14/08/2025
Revisado em: 14/08/2025
Idade, histórico familiar, hábitos e etnia estão entre os fatores que podem influenciar o desenvolvimento do câncer de próstata.
O câncer de próstata costuma gerar muitas dúvidas, principalmente entre os homens que se aproximam da meia-idade. Embora não haja uma fórmula exata para prever quem vai desenvolver a doença, a ciência já identificou alguns elementos que deixam alguns grupos mais vulneráveis.
Entender quais são os fatores de risco do câncer de próstata pode fazer diferença ao longo do tempo.
Segundo a Biblioteca Nacional de Medicina, alguns aspectos da vida e do corpo do homem têm sido associados a um maior risco de desenvolver câncer de próstata.
Entre os mais conhecidos estão:
O histórico familiar é um fator que pode estar relacionado ao aumento do risco. Ter pai, irmão ou outro parente próximo que já teve câncer de próstata pode ser um sinal de alerta. Isso porque algumas alterações genéticas podem ser herdadas.
Contudo, isso não significa que todo homem com um parente que teve a doença irá desenvolvê-la. Apenas indica uma probabilidade maior, o que reforça a importância do acompanhamento médico e da realização de exames de rotina com regularidade.
Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 10% dos casos podem ter origem hereditária.
O avanço da idade também é um dos fatores de risco do câncer de próstata. O Ministério da Saúde aponta que os casos aumentam consideravelmente em homens com mais de 60 anos.
Por isso, a realização de exames periódicos a partir dos 50 anos (ou antes, se houver histórico familiar) é recomendada por muitas diretrizes médicas.
É importante ressaltar que o câncer de próstata costuma se desenvolver de forma silenciosa, principalmente nas fases iniciais. O diagnóstico precoce pode facilitar o tratamento e evitar complicações futuras.
Alguns hábitos do dia a dia também podem estar associados ao aumento do risco. Pesquisas indicam que o consumo excessivo de gordura animal, carnes processadas e a baixa ingestão de vegetais costumam influenciar no surgimento de doenças como o câncer.
Da mesma forma, o sedentarismo pode favorecer o ganho de peso e o aumento de inflamações no corpo, o que é observado como um fator de atenção para diversos tipos de câncer. Manter uma rotina equilibrada, com alimentação variada, prática de atividade física e controle do peso corporal, pode ser uma forma de cuidar melhor da saúde como um todo.
Vale destacar que essas medidas não garantem prevenção absoluta, mas podem ajudar a reduzir os riscos ao longo do tempo.
O INCA também afirma que homens negros têm maior chance de desenvolver câncer de próstata e, em muitos casos, também podem apresentar formas mais agressivas da doença.
Ainda não há consenso definitivo sobre os motivos, mas acredita-se que a predisposição genética e desigualdades no acesso a exames e cuidados médicos podem estar entre as causas dessa diferença.
Essa informação reforça a importância de ampliar o acesso à saúde e oferecer orientações personalizadas a diferentes grupos da população.
O rastreamento do câncer de próstata deve ser avaliado individualmente. Segundo o Ministério da Saúde, não há uma recomendação universal para a realização do exame de PSA (antígeno prostático específico) ou toque retal em homens sem sintomas.
Porém, em casos de maior risco, é comum que os médicos sugiram o início do acompanhamento a partir dos 45 anos.
Essa decisão deve ser tomada em conjunto com o profissional de saúde, considerando o histórico do paciente, seus hábitos de vida e outros aspectos relevantes.
Mesmo que os fatores de risco incluam elementos que não podem ser modificados, como idade e herança genética, há práticas que podem contribuir para evitar o câncer de próstata. São elas:
Prestar atenção a sinais como dificuldade para urinar, sangue na urina ou dor pélvica persistente é um passo importante. Para entender melhor os sinais que merecem atenção, você pode conferir os 7 sintomas do câncer em homens.
Lembre-se: procurar ajuda médica ao notar essas alterações pode contribuir para a identificação precoce de possíveis problemas e os melhores tratamentos para o câncer de próstata.
Bibliografia
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