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Como é feito o diagnóstico de Dengue e qual é o tratamento

Identificar a dengue nos primeiros dias é importante para evitar complicações graves. Veja quais exames são usados no diagnóstico e como é o acompanhamento médico.

Veja um resumo:
  • O diagnóstico de dengue é feito com base nos sintomas e confirmado por exames laboratoriais.
  • Os testes mais comuns incluem sorologia, teste rápido e PCR, que detectam o vírus ou anticorpos.
  • Os primeiros sinais incluem febre alta, dor no corpo, dor atrás dos olhos e manchas na pele.
  • É importante procurar atendimento se houver dor abdominal forte, sangramentos ou vômitos persistentes.
  • O diagnóstico precoce evita complicações e permite monitoramento adequado da evolução da doença.
  • Bebês, idosos e pessoas com doenças crônicas exigem atenção especial diante de qualquer sintoma.
Mãos segurando teste para a dengue

A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus da família Flaviviridae, transmitido principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti. Nos primeiros dias, os sintomas podem se confundir com outras viroses, o que atrasa o início do tratamento e aumenta o risco de complicações. 
Por isso, saber como é feito o diagnóstico de dengue é essencial para garantir uma conduta adequada desde o início do quadro.
A infecção passa por quatro fases: febril, crítica, de recuperação e convalescença. A forma como os sintomas evoluem e os dados laboratoriais se comportam em cada fase ajudam os profissionais de saúde a tomar decisões importantes sobre o tratamento, que pode variar de uma hidratação oral supervisionada até a internação hospitalar com suporte intensivo.

Como é feito o diagnóstico de dengue?

O diagnóstico de dengue envolve a avaliação dos sinais clínicos associados à realização de exames laboratoriais. O profissional de saúde analisa o histórico do paciente, o tempo de evolução dos sintomas, e fatores como surtos ativos na região, para determinar a probabilidade de infecção pelo vírus da dengue.
Entre os sintomas mais comuns estão: febre alta, dor de cabeça intensa, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos, manchas na pele e fadiga. No entanto, esses sinais são semelhantes aos de outras arboviroses, como zika e chikungunya, e também a quadros virais mais simples, como gripes. Isso torna os exames laboratoriais essenciais para confirmação.

Exames laboratoriais para confirmação

Os exames usados no diagnóstico de dengue variam conforme o tempo de início dos sintomas. Eles ajudam não só a confirmar a infecção, como também a acompanhar o risco de complicações.

Teste NS1

O teste de antígeno NS1 é indicado nos primeiros cinco dias após o início dos sintomas. Ele detecta a proteína viral não estrutural 1 (NS1), que circula no sangue no início da infecção. 
Apresenta sensibilidade entre 80% e 90% nas fases iniciais e tem resultado rápido, sendo útil para o diagnóstico precoce da dengue.

Sorologia (IgM e IgG)

Após o 5º dia de sintomas, a sorologia passa a ser mais eficaz. O exame detecta anticorpos do tipo IgM e IgG. 
A presença de IgM indica infecção recente, geralmente entre 3 a 5 dias após o início da febre, enquanto o IgG aponta contato anterior com o vírus da dengue ou infecção secundária. 
A combinação de ambos auxilia na diferenciação entre casos primários e secundários, sendo o segundo grupo mais propenso a quadros graves.

Hemograma e acompanhamento seriado

O hemograma é um dos exames mais importantes no manejo da dengue. Ele deve ser realizado em série, ou seja, repetido diariamente nos casos suspeitos e confirmados. A contagem de plaquetas e o hematócrito são os dois parâmetros mais relevantes:

  • Plaquetas: valores abaixo de 100.000/mm³ indicam risco para sangramentos. Quedas súbitas, especialmente abaixo de 50.000/mm³, exigem intervenção urgente.
  • Hematócrito: o aumento maior que 20% do valor basal sugere hemoconcentração, indicando extravasamento de plasma, sinal clássico de evolução para formas graves.

Qual a importância do monitoramento constante?

O Ministério da Saúde recomenda o acompanhamento diário de pacientes diagnosticados com dengue, especialmente entre o 4º e o 7º dia da doença, período crítico em que há maior risco de complicações.
A elevação progressiva do hematócrito, associada à queda nas plaquetas e sinais clínicos de alerta, são critérios para internação. Segundo dados do Protocolo de Manejo Clínico da Dengue (Ministério da Saúde), esses parâmetros indicam a necessidade de hidratação venosa e vigilância hospitalar intensiva.
Além disso, alterações na pressão arterial, como quedas abaixo de 90/60 mmHg, e sinais de hipotensão postural (tontura ao levantar) também são levados em conta como indicativos de instabilidade hemodinâmica.

Critérios de internação hospitalar

A tabela abaixo resume os principais critérios laboratoriais e clínicos que orientam a necessidade de hospitalização em casos suspeitos ou confirmados de dengue:

ParâmetroValor CríticoAção Recomendada
Plaquetas< 100.000/mm³Monitoria horária
HematócritoAumento > 20%Hidratação venosa
Pressão arterialPA < 90/60 mmHgIntervenção imediata

Quando buscar ajuda médica com urgência?

Alguns sinais indicam risco elevado de agravamento e devem ser encarados como urgência médica:

  • Dor abdominal intensa e contínua
  • Vômitos incoercíveis (mais de 3 vezes por hora ou por mais de 2 horas)
  • Sangramentos espontâneos (nariz, gengiva, urina ou fezes)
  • Sensação de desmaio, confusão mental ou apati
  • Queda abrupta da pressão arterial

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção precoce da síndrome do choque da dengue pode reduzir a taxa de mortalidade em abaixo de 1%, principalmente em regiões com alta circulação viral.

Tratamento da dengue: o que é feito?

Não existe tratamento específico antiviral contra a dengue. O manejo é sintomático e inclui repouso, hidratação abundante, controle da febre e acompanhamento regular. Em casos leves, o tratamento pode ser feito em casa com orientação médica. 
Já nas formas graves, a internação permite monitorar os sinais vitais, garantir hidratação venosa e prevenir complicações como choque hipovolêmico ou sangramentos.
Medicamentos como anti-inflamatórios não esteroidais (como ibuprofeno e ácido acetilsalicílico) são contraindicados, pois aumentam o risco de sangramentos. O uso de paracetamol costuma ser a escolha mais segura para o controle da febre e da dor, sob prescrição médica.

O diagnóstico precoce salva vidas

O diagnóstico de dengue, feito de forma precisa e no tempo certo, é a principal ferramenta para evitar complicações. Ao menor sinal de febre, mal-estar ou sintomas compatíveis com a doença, especialmente em períodos de surto, é importante procurar atendimento médico. 
A combinação entre avaliação clínica, exames laboratoriais e monitoramento contínuo é o caminho mais seguro para garantir uma recuperação completa.

BIBLIOGRAFIA:
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Como é feito o diagnóstico da dengue? Gov.br, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue/faq/dengue/como-e-feito-o-diagnostico. Acesso em: 25 jul. 2025.
  • WORLD HEALTH ORGANIZATION. Dengue. WHO | Regional Office for Africa, 2024. Disponível em: https://www.afro.who.int/health-topics/dengue. Acesso em: 25 jul. 2025.

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