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A dor mamária é uma queixa comum, mas raramente é o primeiro sinal de um tumor. Saiba diferenciar as causas e quando a avaliação médica é indispensável.
Sentir uma pontada ou um desconforto ao tocar ou apertar a mama pode gerar um alerta imediato e a preocupação com o câncer. Essa dor, conhecida como mastalgia, é uma queixa comum que, embora cause ansiedade, frequentemente não é um sintoma direto da doença. Tal preocupação pode, inclusive, levar à realização de exames e procedimentos diagnósticos desnecessários. É fundamental entender o que esse sintoma realmente significa.
Na grande maioria das vezes, a resposta é não. A mastalgia é um sintoma muito comum que, embora cause medo de câncer, raramente indica a doença. Embora a dor possa estar presente, ela não é o sintoma mais comum ou inicial do câncer de mama. A maior parte dos nódulos malignos é indolor, especialmente nas fases iniciais da doença.
A dor mamária, tecnicamente chamada de mastalgia, costuma estar associada a condições benignas. Fatores hormonais, cistos ou inflamações são causas muito mais frequentes para o desconforto na região.
Embora frequentemente associadas a condições benignas, como a doença fibrocística, a mastalgia e mastodinia (sensibilidade na mama) podem estar ligadas a desequilíbrios hormonais. É importante notar que, a longo prazo, esses desequilíbrios hormonais podem aumentar o risco potencial de desenvolver câncer de mama.
Um tumor em seu estágio inicial costuma ser muito pequeno. Ele cresce a partir de um grupo de células que se multiplicam desordenadamente, mas ainda não tem tamanho suficiente para comprimir nervos ou outras estruturas da mama que geram a sensação de dor.
É por essa razão que os exames de rastreamento, como a mamografia, são tão importantes. Eles conseguem detectar lesões minúsculas, muito antes de serem palpáveis ou causarem qualquer sintoma, aumentando drasticamente as chances de cura.
Embora seja menos comum, a dor pode sim ser um sinal de câncer de mama em algumas situações específicas. Nestes casos raros, a dor causada por câncer costuma ser localizada em um lado (unilateral) e não está ligada ao ciclo menstrual, ao contrário das dores benignas comuns.
Existe evidência de que a dor na mama pode ser causada pelo câncer, sendo associada a alterações como inchaço nos tecidos mamários. Isso geralmente ocorre em dois cenários principais:
Se o câncer raramente é a causa, o que explica a dor? O desconforto mamário pode ser dividido em dois tipos: cíclico (ligado ao ciclo menstrual) e acíclico (não relacionado). As causas mais frequentes incluem:
Nenhuma característica isolada pode confirmar ou descartar um diagnóstico, mas alguns padrões podem ajudar a orientar a investigação. A avaliação de um especialista é sempre necessária para o diagnóstico correto.
O foco na prevenção do câncer de mama não deve ser a dor, mas sim a busca ativa por outros sinais. O autoexame, realizado preferencialmente uma vez por mês, ajuda a mulher a conhecer seu corpo e a identificar qualquer mudança. Fique atenta a:
O primeiro passo é não entrar em pânico. A maioria das alterações mamárias é benigna. No entanto, a única maneira de ter certeza é com uma avaliação profissional.
Agende uma consulta com um médico ginecologista ou mastologista. O especialista irá realizar o exame clínico das mamas e, se necessário, solicitará exames de imagem como ultrassonografia ou mamografia para esclarecer o diagnóstico. Além da avaliação, a tranquilização do paciente é uma parte importante do tratamento da mastalgia, considerando que raramente indica câncer.
A dor mamária é um sintoma que causa ansiedade, mas entender suas causas mais prováveis ajuda a lidar com a situação de forma mais tranquila e racional. Lembre-se de que a detecção precoce de qualquer problema de saúde é a ferramenta mais eficaz para um tratamento bem-sucedido.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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