12/08/2025
Revisado em: 11/08/2025
Entenda como funciona a quimioterapia, quais são suas formas de aplicação, os efeitos colaterais mais comuns e como o tratamento evolui ao longo do tempo.
Resumo:
Você recebeu o diagnóstico e vai iniciar o tratamento oncológico. No meio do turbilhão de sentimentos, é bem provável que você esteja buscando informações sobre como funciona a quimioterapia e o que esperar enquanto a efeitos colaterais.
A quimioterapia é um dos tratamentos existentes para combater o câncer, mas é importante esclarecer que o tratamento é feito com vários medicamentos que destroem as células cancerígenas.
A duração do tratamento pode variar de paciente para paciente, assim como o estado do câncer no corpo. Atualmente existem várias medidas que as pessoas podem tomar para realizar o tratamento com o mínimo de efeitos colaterais.
Uma vez com o diagnóstico fechado, o oncologista conduzirá o tratamento, que pode ser feito por:
O médico oncologista avalia, de forma individual, tanto a quantidade de sessões e o método a ser usado no tratamento de cada paciente.
O tratamento também pode ser feito na aplicação de um único medicamento ou de uma combinação de vários, seja por via intravenosa ou oral. Novamente, é importante realizar o acompanhamento médico para entender o tipo do câncer, a dose e a frequência do tratamento.
Caso o tratamento seja realizado em unidade hospitalar, o paciente será monitorado para verificar se aconteceu alguma reação que impeça a continuidade do tratamento. Geralmente, o paciente aguarda alguns minutos antes de ser liberado, para verificar se houve alguma reação mais grave frente ao medicamento. Sem reações, o paciente é liberado para retornar para casa.
Quando feito em casa, tanto o paciente quanto o cuidador devem seguir estritamente as orientações médicas, principalmente no que diz respeito a cuidados com a higiene e alimentação. Se for observada alguma alteração, é importante comunicar a equipe médica.
A ação dos medicamentos usados na quimioterapia gera alguns efeitos colaterais, que são esperados. Esses efeitos colaterais se devem à ação dos princípios ativos que, além de destruir as células cancerígenas, também podem atingir células saudáveis, ainda que em menor proporção.
Entre os desconfortos relatados que são mais comuns, as pessoas geralmente sentem:
Esses desconfortos tendem a desaparecer após algumas semanas após a finalização do tratamento. Caso persistam, é importante comunicar imediatamente ao médico responsável.
Outro dos receios mais comuns é saber o tempo de duração do tratamento de quimioterapia. A resposta mais simples é que depende do tratamento.
Enquanto a ingestão oral pode levar segundos, os tratamentos intravenosos podem levar dias. Para evitar o estresse do organismo, os médicos tendem a administrar os medicamentos em ciclos e essa duração também pode variar de acordo a uma série de fatores, como o tipo de medicamento, o tipo de câncer e a resposta do paciente ao tratamento.
Alguns medicamentos tendem a agir mais rápido que outros. O paciente que toma um comprimido precisa esperar que os princípios ativos entrem em contato com a corrente sanguínea, enquanto aqueles que fazem o tratamento tópico pode passar diretamente a pomada sobre as células cancerígenas na área afetada.
Com o tratamento sendo dividido em ciclos, o corpo consegue se recuperar e gerar novas células saudáveis.
Geralmente, os ciclos envolvem de quatro a oito ciclos, a depender do tipo de câncer e do estado de saúde do paciente. Por exemplo, uma pessoa que faça 4 semanas, poderá tomar os medicamentos no primeiro, segundo e terceiro dia. Nos demais dias ela estará repousando, esperando os efeitos do medicamento agirem sobre as células cancerígenas.
Quanto a duração do tratamento, é esperado que ele dure de 3 a 6 meses, com sessões a cada 21 dias. Ainda assim, novamente, tudo dependerá do estado de saúde e do tipo de câncer. Em alguns casos o tratamento poderá ser mais curto, enquanto em outros, mais longo.
A maioria dos pacientes relatam como efeitos mais comuns da quimioterapia:
É importante lembrar que esses efeitos colaterais podem e são tratados para que o paciente atravesse essa fase com o mínimo de desconforto.
