04/04/2025
Revisado em: 24/04/2025
A causa mais comum é o mau funcionamento da bexiga, chamado de bexiga hiperativa
A incontinência urinária, caracterizada pela perda involuntária da urina, é uma condição mais comum do que se imagina: de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o problema atinge 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos de idade.
Longe de ser apenas um inconveniente, a incontinência urinária pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, autoestima e bem-estar emocional. Mas existem diversas opções de tratamento e medidas preventivas que podem ajudar a controlar e até mesmo curar essa condição.
A incontinência urinária é definida como a perda involuntária de urina, ocorrendo quando os mecanismos de controle do aparelho urinário não funcionam adequadamente. Essa perda pode variar desde pequenas gotas até jatos mais intensos e frequentes.
O quadro pode ser desencadeado por fatores fisiológicos, neurológicos e até mesmo comportamentais. Embora seja mais comum em mulheres, especialmente após a gravidez e durante o envelhecimento, homens também podem ser afetados, sobretudo aqueles com histórico de problemas na próstata ou intervenções cirúrgicas na região.
Vale mencionar que a incontinência urinária não é uma parte normal do envelhecimento e, na maioria dos casos, pode ser tratada ou controlada com sucesso.
Existem diversos tipos de incontinência urinária, cada um com características e causas distintas. Entre os principais tipos, destacam-se:
A incontinência urinária é uma condição com diversas causas potenciais. Em muitos casos, vários fatores contribuem para o seu desenvolvimento. As causas mais comuns incluem:
A avaliação geralmente começa com uma consulta em que o médico fará perguntas sobre os sintomas, histórico médico, medicamentos em uso, hábitos de vida (como consumo de líquidos e cafeína), histórico de gravidez e partos (em mulheres) e outras condições relevantes.
No exame físico, o médico avalia o abdômen, faz a palpação da bexiga e pode fazer um exame pélvico (em mulheres) ou retal (em homens) para avaliar o tônus muscular do assoalho pélvico e identificar possíveis prolapsos (queda de órgãos pélvicos). Em homens, o exame da próstata também pode ser realizado.
O médico pode pedir para o paciente preencher um diário miccional por alguns dias. Nesse diário, ele deverá registrar a frequência e o volume das micções, os episódios de incontinência, os fatores desencadeantes (como tosse ou urgência) e o consumo de líquidos.
O médico então pode pedir alguns exames como:
Além disso, a cistoscopia pode ser realizada para investigar causas específicas de incontinência, como tumores, cálculos ou estenoses (estreitamentos) da uretra. Trata-se de um exame endoscópico que permite visualizar o interior da bexiga e da uretra através de um tubo fino e flexível com uma câmera na extremidade (cistoscópio).
O tratamento da incontinência urinária varia de acordo com a causa e a gravidade dos sintomas. Para muitos pacientes, mudanças no estilo de vida e terapias comportamentais são suficientes para controlar os sintomas. Entre elas, temos a redução do consumo de bebidas cafeinadas e alcoólicas, a perda de peso e a prática de exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico.
Através de exercícios específicos, a fisioterapia pélvica fortalece os músculos da região, contribuindo para um melhor controle da bexiga e redução dos episódios de incontinência.
Há também medicamentos que podem ser prescritos para auxiliar no controle dos sintomas. Por exemplo, anticolinérgicos podem ajudar a reduzir a hiperatividade do músculo detrusor, enquanto outros medicamentos podem ser indicados para tratar infecções ou condições inflamatórias associadas à incontinência.
Em alguns casos, dispositivos como pessários podem ser utilizados para oferecer suporte adicional à bexiga, ajudando a reduzir a perda involuntária de urina, especialmente em mulheres com incontinência de esforço.
Quando os tratamentos conservadores não são eficazes, procedimentos cirúrgicos podem ser indicados. A cirurgia de sling, por exemplo, é um dos métodos mais utilizados para tratar a incontinência de esforço, proporcionando suporte adicional à uretra e melhorando a continência urinária.
Uma recomendação comum para a prevenção da incontinência é manter um peso saudável. Isso porque o excesso de peso aumenta a pressão sobre a bexiga e o assoalho pélvico, contribuindo para a incontinência.
E para manter um peso saudável, temos que adotar outras medidas que também contribuem para essa prevenção como uma dieta nutritiva e rica em fibras (que pode prevenir constipação, que por sua vez pode agravar a incontinência), exercícios físicos regulares e hidratação adequada, que evitaria a concentração excessiva da urina, que pode irritar a bexiga.
Além disso, a prática regular de exercícios do assoalho pélvico (exercícios de Kegel) fortalece os músculos que sustentam a bexiga, ajudando a prevenir episódios de incontinência.
Também é recomendável ir ao banheiro sempre que sentir vontade de urinar - o que pode ajudar a prevenir a incontinência por transbordamento - e reduzir o consumo de cafeína, álcool e alimentos condimentados, que podem irritar a bexiga e aumentar os episódios de urgência urinária.
Procure um médico se:
Seja através de terapias comportamentais, intervenções farmacológicas ou procedimentos cirúrgicos, o tratamento para incontinência urinária visa restaurar a confiança e a independência dos pacientes. A integração de cuidados – que envolve médicos, fisioterapeutas e nutricionistas – permite que os tratamentos sejam personalizados para atender às necessidades de cada indivíduo.
A incontinência urinária pode ser causada por diversos fatores, incluindo o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, bexiga hiperativa, infecções urinárias, aumento da próstata, doenças neurológicas, certos medicamentos, constipação crônica e fatores de risco como idade avançada, obesidade e tabagismo.
Os primeiros sinais de incontinência urinária podem variar, mas podem incluir escapes ocasionais de urina ao tossir ou espirrar, uma necessidade mais frequente de urinar, urgência súbita e intensa para ir ao banheiro e sensação de não esvaziar completamente a bexiga. É importante estar atento a esses sinais e procurar um médico se eles persistirem ou se tornarem incômodos.
Para conter a incontinência urinária, existem diversas medidas que podem ser tomadas. Inicialmente, medidas comportamentais como treinamento vesical, exercícios de Kegel e ajustes na ingestão de líquidos podem ser úteis. Dispositivos absorventes, como absorventes ou fraldas descartáveis, podem ser utilizados para gerenciar os escapes de urina. Em casos mais persistentes, medicamentos ou cirurgias podem ser considerados.
Não existe um remédio que funcione para todos os casos, já que a conduta varia de acordo com o tipo de incontinência e das causas subjacentes. Há, por exemplo, medicamentos que ajudam a relaxar a bexiga hiperativa (anticolinérgicos), enquanto outros podem ajudar a fortalecer o esfíncter urinário (alfa-agonistas). A escolha deve ser feita pelo médico, após uma avaliação completa do paciente.
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