista, conforme o tipo de tumor, seu comportamento e histórico familiar.
Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. 5. ed. rev. atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abc_do_cancer.pdf. Acesso em: 25 jul. 2025.
CLEVELAND CLINIC. Benign Tumor. Cleveland Clinic, 2024. Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/22121-benign-tumor. Acesso em: 25 jul. 2025.
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