Revisado em: 05/11/2025
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A braquiterapia é uma radioterapia interna precisa no combate ao câncer

A braquiterapia se destaca como uma modalidade de radioterapia que oferece uma abordagem altamente localizada para combater o câncer. Esta é uma técnica que direciona a radiação diretamente ao tumor, proporcionando o mínimo de impacto sobre os tecidos saudáveis ao redor.
O método é utilizado em diversos tipos de neoplasias, como as de próstata, colo do útero, mama, cabeça e pescoço, entre outras. Ele oferece resultados clínicos eficazes e maior conforto ao paciente durante o tratamento.
Na braquiterapia temporária de alta taxa de dose, por exemplo, o implante de radiação pode ser removido e o paciente pode ir para casa. O internamento nesse caso, pode ser opcional. O objetivo principal da radioterapia interna é resultar na cura do indivíduo, eliminando todas as células cancerígenas.
A braquiterapia, também conhecida como radioterapia interna, é um tratamento para o câncer que utiliza fontes radioativas para destruir as células do câncer. O termo deriva do grego brachys, que significa ‘curta distância’.
O termo diz muito sobre o que é a braquiterapia, fazendo referência direta ao princípio fundamental da terapia: a fonte de radiação é colocada dentro ou muito próxima do tumor. São colocados pequenos implantes radioativos (grânulos, sementes, fios ou cápsulas) inseridos diretamente na área a ser tratada.
A proximidade do câncer permite que uma dose de radiação muito mais alta seja administrada e minimiza o impacto causado nos tecidos saudáveis ao redor. Ela é diferente da radioterapia externa, por meio da qual a radiação é emitida por uma máquina distante do corpo.
A radioterapia interna pode ser utilizada isoladamente ou combinada com outras terapias como a radioterapia externa, quimioterapia ou cirurgia.
Ela costuma ser indicada para o tratamento de diversos tipos de câncer, sendo os mais comuns os de próstata, ginecológicos, mama, cabeça e pescoço, ocular e pele.
O principal objetivo da braquiterapia é levar a cura, buscando a eliminação completa das células tumorais. Quando é utilizada como tratamento complementar após a cirurgia, o seu propósito é reduzir o risco de reincidência da neoplasia. Já quando o tratamento é feito antes da cirurgia visa diminuir o tamanho do tumor.
Cada caso é único. Agende uma consulta e conheça o tratamento mais indicado para o seu momento.
O procedimento da braquiterapia envolve a colocação dos implantes radioativos no paciente. A técnica possui dois tipos principais, que se diferenciam pelo tempo da permanência da fonte de radiação:
A fonte que vai emitir a radiação fica no local do tumor por um curto período de tempo e depois é removida. A radiação é administrada através de cateteres, agulhas ocas ou aplicadores.
Esse tipo ainda pode ser dividido das duas maneiras a seguir:
Esse tipo de radioterapia interna consiste na aplicação de pequenas sementes radioativas (do tamanho de um grão de arroz) diretamente no tumor. Elas permanecem no corpo de forma definitiva.
A inserção é minimamente invasiva. A depender do local, pode ser realizada com anestesia local ou sedação. Depois de inseridos, exames de imagem (como tomografia computadorizada) são realizados para calcular a dose exata da radiação a ser aplicada e como será feita a sua distribuição.
Tudo isso para garantir que o tratamento tenha o máximo de eficiência possível e proteja os órgãos vizinhos.
A radiação é liberada de forma lenta ao longo de meses. Com o passar do tempo de tratamento, a radioatividade do material diminui e as sementes se tornam inativas. Elas permanecem no local de aplicação sem causar danos.
Esse é o método terapêutico mais utilizado para o tratamento do câncer de próstata.
A braquiterapia tem como um dos seus principais benefícios a alta precisão. A emissão da radiação é feita diretamente no tumor, permitindo o uso de doses mais elevadas, tendo um maior controle da administração.
O risco de algum dano aos tecidos e órgãos saudáveis próximos é bem menor em comparação com a radioterapia externa. O tratamento é mais vantajoso por ter um tempo total menor do que o outro tipo de terapia com radiação.
A braquiterapia de alta taxa de dose (HDR) geralmente permite que o paciente retorne para casa no mesmo dia. Mas como em todo esquema terapêutico, ela possui riscos e efeitos colaterais.
Os efeitos colaterais da radioterapia são geralmente localizados e dependem da área tratada. Eles podem ser classificados como agudos ou crônicos. Quando agudos, eles ocorrem durante o tratamento; quando crônicos, se manifestam meses após o tratamento.
Fadiga e irritação na pele da área tratada são os efeitos adversos mais comuns. No tratamento de câncer pélvico ou ginecológico, as repercussões agudas podem ser ardência ou aumento da frequência urinária, diarreia ou sangramento vaginal leve.
Já as repercussões crônicas envolvem estreitamento vaginal, sangramento retal e urinário crônico. Esses impactos devem ser gerenciados e minimizados com o devido acompanhamento médico. Eles tendem a desaparecer após o término do procedimento.
O período de recuperação e os cuidados pós-braquiterapia variam conforme o tipo de tratamento e a área que está sendo tratada.
Mas de maneira geral, ele envolve repouso, conforme as orientações médicas. Manter a área tratada limpa e seca, utilizando produtos recomendados pela equipe de saúde para evitar irritações é necessário.
Em pacientes que estão fazendo braquiterapia pélvica, pode ser recomendado evitar alimentos que aumentem o volume de cocô (como grãos e integrais), bem como bebidas gaseificadas. A recomendação é feita para reduzir o desconforto intestinal. A ingestão de água é fundamental.
Dentre os cuidados a longo prazo, as consultas de acompanhamento com o oncologista são essenciais. Elas devem ser realizadas para monitorar a resposta ao tratamento e gerenciar quaisquer efeitos colaterais tardios.
No caso da braquiterapia permanente (sementes) a radiação diminui gradualmente. As orientações de segurança são específicas ao observar cada caso. O paciente não "transmite" radiação a outras pessoas após o tratamento temporário.
A braquiterapia representa um avanço no tratamento oncológico, oferecendo uma opção de alta eficácia e precisão. Para escolher a melhor terapia, o paciente deve discutir todas as opções e expectativas com a equipe médica. O plano deve ser individualizado, observando cada paciente.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
Referências
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