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O leite é fonte de cálcio, proteínas e vitaminas para mãe e bebê
Manter uma nutrição saudável é de extrema importância durante a gestação. O consumo de alimentos naturais e minimamente processados, além da ingestão adequada de água, é essencial para suprir necessidades nutricionais de ferro, ácido fólico, cálcio, vitaminas A e D, entre outros micronutrientes.
Uma boa alimentação favorece o desenvolvimento fetal, promove saúde e bem-estar para a gestante e ainda ajuda na prevenção de complicações como diabetes gestacional, hipertensão e ganho de peso excessivo.
Além dos benefícios para o bebê, uma alimentação equilibrada também fornece a energia necessária para o crescimento do útero e da placenta, bem como para o acúmulo de reservas fundamentais na amamentação.
Dentro desse contexto, surge uma dúvida muito comum: grávida pode tomar leite? A resposta é sim, desde que o consumo seja feito de forma adequada e dentro de uma dieta equilibrada.
O leite é um alimento rico em cálcio, proteínas e vitaminas essenciais como B12 e D, nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento do bebê e para a saúde da mãe. Mas, assim como todo alimento, também exige alguns cuidados e orientações específicas durante a gestação.
O leite é uma importante fonte de cálcio, por isso é considerado importante durante a gestação. O cálcio é um mineral essencial para manter uma dieta balanceada neste período, principalmente no 2º e 3º trimestre e no período da amamentação.
Mas não somente por ele, a grávida pode tomar leite porque ele é rico também em vitamina B12, vitamina D e proteínas.
A vitamina B12 é essencial para o desenvolvimento do cérebro do feto, com a sua deficiência trazendo graves consequências para a evolução do sistema nervoso central.
Já a vitamina D auxilia a absorção de cálcio no intestino e tem participação direta no crescimento e mineralização óssea, processo que deixa os ossos duros e rígidos.
As proteínas do leite entram como uma boa fonte de aminoácidos, responsáveis por ajudar na formação dos tecidos fetais e maternos durante a gestação.
A ingestão de leite deve ser feita até mesmo durante o planejamento da gravidez. Então ele pode fazer parte de uma dieta saudável e balanceada antes, durante e após a gravidez.
No decorrer do período gestacional a vitamina B12 ganha maior relevância no primeiro trimestre. Já o cálcio e a vitamina D se tornam mais relevantes no segundo e terceiro trimestres.
Os principais benefícios de consumir leite durante a gestação podem ser vistos a seguir:
Para mais, o cálcio também é fundamental na prevenção da pré-eclâmpsia, uma intercorrência gestacional que põe em risco a vida da mãe e do feto.
Embora seja uma fonte rica em cálcio, não só apenas o leite deve ser consumido durante o período gestacional para que a ingestão do mineral possa acontecer.
Existem outras alternativas como os derivados de leite como queijos e iogurtes, ou ainda, peixes, aves, brócolis e ovos. O feijão branco, a couve chinesa, a laranja, o figo, a couve, o repolho, a soja e o grão-de-bico também são fontes de cálcio alternativas ao leite.
Essas alternativas mostram que grávida pode tomar leite, mas quando se fala especificamente de cálcio, quanto deve ser ingerido por dia?
A OMS recomenda que seja ingerido de 1.500 e 2.000mg de cálcio diariamente, com o objetivo de prevenir o aparecimento de pré-eclâmpsia, quando os vasos sanguíneos se estreitam e o sangue passa a circular com dificuldade, fazendo a pressão arterial ficar elevada.
Com a pressão elevada, o risco de ter lesão em órgãos como cérebro, rins e fígado é aumentado significativamente, representando um risco para a mãe e para o bebê. Em decorrência disso o parto é prematuro, visando salvar a vida, principalmente, da mãe.
Um profissional de saúde deve ser consultado desde o início da gravidez para começar a realização do pré-natal.
Ao longo dele serão feitos exames para identificar carências nutricionais, por exemplo, de modo que seja realizada a devida suplementação e/ou mudança na dieta para o alcance dos níveis adequados.
Como visto, a ingestão de cálcio influencia o desenvolvimento fetal, sendo importante para a formação da arcada dentária, por exemplo.
Sendo assim, independentemente de uma ingestão adequada ou não de cálcio, o feto vai precisar dele. Por isso, se ela for inadequada, a gestante pode vir a ter fraturas espontâneas e os dentes podem começar a quebrar. A deficiência deste nutriente também pode resultar em pré-eclâmpsia.
A deficiência nutricional de vitamina B12 pode causar alterações neurológicas e anemia megaloblástica. Já a carência de vitamina D pode resultar em abortamento de repetição, diabetes mellitus gestacional e depressão pós-parto para mãe e para o feto pode gerar baixo peso.
O leite é um alimento de alto valor nutricional e pode ser um grande aliado na gestação, desde que consumido com equilíbrio e dentro de uma dieta orientada por profissionais de saúde.
Rico em cálcio, vitamina D, vitamina B12 e proteínas, ele contribui para a formação óssea do bebê, para a saúde dos dentes, do sistema nervoso e para a prevenção de complicações como a pré-eclâmpsia.
A grávida pode tomar leite, mas sempre com atenção às necessidades individuais de cada gestante e às orientações médicas do pré-natal.
Vale lembrar que o leite não é a única fonte de cálcio, e alternativas como verduras verde-escuras, leguminosas, peixes e derivados lácteos também são importantes para garantir a variedade da dieta.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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