04/04/2025
Revisado em: 24/04/2025
Desconforto necessita de atenção médica para evitar complicações
A dor pélvica é um sintoma que pode ter inúmeras causas e que afeta homens e mulheres em diferentes momentos da vida. O incômodo pode estar relacionado a condições urológicas (como infecção urinária) ou ser provocado por problemas mais complexos, como endometriose e dor pélvica crônica (DPC), uma condição que acomete cerca de 19% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil. A seguir, vamos falar sobre o que caracteriza esse tipo de dor, quais as causas mais comuns para ela e como tratar.
A dor pélvica é um sintoma caracterizado por qualquer desconforto que ocorra na região abaixo do umbigo e envolvendo órgãos como útero, ovários, próstata, bexiga e intestinos.
Enquanto algumas pessoas podem experimentar a sensação de pontadas intermitentes, outras enfrentam dores contínuas que interferem no dia a dia e comprometem a qualidade de vida, tornando-se um problema crônico que precisa de atenção médica.
De fato, as causas da dor pélvica são diferentes entre homens e mulheres. Nelas, as causas mais comuns de dores nessa região incluem:
Nos homens, as causas mais comuns incluem:
Outras causas comuns em ambos os sexos incluem:
A dor pélvica crônica é definida como aquela que persiste por mais de seis meses e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida. Ela não tem causa aparente definida, está associada a fatores neurológicos, ginecológicos, urológicos, gastrointestinais e emocionais e tem maior prevalência (até 19% dos casos, no Brasil) em mulheres.
Qualquer dor pélvica deve ser investigada. No entanto, se a frequência das crises se torna grande e o incômodo começa a causar prejuízos no dia a dia, é importante buscar um especialista para entender suas causas e buscar uma abordagem terapêutica adequada.
O diagnóstico da dor pélvica envolve uma avaliação física feita em consultório e a análise de exames complementares, tais como:
Em casos mais complexos, pode ser requisitada a realização de videolaparoscopia, procedimento minimamente invasivo que serve para visualizar e tratar problemas na região pélvica, bem como coletar tecido para biópsia (se necessário).
Por se localizarem na pelve, os órgãos reprodutivos femininos e masculinos e os órgãos do sistema urinário são os primeiros suspeitos quando existe a queixa de dor pélvica.
Nas mulheres, esse tipo de sintoma é frequentemente associado a doenças de origem ginecológica, como endometriose, cistos ovarianos e miomas uterinos – além, claro, da cistite, que é uma infecção urinária.
Nos homens, condições como prostatite e infecções urinárias são as causas mais comuns.
O tratamento da dor pélvica é realizado de acordo com a sua causa. Infecções urinárias, por exemplo, requerem o uso de antibióticos tanto em homens como em mulheres. O uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos também é importante para o manejo da dor.
Por outro lado, cistos, miomas e focos de endometriose devem ser removidos em cirurgia, que pode ser minimamente invasiva ou mais agressiva a depender da extensão das lesões.
No caso de problemas intestinais, é importante que o paciente também mude seus hábitos, buscando manter uma alimentação mais equilibrada, sem alimentos que sejam “gatilhos” para as crises, pratique atividade física, não fume e não consuma álcool.
Se a dor persistir por semanas ou meses; se a dor não melhora com analgésicos comuns (ou o uso deles para conter a dor tem se tornado frequente); interfere no dia a dia e na vida sexual; e ainda vem acompanhada de sintomas como perda de peso, febre e sangramentos irregulares, é importante buscar o auxílio de um especialista, como um ginecologista, urologista ou gastroenterologista, para investigar as possíveis causas.
A dor pélvica é um sintoma multifatorial, e seu tratamento depende de um diagnóstico preciso. Buscar assistência médica, realizar exames apropriados e seguir as orientações do profissional são passos essenciais para descobrir as causas do problema e iniciar o tratamento de forma precoce, prevenindo complicações enquanto melhora a qualidade de vida.
A dor pélvica pode estar relacionada a qualquer órgão na região da pelve e a doenças como infecções urinárias, doenças ginecológicas, cálculos renais, problemas intestinais ou, ainda, não ter causa específica aparente.
Pela localização e pelos sintomas associados. A dor na bexiga geralmente é acompanhada de vontade frequente de urinar e dor ao urinar, um forte indicativo de infecção urinária. Já a no útero pode estar relacionada ao ciclo menstrual ou ser acompanhada de sangramento vaginal anormal, indicando uma condição mais complexa.
A dor tende a ser constante, localizada na parte inferior do abdome, podendo vir acompanhada de febre, corrimento vaginal, desconforto ao urinar e dor na relação sexual.
Compressas quentes, medicamentos analgésicos comuns e repouso podem aliviar o sintoma temporariamente. No entanto, se a dor vier de forma intensa e/ou acompanhada de sintomas como sangramento e febre; ou, ainda, se o sintoma se prolongar por dias, é importante buscar atendimento médico para avaliação e encaminhamento adequados.
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