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Como saber se o bebê está realmente com febre?

Descubra como verificar se seu pequeno sofre de febre com as dicas da Rede Américas. 

Veja um resumo:
  • O toque não é confiável para medir a febre; a única forma precisa é com um termômetro.
  • Considera-se febre quando a temperatura axilar é igual ou superior a 37,5°C, ou quando a temperatura retal/oral é igual ou superior a 38°C.
  • Qualquer temperatura retal acima de 38°C em bebês com menos de 3 meses é uma emergência e exige avaliação médica imediata.
  • As causas mais comuns da febre são resfriados, gripes, viroses.
  • Evite excesso de agasalho para ajudar o corpo a liberar calor.
  • Ofereça leite materno, fórmula ou água com mais frequência para evitar desidratação.
  • Um banho com água em temperatura agradável (não fria) pode ajudar a baixar a febre e confortar o bebê. Nunca use álcool.
  • Use antitérmicos (como paracetamol ou ibuprofeno) apenas com orientação médica, seguindo a dose correta para o peso do bebê. Nunca dê aspirina.
  • Procure um médico imediatamente se o bebê tiver menos de 3 meses e apresentar qualquer grau de febre.
Termômetro em axila de bebê.

A preocupação dos pais e responsáveis com a saúde do bebê é constante, e um dos sinais que mais geram alerta é a sensação de que o pequeno está "quente". No entanto, o tato não é um método confiável para determinar se o bebê está realmente com febre. 
A única forma de obter uma resposta precisa é através da medição da temperatura corporal com um termômetro.

Qual temperatura é considerada febre em bebês?

A temperatura corporal normal de um bebê pode variar ligeiramente, geralmente entre 36,5°C e 37,5°C. Ela pode ser um pouco mais alta no final do dia ou após atividades, choro intenso ou excesso de roupas. Assim, a febre é diagnosticada quando a temperatura ultrapassa certos valores, dependendo do método de medição:

  • Temperatura axilar: Igual ou superior a 37,5°C.
  • Temperatura retal, oral ou timpânica: Igual ou superior a 38°C.

É importante ressaltar que para bebês menores de 3 meses, qualquer temperatura retal acima de 38°C é considerada uma emergência e requer avaliação médica imediata.

Escolhendo e utilizando o termômetro corretamente

A precisão na medição é fundamental. Existem diferentes tipos de termômetros, e a escolha ideal pode depender da idade do bebê:

Termômetro digital axilar

Este é o tipo mais comum e prático para uso doméstico. Para uma medição correta, posicione a ponta do termômetro na axila do bebê, garantindo que o sensor esteja em contato direto com a pele e que o braço esteja bem encostado ao corpo. 
Mantenha o termômetro no local até o sinal sonoro. Apesar de ser conveniente, a medição axilar pode ser ligeiramente menos precisa do que a retal.

Termômetro digital retal

Considerado o método mais preciso para recém-nascidos e bebês até os 3 meses de idade, pois reflete a temperatura interna do corpo. Para usar, lubrifique a ponta do termômetro com vaselina e insira-o suavemente no reto do bebê por cerca de 1 a 2,5 centímetros. 
Segure o bebê firmemente para evitar movimentos bruscos e remova o termômetro após o bipe. Muitos pediatras recomendam este método para uma leitura exata em casos de suspeita de febre em bebês pequenos.

Termômetro de testa (temporal)

Esses termômetros medem a temperatura da artéria temporal na testa. São rápidos e não invasivos, o que os torna populares. Contudo, sua precisão pode ser influenciada por fatores como suor na testa, correntes de ar ou a técnica de uso. 
São mais indicados para uma triagem inicial ou para crianças maiores que não cooperam com outros métodos.

Termômetro de ouvido (timpânico)

Utiliza infravermelho para medir o calor no canal auditivo. Embora rápidos, exigem que a ponta seja inserida corretamente no canal auditivo, o que pode ser um desafio em bebês muito pequenos devido ao seu canal auditivo estreito e curvo. 
Podem não ser tão precisos para recém-nascidos e exigem uma técnica adequada para evitar leituras erradas.

Além da temperatura: o que mais observar?

Embora a medição da temperatura seja crucial, o comportamento do bebê também oferece pistas importantes. 
Observe se, além da temperatura elevada, o bebê apresenta:

  • Irritabilidade excessiva ou choro inconsolável.
  • Apatia ou sonolência incomum.
  • Recusa em se alimentar ou mamar.
  • Respiração rápida ou dificuldade para respirar.
  • Manchas na pele ou palidez acentuada.
  • Vômitos ou diarreia persistente.
  • Fontanela (moleira) abaulada ou deprimida.

Se você notar a presença de febre, especialmente em bebês muito jovens, ou qualquer um desses sinais adicionais de alerta, é imprescindível buscar avaliação médica com urgência. A febre é um sintoma, e o pediatra é o profissional mais indicado para identificar a causa e orientar o tratamento adequado, garantindo a segurança e o bem-estar do seu bebê.

O que pode provocar a febre em bebês?

A febre em bebês é um sinal de que o corpo está ativando seu sistema de defesa para combater algo, geralmente uma infecção. É importante entender que a febre não é uma doença em si, mas um sintoma de uma condição subjacente. Várias situações podem levar ao aumento da temperatura corporal de um bebê.

