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Cerca de 625 mil pessoas no Brasil necessitam de cuidados paliativos, e grande parte deles é composta por pacientes oncológicos em estágio avançado.

Os cuidados paliativos oncológicos representam uma perspectiva mais abrangente no tratamento do câncer. São cuidados que priorizam o bem-estar do paciente e dos seus familiares desde o início do diagnóstico da doença avançada.
Dados de 2024 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica apontam que aproximadamente 625 mil pessoas no Brasil precisam de cuidados paliativos. Uma parcela significativa desse grupo é composta por pacientes com câncer em estágio avançado.
Entenda melhor o que são esses cuidados paliativos de fato, quais benefícios oferece e quando são indicados.
Cuidados paliativos são medidas de assistência promovidas por uma equipe médica multidisciplinar. O objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente e seus familiares diante de uma doença que ameaça a vida.
A abordagem busca prevenir e aliviar o sofrimento por meio da identificação precoce de possíveis sintomas. Conta com uma avaliação mais precisa e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e até espirituais.
Os cuidados paliativos incluem investigações necessárias para que ocorram um melhor manejamento de complicações nos pacientes com câncer. Envolve tanto tratar sintomas quanto olhar para a evolução da doença.
A Rede Américas possui um corpo clínico multiprofissional e com atendimento humanizado para atendê-lo nesse momento mais delicado.
Os cuidados paliativos podem oferecer diversos benefícios que impactam diretamente a qualidade de vida dos pacientes oncológicos e de suas famílias:
Os benefícios trabalham em conjunto visando proporcionar uma experiência mais humanizada e digna tanto para os pacientes quanto para seus entes queridos.
O Ministério da Saúde recomenda que os cuidados paliativos sejam iniciados desde o início do diagnóstico da doença grave. É importante que os cuidados iniciem mesmo que ainda haja a intenção curativa nos objetivos do tratamento.
É um redirecionamento importante: os cuidados paliativos não são exclusivos da fase final da vida. São ações que já podem ser introduzidas no momento do diagnóstico de doenças como câncer. Auxiliam no manejo de sintomas e no suporte emocional como um todo.
O objetivo principal é o conforto e o bem-estar. Os cuidados paliativos passam a ser ainda mais importantes nesse período.
Existem cuidados paliativos mais específicos destinados ao paciente nas últimas semanas ou nos últimos seis meses de vida. É um momento que ocorre quando fica claro que o paciente encontra-se em estado progressivo de declínio em relação a sua doença.
A ideia é que o paciente permaneça autônomo e que a equipe médica preserve o autocuidado dele. A proximidade com os entes queridos também é valorizada.
Reconhecer essa fase é difícil. A equipe que presta a assistência entende a importância de planejar o cuidado e o preparo do paciente e da família para o momento do óbito e da perda.
Leia também: Como prevenir o câncer de mama: dicas importantes para sua saúde
Os cuidados paliativos passam primeiro por uma avaliação da doença do paciente e de como ela está afetando a sua vida. Ferramentas como a escala Palliative Performance Scale (PPS) são utilizadas para verificar vários aspectos do dia a dia da pessoa de forma a personalizar os cuidados paliativos.
É uma escala que consegue avaliar se o paciente consegue caminhar sozinho e se consegue realizar as atividades comuns do dia a dia, por exemplo. Avalia se ela consegue cuidar de si mesma, se consegue se alimentar bem e como está a atenção e a memória.
Uma equipe multidisciplinar e capacitada participa do tratamento que inclui os cuidados paliativos. Podem envolver médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais. A família do paciente também é incluída e atendida dentro do tratamento.
A ideia é que haja um acompanhamento próximo e regular do paciente. Os sintomas são supervisionados, consultas são feitas e ações mais práticas são definidas para melhorar o bem-estar da pessoa.
O mais importante é o respeito às decisões do próprio paciente nesse momento da vida. Como dito anteriormente, a preservação da autonomia é um dos grandes diferenciais dos cuidados paliativos.
Leia também: Tipos de câncer e seus tratamentos: quais são e como funcionam?
Os cuidados oferecidos ao paciente podem ser os seguintes:
Quando o câncer se espalha para os ossos nós chamamos esse movimento de metástase óssea. É uma fase em que a equipe precisa cuidar da dor e evitar que os ossos se quebrem.
A ideia é ajudar o paciente a manter sua independência nas atividades do dia a dia, mesmo sentindo fadiga e indisposição.
A alimentação é um dos cuidados mais importantes. A equipe e a família trabalham juntas para que o paciente ganhe peso e recupere a massa muscular.
Pode acontecer do paciente sentir delírios ou confusão. São casos em que a equipe pode aplicar estratégias para melhorar a atenção e a memória da pessoa.
Os cuidados paliativos podem envolver a prevenção de feridas na pele para pacientes que passam muito tempo na cama.
São feridas chamadas de úlceras de decúbito ou úlcera por pressão. São mais comuns em quem fica sentado ou deitado na mesma posição por muito tempo.
A radioterapia também pode ser incluída dentro dos cuidados paliativos, dependendo de cada paciente com câncer. O objetivo é aliviar os sintomas causados pelo tumor. As sessões podem ser mais curtas para causar menos desconforto.
Outras opções de tratamento sem uso de remédios podem ser integrados aos cuidados paliativos e assistência por parte dos profissionais responsáveis.
Por exemplo, técnicas de relaxamento, cuidados com o sono e exercícios leves. São ações complementares que podem ser bastante úteis contra o cansaço que o paciente venha a sofrer e no seu bem-estar emocional.
O apoio e suporte emocional para a família durante e após a perda do ente querido também está incluso. O cuidado com a família é um pilar valorizado no contexto paliativo do tratamento.
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A equipe médica do paciente continua acompanhando a família mesmo depois que ele vem a falecer. Os profissionais podem conversar e orientar sobre como a família está lidando com a perda. Podem avaliar como foi o processo e se o paciente teve conforto nessa última fase da vida.
São ações e postura médica que mostram o compromisso dos cuidados paliativos para além do paciente.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cuidados paliativos no tratamento do câncer. 2025. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer/cuidados-paliativos. Acesso em: 13 nov. 2025.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cuidados Paliativos. 2025. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/cuidados-paliativos. Acesso em: 13 nov. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA ONCOLÓGICA (SBCO). Quais são os cuidados paliativos no câncer? 2024. Disponível em: https://sbco.org.br/quais-sao-os-cuidados-paliativos-no-cancer/. Acesso em: 13 nov. 2025.
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