20/03/2025
Revisado em: 24/04/2025
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No verão, quando uma pessoa está com diarreia, a primeira coisa que pensamos é: “comeu algo estragado”.
Sim, isso é comum, mas a diarreia é um sintoma quase tão amplo quanto uma febre, ou seja, pode indicar diferentes problemas.
Neste artigo, vamos falar mais sobre a diarreia e como o sintoma pode ser indicativo para algumas doenças. Continue a leitura para saber mais!
A diarreia é uma condição que é caracterizada pelo aumento da frequência de evacuações e pela alteração da consistência das fezes, o que acaba tornando-as mais líquidas. Geralmente, é acompanhada pela urgência de ir ao banheiro e desidratação.
É possível diferenciar o sintoma em dois grandes grupos:
Costumam durar menos de duas semanas (máximo quatro nas persistentes) e costumam ser divididas em aquosas e disentéricas (ou sanguinolentas), de acordo com o agente causador.
A maioria das diarreias agudas têm origem infecciosa, como:
Suspeitamos de infecção quando a diarreia começa subitamente, é acompanhada de: febre, náuseas, vômitos e queda no estado geral, como apatia.
Se você comeu algo estragado e menos de 12h desenvolveu diarreia aquosa, muito provavelmente é a toxina da bactéria e não a bactéria em si.
Não há muito o que fazer além de esperar a eliminação destas toxinas. Nesse momento é importante manter a hidratação e, se necessário, usar medicamento para aliviar a dor.
Agora, se a diarreia aparecer com mais de 12h, até 24h após ter contato com algo contaminado, especialmente se vier com sangue, pode ser indício de vírus ou bactérias mais “potentes”.
Neste grupo há também as diarréias desencadeadas por vermes e parasitas – que costumam acontecer principalmente em algumas regiões do país, com falta de saneamento básico, por exemplo.
Nestes casos, a identificação do parasita acontece apenas em cerca de 30% dos casos. Na maioria das vezes, já partimos para um tratamento que procura amenizar os sintomas e manter a hidratação.
Boa parte das diarreias agudas se resolvem entre três e sete dias, por isso, é importante prestar atenção ao tempo que você tem os sintomas.
O médico deve ser procurado quando nessas circunstâncias:
A diarreia crônica ou intermitente dura mais do que quatro semanas seguidas, ou com o intestino soltando pontualmente entre esse período.
Nestes casos, em geral, há três diagnósticos que devem ser identificados por meio do acompanhamento de um gastroenterologista: intolerância alimentar, síndrome do intestino irritável e doença inflamatória intestinal.
Intolerância alimentar – principalmente à lactose, mais comuns em mulheres e idosos, além da intolerância ao glúten e a própria doença celíaca, que cresceu muito nos últimos anos;
Síndrome do intestino irritável – comum em mulheres jovens, acompanha dor abdominal, costuma prender ou soltar o intestino. É conhecida, também, como diarreia funcional. Está ligada à movimentação, absorção, sensibilidade fora do padrão, mas sem alterações anatômicas no intestino - não se trata de uma inflamação no órgão;
Doença inflamatória intestinal - inflamação que acomete todo o trato digestivo ou parte dele. Questões genéticas, do sistema imunológico e fatores ambientais podem estar entre as principais causas.
As parasitoses também podem entrar neste grupo das diarréias crônicas, mas são mais raras em ambientes de boa infra-estrutura urbana.
A diarreia, embora muitas vezes associada a causas simples como ingestão de alimentos contaminados, pode ser um sintoma de diversas condições, desde infecções agudas até doenças mais complexas, como intolerâncias alimentares e doenças inflamatórias intestinais.
É importante prestar atenção ao tempo de duração e aos outros sintomas associados, como febre, sangue nas fezes e sinais de desidratação, para saber quando buscar orientação médica.
Manter a hidratação é fundamental durante o episódio, e em casos mais graves ou persistentes, o acompanhamento médico é essencial para identificar a causa e proporcionar o tratamento adequado.
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