12/08/2025
Revisado em: 12/08/2025
Crianças, idosos e gestantes merecem atenção redobrada diante de um diagnóstico de dengue. Entenda os sintomas mais comuns e quando buscar atendimento médico.
A dengue é uma infecção viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e pode afetar pessoas de todas as idades, inclusive as crianças. Embora os sintomas sejam semelhantes aos dos adultos, os pequenos tendem a apresentar sinais menos específicos, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.
Em grupos mais vulneráveis, como bebês, idosos e gestantes, a atenção deve ser ainda maior, já que o risco de complicações é mais alto.
Para garantir um tratamento rápido e seguro, é importante reconhecer os sintomas da dengue em crianças e em pessoas com maior fragilidade física.
Veja quais sinais merecem atenção, como a doença costuma se manifestar nesses públicos e quando é hora de buscar ajuda médica.
Os sintomas da dengue em crianças podem variar bastante conforme a idade e a resposta imunológica de cada organismo.
Em geral, a manifestação clínica é semelhante à de adultos, mas com algumas particularidades que exigem atenção dos pais e responsáveis.
A doença pode começar de forma súbita, com:
Em crianças pequenas, nem sempre esses sintomas são relatados com clareza. Nesses casos, é importante observar comportamentos diferentes, como sonolência excessiva, choro constante, irritabilidade ou recusa para se alimentar.
Outro sinal importante são as manchas avermelhadas na pele, chamadas de exantemas, que costumam aparecer nos braços, pernas e tronco. Elas podem surgir entre o terceiro e o quinto dia da doença e, em algumas crianças, causam coceira.
Em bebês, a moleira afundada (fontanela deprimida) e a pele fria ou úmida também podem indicar desidratação ou agravamento do quadro.
Assim como em adultos, a fase mais crítica da dengue em crianças geralmente ocorre entre o quarto e o sexto dia, após a queda da febre. Esse é o momento em que o risco de agravamento aumenta, podendo surgir sinais de alerta que exigem avaliação médica urgente.
Os principais sinais de gravidade incluem:
Esses sintomas indicam que a dengue pode ter evoluído para uma forma grave da doença, com risco de choque ou sangramentos importantes. A recomendação é buscar atendimento médico imediato ao menor sinal de piora, mesmo que a febre tenha passado.
Bebês e crianças menores de 2 anos estão entre os grupos de maior risco de desenvolver complicações da dengue. Isso acontece porque o sistema imunológico ainda está em formação, o que pode dificultar o combate ao vírus. Além disso, os sintomas podem ser mais difíceis de identificar, especialmente em bebês que ainda não falam ou não conseguem expressar o que sentem.
Entre os sinais que podem indicar dengue em bebês estão:
A rápida desidratação também é uma preocupação importante nessa faixa etária. Por isso, é fundamental oferecer líquidos com frequência e procurar o pediatra logo nos primeiros sinais de febre ou indisposição.
Gestantes também fazem parte do grupo de risco para a dengue e precisam de acompanhamento especial. Durante a gravidez, o organismo passa por alterações fisiológicas que podem afetar a resposta imune e cardiovascular, tornando a evolução da dengue mais imprevisível.
Na gestante, os sintomas da dengue costumam ser semelhantes aos das demais pessoas: febre, dores no corpo, dor atrás dos olhos, manchas na pele e mal-estar geral. No entanto, casos graves podem gerar risco de aborto, parto prematuro e sofrimento fetal, especialmente quando há complicações como sangramentos ou queda de pressão.
A orientação é que qualquer sintoma seja comunicado ao obstetra ou à equipe de saúde. O pré-natal é o momento ideal para reforçar as orientações sobre prevenção da dengue, uso seguro de repelentes e sinais de alerta que exigem avaliação médica.
Os idosos também estão mais vulneráveis à forma grave da dengue, especialmente aqueles com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas ou problemas renais.
A idade avançada por si só já representa um fator de risco para evolução desfavorável da doença.
Os sintomas nos idosos podem surgir de forma mais branda no início, o que dificulta o diagnóstico precoce. É comum que a febre seja mais baixa ou que o principal sintoma seja o mal-estar e a fraqueza. Em alguns casos, pode haver confusão mental, queda de pressão e maior risco de desidratação.
Por isso, diante de qualquer alteração do estado geral, é essencial buscar avaliação médica. A dengue pode descompensar condições preexistentes e levar a complicações graves se não for tratada a tempo.
Diante dos sintomas da dengue em crianças ou em qualquer grupo vulnerável, o principal cuidado é não esperar. A evolução da doença pode ser silenciosa, e os sinais de alerta nem sempre são óbvios. Procure imediatamente uma unidade de saúde se notar:
O diagnóstico precoce e o acompanhamento profissional são fundamentais para garantir uma recuperação segura. Em caso de suspeita, evite a automedicação e siga sempre a orientação do médico.
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