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Um simples beijo ou o compartilhamento de um copo podem ser vias de contágio. Entenda os riscos e as medidas preventivas.

Compartilhar um copo de água, um talher ou dar um beijo são gestos comuns no dia a dia. No entanto, esses atos podem servir como ponte para a transmissão de microrganismos causadores de doenças. A saliva, embora essencial para a digestão e proteção da boca, é um fluido corporal capaz de carregar vírus e bactérias de uma pessoa para outra.
Entender quais são as doenças transmitidas pela saliva e como o contágio acontece é o primeiro passo para adotar hábitos mais seguros e proteger a sua saúde e a de quem você ama.
São condições infecciosas causadas por agentes patogênicos, como vírus e bactérias, que estão presentes na saliva de uma pessoa infectada. A transmissão ocorre quando esse fluido entra em contato direto com a mucosa de outra pessoa, seja pela boca, nariz ou olhos.
Esse contato pode acontecer de várias formas, incluindo:
Vale dizer que a presença do microrganismo na saliva não significa necessariamente que a pessoa desenvolverá a doença, pois o sistema imunológico pode combatê-lo. Contudo, o risco de contágio existe e deve ser considerado.
Os vírus são os agentes mais comumente transmitidos por este meio. Eles se replicam rapidamente e podem causar desde sintomas leves até quadros mais complexos.
Causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), a mononucleose é classicamente conhecida como "doença do beijo" pela sua alta taxa de transmissão pela saliva. Os sintomas mais comuns são febre, dor de garganta intensa, fadiga e aumento dos gânglios do pescoço.
É importante notar que o EBV pode causar infecções sem sintomas aparentes. Além disso, a presença do vírus está associada ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, como linfomas e carcinomas.
O vírus do herpes simples tipo 1 (HSV-1) é o principal causador das lesões dolorosas nos lábios e ao redor da boca. A transmissão pode ocorrer mesmo quando não há feridas visíveis, pois o vírus pode estar ativo na saliva.
Vírus como o Influenza (gripe), Rinovírus (resfriado) e o SARS-CoV-2 (Covid-19) são eliminados em grande quantidade nas gotículas de saliva expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O contato direto com a saliva de alguém doente é uma via de contágio importante.
A Covid-19, em particular, pode se espalhar pela saliva, o que ressalta a importância de medidas de proteção, semelhantes às adotadas em ambientes como clínicas odontológicas, para evitar sua transmissão.
Ambas são doenças comuns na infância, mas que podem afetar adultos. O vírus da catapora (Varicela-Zóster) e o da caxumba são transmitidos por gotículas respiratórias e pelo contato direto com a saliva de uma pessoa infectada.
Embora seja mais conhecido como uma infecção sexualmente transmissível, alguns tipos de HPV podem infectar a boca e a garganta, sendo transmitidos pelo sexo oral ou, mais raramente, pelo beijo. O HPV oral pode causar verrugas e está associado a um maior risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer de orofaringe.
Percebeu sintomas ou teve contato de risco? Agende sua consulta e faça a investigação necessária.
Além dos vírus, outros microrganismos também podem usar a saliva como meio de transporte.
Causada pelo fungo Candida albicans, a candidíase oral se manifesta como placas brancas na língua e no interior das bochechas. O fungo pode ser transmitido pelo beijo, especialmente se o sistema imunológico da pessoa receptora estiver enfraquecido.
Esta infecção de garganta é causada pela bactéria Streptococcus pyogenes. Ela é altamente contagiosa e pode ser transmitida por gotículas de saliva ao compartilhar utensílios ou por contato próximo.
A sífilis é uma IST causada por bactéria. Se a pessoa infectada tiver lesões na boca (cancros), a bactéria pode ser transmitida durante o beijo. É uma forma de contágio menos comum que a via sexual, mas possível.
A resposta comportamental da população, com o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social, mostra-se fundamental para controlar a transmissão de doenças infecciosas. Isso inclui aquelas que se propagam por gotículas de saliva, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e a gripe.
Por isso, a prevenção é a melhor estratégia e envolve a adoção de hábitos de higiene simples e eficazes. A consciência sobre as formas de transmissão ajuda a reduzir significativamente o risco de contágio.
Sim. A saliva de animais, como cães e gatos, pode conter bactérias e parasitas que causam doenças em humanos. Por exemplo, o vírus Orf, capaz de infectar humanos, foi encontrado na saliva de cabras sem sintomas, indicando uma nova forma de transmissão.
A raiva é a mais grave, transmitida pela mordida de um animal infectado. Além dela, bactérias como a Capnocytophaga canimorsus podem causar infecções sérias em pessoas com sistema imune comprometido. É fundamental manter a vacinação dos animais em dia e evitar que eles lambam feridas abertas ou o rosto, especialmente de crianças e idosos.
Procure avaliação médica se você apresentar sintomas persistentes ou preocupantes após um possível contato de risco. Fique atento a sinais como:
Um profissional de saúde poderá realizar o diagnóstico correto e indicar o tratamento adequado para cada caso. A automedicação nunca é recomendada.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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