Infecção urinária: o que é, sintomas e tratamentos

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A infecção urinária é uma condição comum que afeta milhões de pessoas todos os anos, sendo mais frequente entre as mulheres devido à anatomia do trato urinário feminino. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, estima-se que 50% das mulheres terão pelo menos uma infecção urinária ao longo da vida.

Caracterizada pela presença de bactérias no sistema urinário, pode causar sintomas como dor e ardência ao urinar, aumento da frequência urinária e desconforto pélvico. 

Embora seja mais recorrente no público feminino, homens e crianças também podem desenvolver a infecção, que pode variar de casos leves a complicações mais graves, como infecções nos rins. 

Entender as causas, os sintomas e as formas de tratamento é essencial para prevenir e tratar a infecção urinária de maneira eficaz. Continue a leitura para ficar informado sobre a doença. 

O que é infecção urinária?

A infecção urinária é um quadro infeccioso, causado por microrganismos, geralmente bactérias, que afetam qualquer parte do sistema urinário, incluindo a uretra, a bexiga e os rins. 

A principal responsável é a bactéria Escherichia coli (E. coli), que normalmente habita o intestino, mas pode migrar para o trato urinário e causar infecção.

Tipos de infecção urinária

• Cistite: infecção na bexiga, sendo a forma mais comum. Provoca sintomas como ardência ao urinar, aumento da frequência urinária e dor na parte inferior do abdômen.
• Pielonefrite: infecção nos rins, mais grave, podendo causar febre alta, dor lombar e calafrios.
• Uretrite: infecção na uretra, geralmente associada a doenças sexualmente transmissíveis.

Quais são as causas para ter infecção urinária?

Existem diversos motivos que podem causar infecção urinária, principalmente no corpo feminino. Veja agora alguns exemplos que podem levar você a ter a doença.

Imunidade baixa = sinal de alerta

Quando o organismo está com a imunidade baixa, a proliferação de micro-organismos é facilitada, com isso, a doença se manifesta. Na maioria dos casos, a bactéria Escherichia coli, que habita o intestino, é a culpada. Ela se aproveita da situação e sobe pela uretra até atingir bexiga, ureteres e rins.

Higiene íntima

Não é preciso aguardar que a infecção surja para se cuidar. Simples hábitos podem preveni-la. Uma técnica correta de higiene íntima é fundamental: ao se limpar, use o papel higiênico sempre da vagina em direção ao ânus e nunca ao contrário.

Não é preciso se lavar após fazer xixi, apenas o uso de papel higiênico branco sem perfume é suficiente. Após evacuar, além do papel higiênico a mulher pode finalizar a limpeza com uma ducha higiênica ou lenço umedecido na região ao redor do ânus, nunca na região da vulva.

Hábitos saudáveis

A adoção de alguns hábitos muito simples no dia a dia pode ajudar a prevenir a infecção. São eles:

• Busque sempre urinar após as relações sexuais;
• Evite roupas íntimas sintéticas e privilegie as de algodão;
• Beba bastante água – a hidratação mantém o aparelho urinário ativo, prevenindo a infecção;
• Não segure o xixi: vá ao banheiro várias vezes ao dia.

Sintomas da infecção urinária 

A infecção urinária pode causar diversos sintomas, dependendo da parte do trato urinário afetada. Os principais sintomas incluem:

Infecção na bexiga (Cistite)

• Dor ou ardência ao urinar
• Vontade frequente de urinar, mas eliminando pouco líquido
• Urina turva, com cheiro forte ou presença de sangue
• Desconforto ou dor na parte inferior do abdômen

Infecção nos rins (Pielonefrite)

• Febre alta e calafrios
• Dor lombar, especialmente na região dos rins
• Náusea e vômito
• Sensação de cansaço e mal-estar geral

Infecção na uretra (Uretrite)

• Dor ou ardência ao urinar
• Secreção uretral, mais comum em homens

Infecção urinária é contagiosa?

Não, a infecção urinária não é contagiosa. Ela não pode ser transmitida de uma pessoa para outra, como ocorre com infecções virais ou bacterianas contagiosas.

A infecção urinária ocorre, na maioria dos casos, devido à proliferação de bactérias que naturalmente vivem na região íntima, como a Escherichia coli (E. coli), que pode migrar da região anal para a uretra e se multiplicar no trato urinário.

Vale ressaltar que caso a infecção urinária seja frequente, é importante procurar um médico para investigar a causa e indicar medidas preventivas.

Como se prevenir da doença?

Para reduzir o risco de novas infecções urinárias, algumas medidas preventivas podem ser adotadas, como:

• Manter boa higiene íntima;
• Urinar após as relações sexuais;
• Evitar segurar a urina por longos períodos;
• Aumentar a ingestão de líquidos e;
• Evitar o uso excessivo de produtos irritantes, como duchas vaginais. 

Em casos de infecção urinária frequente, o médico pode indicar o uso de antibióticos em baixa dose por um período prolongado como forma de prevenção.

Tratamento da infecção

O tratamento da infecção urinária depende da gravidade da infecção, da região afetada e do histórico de saúde do paciente. Geralmente, envolve o uso de antibióticos prescritos por um médico, além de medidas para aliviar os sintomas e prevenir recorrências.

O tratamento padrão é feito com antibióticos, escolhidos de acordo com o tipo de bactéria causadora da infecção. A duração do tratamento varia de três a sete dias para infecções leves e pode ser mais longa para infecções complicadas, como pielonefrite. É essencial seguir corretamente a prescrição médica para evitar resistência bacteriana.

Caso esteja se tratando com antibióticos receitados pelo seu médico, não os abandone após a sensação de dor e ardência sumir. Siga pelo período recomendado. É importante visitar o ginecologista todos os anos e tratar eventuais infecções ginecológicas.

Além dos antibióticos, podem ser recomendados analgésicos urinários para reduzir a dor ao urinar. Também é importante beber bastante água para ajudar a eliminar as bactérias, evitar bebidas alcoólicas e cafeína, que podem irritar a bexiga, e urinar com frequência para evitar a proliferação de bactérias.

Se a infecção atingir os rins ou for recorrente, pode ser necessário o uso de antibióticos intravenosos em ambiente hospitalar. Nesses casos, o médico pode solicitar exames adicionais para investigar possíveis condições subjacentes, como cálculos renais ou obstruções urinárias.

Em caso de sintomas, procure o seu ginecologista imediatamente ou mesmo um atendimento de urgência caso necessite de atendimento imediato. E lembre-se: nunca se automedique, especialmente com antibióticos.