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Entenda quais são as quatro fases da Dengue

A dengue evolui em quatro fases e pode se agravar rapidamente. Saber reconhecer os sinais ajuda no diagnóstico e no tratamento adequado.

Veja um resumo:
  • Fase febril (1–3 dias): febre alta, dor nos olhos e no corpo, cansaço extremo; pode ser confundida com virose comum.
  • Fase crítica (4–7 dias): mesmo sem febre, surgem riscos como sangramentos, queda de plaquetas e extravasamento de líquidos.
  • Fase de recuperação (até 48h após a crítica): o corpo começa a se estabilizar, mas ainda há risco de sobrecarga de líquidos.
  • Convalescença (2 a 4 semanas): sintomas somem, mas o corpo segue em recuperação com cansaço e imunidade ainda instável.
  • Reconhecer as fases evita complicações: sintomas como dor abdominal intensa, vômitos ou sangramentos após o 4º dia exigem atenção médica imediata.
Mosquito da dengue sobre a pele

A dengue é uma doença viral que pode se manifestar de forma leve ou evoluir para quadros graves em poucos dias. Entender como ela progride dentro do organismo é fundamental para identificar os sinais de alerta e garantir um tratamento eficaz. 

Segundo o Ministério da Saúde, a infecção passa por quatro fases principais, cada uma com características clínicas específicas que indicam o estágio da doença. A seguir, veja o que acontece em cada etapa e por que é tão importante ficar atento aos sintomas.

1. Fase febril da dengue (dias 1-3)

Essa é a fase inicial da dengue, marcada por sintomas que lembram outras viroses comuns. O quadro começa de forma súbita e pode ser confundido com gripes e resfriados, o que dificulta o diagnóstico precoce.

  • Febre alta (>39°C)
  • Dor retroorbital intensa
  • Mialgia e artralgia severas
  • Exantema macular
  • Prostração pronunciada
  • Importante: o estudo do Digital Health (2025) alertou que 30% dos casos são inicialmente confundidos com viroses comuns neste estágio.

2. Fase crítica da dengue (dias 4-7)

É o período mais delicado da doença, quando podem surgir complicações graves como sangramentos e alterações circulatórias. Mesmo que a febre diminua, é nesse momento que o paciente precisa de atenção redobrada.

  • Extravasamento plasmático sistêmico
  • Hemoconcentração (aumento >20% no hematócrito)
  • Trombocitopenia intensa (<100.000/mm³)
  • Manifestações hemorrágicas espontâneas
  • Dados da Secretaria de Saúde de São Paulo (2024) apontam que 5-10% dos pacientes desenvolvem sinais de alarme evolutivo neste período.

3. Fase de recuperação da dengue (até 48h após o estado crítico)

Depois da fase crítica, o organismo começa a se reequilibrar. A recuperação varia de pessoa para pessoa e deve ser monitorada para evitar recaídas e garantir a estabilidade clínica.

  • Reabsorção do extravasamento plasmático
  • Reequilíbrio volêmico hemodinâmico
  • Remissão dos sangramentos espontâneos
  • Recuperação de contagens plaquetárias

Atenção: aqui pode ocorrer a síndrome de realimentação capilar com risco de hipervolemia.

4. Convalescença (semanas seguintes)

Após o fim dos sintomas mais intensos, o corpo ainda precisa de um tempo para se recuperar totalmente. Essa fase de convalescença pode durar dias ou semanas, dependendo do estado geral do paciente e da gravidade do quadro.

  • Retorno progressivo à funcionalidade
  • Astenia residual transitória
  • Imunidade sorotipo-específica prolongada
  • Imunidade heteróloga transitória (3 meses)

Conforme a OMS, pacientes desenvolvem proteção imunológica por 1-2 anos contra o sorotipo infeccioso.

Resumo das Fases Clínicas 

FaseDuraçãoMarcadores clínicosRiscos
Febril1-3 diasFebre >39°C, cefaleia retroorbitalSubdiagnóstico
Crítica4-7 diasPlaquetopenia, hemoconcentraçãoChoque hipovolêmico
Recuperação24-48 horasDiurese espontânea, vitais estáveisSobrecarga hídrica
Convalescença2-4 semanasNormalização citométricaReinfecção heteróloga

(Fonte: Ministério da Saúde)

Sabe por que esse conhecimento é vital? Identificar a fase da doença permite intervenções direcionadas - na fase crítica, por exemplo, a OMS recomenda vigilância horária do hematócrito para antecipar complicações hemodinâmicas. Vale lembrar que pacientes com comorbidades cardiovasculares apresentam evolução até 40% mais rápida entre os estágios.

Por que reconhecer as fases da dengue pode fazer diferença?

Mesmo quando a febre passa, o risco não acabou. É justamente entre o 4° e o 7° dia que podem surgir os sinais de gravidade. Se houver vômitos constantes, dor abdominal forte ou sangramentos, o ideal é procurar atendimento médico o quanto antes. Agir rápido pode evitar complicações e garantir uma recuperação mais tranquila.

Veja também:

BIBLIOGRAFIA:
  • INQUIMBERT, Camille; SABOURIN, Céline; SEPASHVILI, Nicolas; VALCARCEL, Jean; BOSSOUF, Abid; GIRAUDEAU, Nicolas. Impact of behavior and mood of people with specific needs on quality and feasibility of teledentistry: A five years retrospective study. Digital Health, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1177/20552076251353292. Acesso em: 25 jul. 2025.
  • WORLD HEALTH ORGANIZATION. Dengue. WHO | Regional Office for Africa, 2024. Disponível em: https://www.afro.who.int/health-topics/dengue. Acesso em: 25 jul. 2025.
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Como é feito o diagnóstico da dengue? Gov.br, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue/faq/dengue/como-e-feito-o-diagnostico. Acesso em: 25 jul. 2025..

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