Principais causas da febre em lactentes e crianças pequenas:

  • Infecções virais: São a causa mais comum de febre em bebês. Incluem resfriados, gripes, gastroenterites (infecções que afetam o estômago e intestino), roséola infantil e outras viroses. Nesses casos, a febre é parte da resposta imune do corpo para eliminar o vírus.
  • Infecções bacterianas: Embora menos frequentes que as virais, podem ser mais graves. Exemplos incluem otite média (infecção de ouvido), infecção urinária, amigdalite bacteriana, pneumonia e, em casos raros, meningite ou sepse. A febre bacteriana geralmente é mais alta e pode vir acompanhada de outros sintomas mais preocupantes.
  • Reações a vacinas: É comum que bebês desenvolvam febre baixa e irritabilidade após algumas vacinas. Esta é uma reação normal do sistema imunológico, que está aprendendo a combater os patógenos que a vacina simula. Geralmente, a febre é autolimitada e dura no máximo 24 a 48 horas.
  • Dentição: O nascimento dos primeiros dentes (dentição) é frequentemente associado à febre baixa (geralmente abaixo de 38°C), embora alguns pediatras considerem que a febre significativa não é causada diretamente pela erupção dos dentes, mas por infecções coincidentes ou inflamação local leve. Acompanha irritabilidade, salivação excessiva e desejo de morder objetos.
  • Superaquecimento: Um bebê pode apresentar temperatura corporal elevada se estiver excessivamente agasalhado ou em um ambiente muito quente. Isso não é uma febre verdadeira, mas um superaquecimento que pode ser resolvido ajustando a roupa e a temperatura do ambiente.

É fundamental observar outros sintomas que acompanham a febre, como tosse, coriza, vômitos, diarreia, falta de apetite, dificuldade para respirar ou alterações no comportamento do bebê (sonolência excessiva, irritabilidade). A presença desses sinais pode ajudar o profissional de saúde a identificar a causa da febre e indicar o tratamento adequado.

O que fazer quando o bebê está com febre de 38 graus?

Quando um bebê apresenta febre de 38 graus Celsius, é natural que os pais fiquem preocupados. É importante entender que a febre é um mecanismo de defesa do corpo, indicando que o sistema imunológico está ativo no combate a uma infecção. A temperatura de 38°C em bebês exige atenção e monitoramento, mas geralmente pode ser gerenciada com medidas caseiras e observação, embora a idade do bebê seja um fator crucial.

Primeiras medidas e cuidados em casa

Ao identificar que o bebê está com 38°C de febre, algumas ações imediatas podem ajudar a trazer conforto e auxiliar na redução da temperatura:

  • Monitore a temperatura regularmente: Utilize um termômetro digital confiável (axilar ou retal, dependendo da idade e preferência, sempre com higiene adequada) e anote os horários e as medições. Isso ajuda o pediatra a avaliar a progressão da febre.
  • Mantenha o bebê com roupas leves: Evite agasalhos excessivos. Roupas leves de algodão permitem que o calor se dissipe mais facilmente. Se o bebê estiver com calafrios, cubra-o com um lençol fino até o calafrio passar.
  • Ofereça líquidos com frequência: A hidratação é fundamental para evitar a desidratação causada pela febre. Ofereça leite materno ou fórmula mais vezes do que o habitual. Para bebês que já consomem, água, sucos naturais e caldos também são boas opções.
  • Banho morno: Um banho com água morna, em temperatura próxima a 36°C, pode ajudar a baixar a febre e proporcionar conforto ao bebê. O objetivo é refrescar, não resfriar. Evite banhos com água fria ou gelada, pois podem causar tremores e aumentar a temperatura corporal. Nunca use álcool na água do banho ou em compressas, devido ao risco de intoxicação por absorção pela pele.
  • Compressas mornas: Aplique panos úmidos e mornos na testa, axilas e virilhas do bebê. Essas áreas possuem grandes vasos sanguíneos, auxiliando na troca de calor com o ambiente.
  • Mantenha o ambiente arejado: Certifique-se de que o cômodo onde o bebê está não esteja abafado. Um ambiente fresco e bem ventilado, sem correntes de ar diretas, é ideal.

Uso de medicamentos

O uso de medicamentos antitérmicos deve ser feito com cautela e, preferencialmente, sob orientação médica, especialmente em bebês muito jovens. O paracetamol é geralmente indicado para bebês a partir de 1 mês de vida, enquanto o ibuprofeno é recomendado para crianças acima de 6 meses. A dose deve ser calculada de acordo com o peso do bebê e não com a idade, e a bula do medicamento deve ser sempre consultada. É crucial não exceder a dose recomendada nem o intervalo entre as doses. A aspirina (ácido acetilsalicílico) é contraindicada para crianças devido ao risco de Síndrome de Reye.

Quando procurar um médico imediatamente?

Embora a febre de 38°C possa ser controlada em casa, existem situações em que a consulta médica é indispensável e deve ser imediata. Procure um pediatra ou serviço de emergência se:

  • O bebê tem menos de 3 meses e apresenta qualquer grau de febre. Nessas idades, a febre pode ser um sinal de infecções graves que exigem avaliação urgente.
  • A febre ultrapassa os 39°C em qualquer idade.
  • A febre não baixa após o uso do antitérmico, ou persiste por mais de 24-48 horas.
  • O bebê apresenta outros sinais de alerta, como prostração (muito mole, sem energia), dificuldade para respirar, irritabilidade extrema ou choro inconsolável, manchas na pele (petéquias ou equimoses), vômitos persistentes, convulsões, moleira alta ou inchada, ou recusa em se alimentar.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil ressaltam a importância da observação contínua e da busca por auxílio profissional quando houver qualquer dúvida ou piora do quadro. O acompanhamento pediátrico é essencial para um diagnóstico preciso e a indicação do tratamento adequado.

 

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