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Um guia completo sobre este método contraceptivo de longa duração, suas indicações, benefícios e os cuidados necessários.
A rotina de lembrar-se diariamente de tomar a pílula anticoncepcional no mesmo horário pode ser um desafio em meio a uma vida agitada. Para muitas mulheres que buscam praticidade e segurança, métodos contraceptivos de longa duração surgem como uma alternativa eficaz. Entre eles, a injeção trimestral se destaca.
A injeção anticoncepcional trimestral é um método contraceptivo hormonal de longa duração. Como o nome sugere, uma única aplicação oferece proteção contra a gravidez por um período de três meses (entre 12 e 13 semanas).
No entanto, a eficácia da injeção, que geralmente dura 12 semanas, pode ser reduzida em mulheres com peso elevado ou que usam medicamentos para HIV ou tuberculose. Nesses casos, uma nova aplicação pode ser necessária entre 8 e 10 semanas para garantir a proteção contínua.
Tradicionalmente, a injeção é administrada por via intramuscular, geralmente no músculo do glúteo ou do braço. Diferente de outros métodos, como a pílula combinada ou a injeção mensal, a versão trimestral contém apenas um tipo de hormônio sintético, um progestagênio, chamado acetato de medroxiprogesterona. A ausência de estrogênio em sua fórmula a torna uma opção para mulheres com certas restrições a esse hormônio.
Existe também a injeção anticoncepcional subcutânea trimestral (DMPA-SC), que é igualmente segura e possui 99% de eficácia, com um perfil de efeitos colaterais semelhante à versão intramuscular. A autoaplicação da injeção subcutânea pode aumentar significativamente a adesão ao método por até um ano, oferecendo mais autonomia e conveniência para as usuárias.
O progestagênio presente na injeção atua de três formas principais para prevenir a gravidez. A combinação desses efeitos torna o método altamente eficaz quando utilizado corretamente.
A escolha por este método geralmente está associada a uma série de benefícios que se alinham ao estilo de vida e às necessidades de saúde da mulher.
Como todo método hormonal, a injeção trimestral pode apresentar efeitos colaterais que variam de mulher para mulher. A adaptação ao método é individual e deve ser acompanhada por um médico.
Os principais pontos de atenção incluem:
É importante destacar que a injeção anticoncepcional não protege contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O uso de preservativos (camisinha) continua sendo indispensável para a prevenção.
A indicação deste método contraceptivo depende de uma avaliação médica individualizada. Geralmente, ele é uma boa opção para mulheres que:
A injeção deve ser aplicada por um profissional de saúde a cada 12 ou 13 semanas. É fundamental seguir o calendário corretamente para garantir a eficácia contraceptiva.
Caso ocorra um atraso de mais de duas semanas da data prevista (ou seja, após 15 semanas da última dose), a proteção pode estar comprometida. Nesse caso, é recomendado o uso de um método de barreira, como o preservativo, e a consulta com um ginecologista para receber orientações sobre como proceder.
O ganho de peso é um efeito colateral possível, mas não ocorre com todas as usuárias. A resposta ao hormônio é individual. A melhor abordagem é discutir essa preocupação com seu médico e monitorar qualquer alteração durante o uso.
Diferente de métodos de curta duração, a regularização do ciclo menstrual e o retorno da ovulação podem demorar mais. Embora algumas mulheres engravidem logo nos primeiros meses, outras podem levar até um ano ou mais para que a fertilidade se restabeleça completamente.
Com o uso contínuo, a ausência de menstruação (amenorreia) é um efeito comum e esperado para uma parcela significativa das mulheres. Nos primeiros meses, no entanto, o mais comum é o sangramento irregular até que o organismo se adapte.
A decisão sobre o melhor método contraceptivo é pessoal e deve ser tomada com base em informações de qualidade e, principalmente, com o acompanhamento de um ginecologista. Somente um profissional pode avaliar seu histórico de saúde e indicar a opção mais segura e adequada para suas necessidades.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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