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Estudos clínicos apontam que o extrato da raiz de urtiga pode reduzir o volume de urina residual em pacientes com próstata aumentada.

A hiperplasia prostática benigna (HPB), popularmente conhecida como próstata aumentada, é uma condição muito comum que afeta a maioria dos homens com o avanço da idade. Segundo o Ministério da Saúde (2025), geralmente aparece após os 50 anos.
A condição não é um câncer, mas pode trazer algumas dificuldades no dia a dia como problemas urinários.
Muitos homens com a prótese aumentada recorrem a tratamentos naturais como a urtiga na ânsia de buscar um alívio imediato. Mas será que o chá de urtiga é bom para próstata?
Entenda melhor o que a ciência diz sobre essa planta e como utilizá-la de forma segura. Saiba também como tratar a próstata aumentada com o médico.
A urtiga é uma planta herbácea comum conhecida por causar ardor e coceira ao toque. A medicina tradicional a utiliza há séculos devido às suas propriedades medicinais.
O extrato da raiz da planta tem sido estudado no campo da saúde masculina e no tratamento da próstata aumentada.
Pesquisas científicas indicam que a raiz da urtiga possui compostos bioativos que podem ajudar a controlar o crescimento da próstata aumentada. Compostos bioativos são substâncias naturais que agem no corpo, como os fitoesteróis e as lignanas (Cardoso, 2024).
Os componentes da urtiga trabalham de duas formas principais no corpo. Eles trazem um possível alívio para quem tem a próstata aumentada.
Primeiro, a planta ajuda a diminuir o inchaço da próstata inflamada, aliviando os sintomas na hora de urinar.
Em segundo lugar, a urtiga age nos hormônios. Ela influencia a forma como a testosterona se liga às proteínas. Este efeito pode ajudar a controlar ou “frear” o crescimento da próstata (Safarinejad, 2005).
Estudos clínicos com pacientes que têm HPB mostraram bons resultados. O extrato de urtiga deixou o jato de urina mais forte. Também reduziu a urina que fica na bexiga depois de urinar (Safarinejad, 2005). Chamamos essa urina de urina residual.
A urtiga também possui uma ação diurética natural (Cardoso, 2024). Significa que ela ajuda a aumentar a produção de urina, melhora o funcionamento do trato urinário e auxilia na eliminação de toxinas.
Apesar de ser promissor, o chá de urtiga é só um auxílio. Não é a cura e não substitui o tratamento com o médico. O consumo do chá da planta deve ser sempre supervisionado.
Leia também: câncer de próstata: tumor afeta principalmente homens mais velhos
A forma mais comum de consumo da urtiga para a próstata é por meio da infusão da raiz da planta ou por cápsulas:
Os extratos em cápsulas são muitas vezes preferidos por conterem a substância em concentrações padronizadas. É uma forma de facilitar que você consuma apenas a dosagem recomendada para você pelo médico.
É importante que você evite o consumo da urtiga se tiver hipersensibilidade aos seus componentes. O médico pode te ajudar a descobrir se você tem essa sensibilidade ou não.
O uso de chás e extratos de plantas, conhecidos como fitoterápicos, é uma opção natural muito buscada no tratamento da próstata aumentada. A ciência tem investigado essas alternativas e alguns tratamentos naturais realmente podem ajudar.
Plantas como a urtiga e o Saw Palmetto (Serenoa repens) foram estudadas em diversas pesquisas. Os resultados mostraram que estes extratos podem melhorar os problemas na hora de urinar, como o jato fraco.
Também ajudam a reduzir a frequência de idas ao banheiro durante a noite. Em alguns casos, o alívio oferecido por esses extratos foi similar ao de certos remédios, com a vantagem de terem menos efeitos colaterais.
Mas a pesquisa sobre fitoterápicos ainda é limitada. Há menos dados consistentes em comparação com os estudos sobre medicamentos tradicionais. A maioria dos urologistas considera os naturais apenas como um apoio, ou seja, uma terapia complementar.
É importante que você saiba que não existe uma cura definitiva para a próstata aumentada que venha do consumo de ervas. Elas podem oferecer um alívio modesto (Cardoso, 2024), mas devem ser usados sob supervisão médica.
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Além da urtiga, a ciência identificou outras plantas e compostos que podem complementar o manejo dos sintomas da HPB, oferecendo um alívio modesto para os pacientes.
