24/03/2025
Revisado em: 24/03/2025
A doença é causada, na maioria dos casos, pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e provoca inflamação nos bronquíolos.
As crianças nos primeiros anos de vida são mais suscetíveis a desenvolverem alguns tipos de doenças, entre as quais está a bronquiolite. Esse quadro pode ser facilmente confundido com um resfriado, mas o diagnóstico correto é essencial para evitar que evolua para complicações.
A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos causada, em maior parte dos casos, pelo contato com o vírus sincicial respiratório (VSR). A atenção entre bebês recém-nascidos e crianças até dois anos deve ser redobrada.
Neste artigo, você entenderá o que é a bronquiolite, quais os principais sintomas e tratamento. A Dra. Camila Luizetto, Coordenadora do Pronto-Socorro Infantil do Hospital Nove de Julho, explica o tema e esclarece as principais dúvidas.
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A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos - uma extensão dos brônquios, decorrente de uma infecção viral das vias respiratórias, responsáveis pelo transporte do oxigênio aos pulmões.
Essa infecção acontece com maior frequência em crianças de até dois anos de idade, pois ainda estão em fase de amadurecimento do sistema imunológico para combater vírus, entre eles o vírus sincicial respiratório (VSR), um dos responsáveis pela infecção.
Conforme explica a Dra. Camila Luizetto, “A bronquiolite acontece devido a um processo inflamatório gerado por uma infecção viral no trato respiratório. O agente causador mais frequente é o vírus sincicial respiratório (VSR), mas ela também pode ser provocada por outros vírus como influenza, adenovírus, rinovírus, parainfluenza e também, mais raramente, por bactérias. Estes agentes provocam infecção e inflamação nos bronquíolos, com acúmulo de líquido nos tecidos que revestem essas vias e excesso de secreção produzida para dentro delas, causando, consequentemente, obstrução ao fluxo de ar para os pulmões".
Sim, o vírus sincicial respiratório (VSR) é muito contagioso e fica ativo nas superfícies por diversas horas. A transmissão ocorre pelo contato direto com uma pessoa infectada. A melhor forma de prevenção é adotar medidas como higienização das mãos, com sabonete, ou uso do álcool em gel.
A Dra. Camila Luizetto explica que, “Embora os sintomas possam assustar em um primeiro momento, a bronquiolite, na maior parte dos casos, não é grave, podendo ser tratada com medidas de suporte e fluidificação de secreções. É um quadro que tem um ciclo e os sintomas irão desaparecer em alguns dias".
Na maior parte dos casos, o quadro clínico se inicia como um resfriado, causando sintomas como tosse, nariz escorrendo e febre baixa. Após o segundo ou terceiro dia do início dos sintomas, a criança poderá começar a respirar com um pouco mais de dificuldade, parecendo estar mais ofegante, apresentando dificuldade para se alimentar ou redução de sua atividade.
Nos primeiros meses de vida é muito difícil identificar os sintomas de gripe e demais doenças, por isso, é importante ficar atento a todos os sinais e buscar orientação médica. A bronquiolite aguda se apresenta nos primeiros dias como um resfriado, com nariz escorrendo, secreção clara e tosse, e depois tem o quadro agravado com os seguintes sintomas:
Ao perceber esses sintomas, é importante consultar um pediatra imediatamente.
O diagnóstico da infecção é feito pelo médico pediatra por exame clínico e exames auxiliares como a pesquisa de vírus nas secreções respiratórias, raio-X de tórax e hemograma.
Embora não exista um medicamento específico para a bronquiolite, é possível aliviar os sintomas com lavagens nasais e nebulizações com soro fisiológico, antitérmicos e analgésicos. Além disso, é preciso hidratar bem a criança oferecendo líquidos por via oral.
A bronquiolite é uma das principais causas de internação das crianças quando há agravamento de quadro, para tratamento de dificuldades na respiração ou por não conseguirem se alimentar adequadamente. Na grande maioria dos casos, as crianças respondem bem aos tratamentos indicados.
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