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Um linfonodo inchado geralmente regride em poucas semanas. Entenda o que é normal e os sinais de alerta que exigem avaliação.

Você está no banho ou simplesmente toca o pescoço distraidamente e sente: um pequeno caroço que não estava ali antes. A primeira reação de muitas pessoas é a preocupação, seguida de uma busca por respostas. Afinal, o que é essa "íngua" e, principalmente, quanto tempo ela vai ficar aí?
O termo popular "íngua" refere-se a um linfonodo inchado. Tecnicamente chamado de linfadenopatia, este inchaço é um sinal de que seu sistema de defesa, o sistema linfático, está ativo.
Os linfonodos, ou gânglios linfáticos, são pequenas estruturas em formato de feijão distribuídas por todo o corpo. Eles funcionam como filtros, aprisionando vírus, bactérias e outras células anormais para que os glóbulos brancos possam combatê-los.
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A região do pescoço, cabeça e boca é rica em gânglios linfáticos. Por ser uma porta de entrada para muitos micro-organismos, através do nariz e da boca, é comum que os linfonodos dessa área reajam com mais frequência.
Quando detectam uma ameaça, eles aumentam de tamanho devido à multiplicação de células de defesa em seu interior.
A duração de uma íngua está diretamente ligada à sua causa. Na grande maioria dos casos, o tempo de regressão é relativamente curto e segue um padrão previsível.
Quando a causa é a vacina contra a COVID-19, a resolução completa do inchaço no pescoço costuma acontecer em uma média de 3,1 semanas.
Inclusive, mesmo em casos de inflamações graves como a Doença de Kawasaki, os sintomas de dor e inchaço no pescoço geralmente desaparecem por completo em até um mês, após o início do tratamento e acompanhamento médico.
Assim, a persistência do gânglio por mais de um mês sem uma causa clara é um dos principais motivos para buscar avaliação médica detalhada.
O aumento dos linfonodos no pescoço é frequentemente uma resposta a problemas de saúde localizados na região da cabeça.
As causas mais habituais incluem:
Vale dizer que, em alguns casos, reações a vacinas também podem causar um inchaço temporário e benigno dos gânglios como parte da resposta imune do organismo.
Nesse contexto, uma causa a ser considerada é a reação temporária do corpo à vacinação recente contra a COVID-19, que pode gerar um inchaço benigno nos gânglios do pescoço.
Embora a maioria das ínguas seja inofensiva, é fundamental saber identificar os sinais que merecem atenção e justificam uma consulta médica imediata. A preocupação não deve ser com a presença da íngua em si, mas com suas características e evolução.
Muitas das causas de gânglios inchados, como a doença de Kikuchi, são benignas e tendem a desaparecer por conta própria. Contudo, um inchaço persistente pode ser um sinal de alerta para condições mais graves, incluindo malignidade, e exige atenção médica.
A tabela abaixo ajuda a diferenciar as características comuns das que exigem investigação.
Não é o esperado. Uma íngua que não regride ou não desaparece completamente após 4 semanas deve sempre ser investigada por um profissional de saúde. A persistência é um dos sinais mais importantes de que a causa pode não ser uma simples infecção transitória.
Se o inchaço no pescoço persistir por cerca de três meses, mesmo após o tratamento principal de uma condição, isso é um forte indicador de que a íngua é residual e requer uma investigação aprofundada para determinar a sua origem.
Condições como infecções crônicas, doenças autoimunes ou, mais raramente, neoplasias como linfomas ou metástases, podem se manifestar como linfonodos persistentemente aumentados.
Primeiramente, mantenha a calma. A grande maioria dos casos tem resolução espontânea. Observe as características do nódulo por alguns dias, procurando associá-lo a algum sintoma infeccioso recente. Contudo, procure um médico, como um clínico geral ou um cirurgião de cabeça e pescoço, se você identificar qualquer um dos sinais de alerta mencionados.
O profissional realizará um exame físico detalhado e, se necessário, poderá solicitar exames complementares, como ultrassonografia, exames de sangue ou até mesmo uma biópsia para esclarecer o diagnóstico.
O tratamento será direcionado para a causa base. Se for uma infecção bacteriana, por exemplo, o uso de antibióticos resolverá o quadro. O mais importante é não realizar autodiagnóstico ou iniciar tratamentos sem orientação qualificada.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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