Com o devido suporte psicológico, acompanhamento nutricional e terapias de suporte, o paciente consegue não só prevenir, mas também atenuar os efeitos colaterais. Durante o tratamento, o oncologista pode prescrever outros medicamentos para estimular a produção de células sanguíneas, por exemplo.
Após as primeiras sessões, é normal que o corpo comece a reagir, tanto física quanto emocionalmente. Cada pessoa responde de um jeito ao tratamento quimioterápico, mas algumas mudanças são notadas.
O corpo pode estranhar os medicamentos. Por isso é comum os pacientes apresentarem náuseas, cansaço, alterações no apetite e alguns tipos de sensibilidade. Com o tempo, o organismo tende a se adaptar, e esses sintomas podem ser menos intensos conforme for a evolução do tratamento.
A queda de cabelo, quando acontece, costuma acontecer entre a segunda e a terceira semana após o tratamento, dependendo do tipo de medicamento. A pele pode ficar um pouco mais sensível ou ressecada, e as unhas podem enfraquecer um pouco nesse período.
Com o avanço do tratamento e das sessões, é provável que o hemograma mostre uma queda nas células de defesa, os leucócitos, mas também nas plaquetas ou hemoglobina. Para evitar que o organismo perca a resposta, os exames de sangue são frequentes. Com base nesses resultados, o médico pode ajustar a dose ou intervalo das aplicações.
Geralmente, a ficha só cai de verdade depois das primeiras sessões. É nesse momento que o cansaço mental aparece, a mudança na autoimagem se torna mais evidente e que o suporte emocional é necessário, seja por parte da família, amigos ou de uma equipe de psicologia.
É importante beber água durante o tratamento, bem como ajustar a dieta. Você pode conversar com nutrólogos ou nutricionistas especializados em tratamentos oncológicos para receber recomendações personalizadas e ajudar no seu bem-estar.
O tratamento impõe uma nova rotina e com o tempo, o paciente começa a perceber quais dias são melhores para realizar atividades mais leves e quais exigem mais recolhimento e descanso.
Quando o tratamento é feito no hospital, geralmente o paciente passa por algumas etapas, como:
Quando realizado em casa, o tratamento geralmente acontece com o paciente tomando a medicação na clínica ou hospital. Em um primeiro momento, também será observada a resposta do paciente.
Com tudo ocorrendo bem e dentro do previsto, o paciente é liberado para continuar o tratamento em casa.
Algumas instruções de manipulação do medicamento são:
O oncologista passará uma série de recomendações, sobre os horários a serem tomados os medicamentos, bem como se é possível ingerir com alimentos ou líquidos específicos, entre outros detalhes do tratamento. Sempre siga à risca as recomendações e anote em um caderno os efeitos colaterais para avaliar com seu médico o avanço do tratamento.
Durante o tratamento, o paciente deve estar atento a alguns cuidados especiais para proteger seu corpo e minimizar os efeitos colaterais previstos.
Nos casos em que a quimioterapia foi administrada fora da veia, é importante estar alerta às lesões. Quando não tratadas a tempo, elas podem provocar complicações. Relate sempre ao seu médico qualquer tipo de desconforto.
É natural querer saber se o tratamento está fazendo efeito e se há remissão das células cancerígenas. Mas a resposta costuma depender de uma série de fatores.
Se o tratamento começou antes de uma cirurgia para a retirada dos nódulos ou tumores, como no caso do câncer de mama, a avaliação é feita com exames de imagem.
Caso o paciente já tenha passado pela retirada do tumor e quando ele não se apresenta em outros órgãos, o tratamento é feito como forma de evitar que a doença volte. O acompanhamento depende do tipo de câncer.
Em caso de pacientes com metástase ou de variações mais agressivas de câncer, as avaliações são feitas em prazos menores. Se os resultados apresentarem uma piora do quadro, um novo tratamento é discutido, sempre avaliando o estado geral do paciente.
No geral, é possível acompanhar a evolução e os resultados com exames de imagem e exames de sangue.
Bibliografia
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