O Saw Palmetto é talvez o fitoterápico mais estudado para a próstata, sendo extraído dos frutos de uma palmeira anã (Serenoa repens). Ele possui propriedades anti-inflamatórias e pode ajudar a controlar o crescimento da glândula, melhorando os sintomas urinários (Cardoso, 2024).
Outra opção é o Pygeum, conhecido também como ameixeira africana (Pygeum africanum). Extratos da casca desta árvore são usados por conterem compostos antioxidantes e anti-inflamatórios que auxiliam na redução dos sintomas da HPB.
Também se destaca o Óleo de Semente de Abóbora, que é rico em fitoesteróis e zinco, nutrientes que demonstram potencial em aliviar os sintomas urinários. Porém são necessários mais estudos, de acordo com pesquisas recentes (2021).
O Licopeno, encontrado em alimentos como o tomate, é um antioxidante e já houveram estudos iniciais sobre sua eficácia para a saúde da próstata.
Mas estudos mais robustos não comprovaram que o licopeno, o tomate ou qualquer outro alimento específico previne o câncer de próstata ou diminui a próstata aumentada.
É importante dizer ainda que não há evidências científicas de que remédios caseiros como chá verde, suco de graviola ou brócolis são fórmulas oficiais para diminuir a próstata ou curar a condição.
A melhor maneira de cuidar da próstata é conversando com o médico. Ele vai indicar o que e como você vai tomar qualquer bebida ou medicamento para tratar sintomas e condições de saúde.
A próstata aumentada é um crescimento da glândula prostática que não tem relação com o câncer. É uma condição comum em homens após os 50 anos, segundo dados do Ministério da Saúde (2025).
O problema ocorre porque a próstata inchada aperta a uretra, que é o canal por onde a urina passa.
Os sintomas são dificuldade para começar a urinar, jato de urina fraco, e a sensação de que a bexiga não esvaziou totalmente. Muitos homens acordam várias vezes à noite para urinar.
O tratamento começa com ajustes simples no dia a dia, como reduzir líquidos à noite.
Se os sintomas piorarem, o médico pode indicar medicamentos. Os alfa-bloqueadores ajudam a relaxar a próstata para melhorar o fluxo. Segundo a Associação Médica Brasileira (2016), outros remédios podem reduzir o tamanho da glândula com o tempo.
Em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária. O procedimento mais comum é a ressecção transuretral da próstata (RTU de próstata). O objetivo é desobstruir a uretra, removendo o tecido que causa o bloqueio, segundo a Associação Médica Brasileira (2016).
O urologista decide o melhor caminho para cada paciente, com base no seu histórico familiar e de saúde. É importante conversar abertamente com ele para que ele descubra possíveis fatores de risco e o melhor jeito de prevenir outras doenças.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA (AMB). Hiperplasia Prostática Benigna - Tratamento. Projeto Diretrizes, 2016. Disponível em: https://amb.org.br/wp-content/uploads/2021/08/HIPERPLASIA-PROSTATICA-BENIGNA-TRATAMENTO-FINAL-2016.pdf. Acesso em: 29/10/25.
CARDOSO, Viviannie Amélia de Aquino. As plantas medicinais Saw Palmeto, Urtiga e Pygeum no manejo da hiperplasia benigna da próstata: uma revisão sistemática da literatura. Revista Tópicos, 31 de maio de 2024. Disponível em: https://revistatopicos.com.br/artigos/as-plantas-medicinais-saw-palmeto-urtiga-e-pygeum-no-manejo-da-hiperplasia-benigna-da-prostata-uma-revisao-sistematica-da-literatura. Acesso em: 27 out. 2025.
MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). Câncer de Próstata. Portal Gov.br, Brasília, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer-de-prostata. Acesso em: 27 out. 2025.
Safarinejad MR. Urtica dioica for treatment of benign prostatic hyperplasia: a prospective, randomized, double-blind, placebo-controlled, crossover study. J Herb Pharmacother. 2005;5(4):1-11. PMID: 16635963. Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16635963/. Acesso em: 27 out. 2025.
Zerafatjou, N., Amirzargar, M., Biglarkhani, M. et al. Pumpkin seed oil (Cucurbita pepo) versus tamsulosin for benign prostatic hyperplasia symptom relief: a single-blind randomized clinical trial. BMC Urol 21, 147 (2021). Disponível: https://bmcurol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12894-021-00910-8#citeas. Acesso em: 27 out. 2025.
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