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Asma: sintomas, controle e tratamentos disponíveis

Complicação respiratória pode ter várias causas e precisa de acompanhamento médico adequado.

A asma é considerada uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns, segundo o Ministério da Saúde. Ela pode ser gerada ou agravada por fatores genéticos, como histórico familiar da doença, rinite ou obesidade; por fatores ambientais, como poeira, baratas, ácaros e fungos; e por mudanças no clima e infecções virais, sobretudo pelo vírus sincicial respiratório e pelo rinovírus, os principais causadores de pneumonias e resfriados.

asma

O pneumologista Dr. Thiago Fuscaldi, explica um pouco mais sobre os sintomas, os tipos, as causas e o tratamento da asma.

O que é asma?

É uma doença de causa ainda desconhecida, que provoca inflamação das pequenas vias aéreas dos pulmões, chamados bronquíolos. O sistema respiratório de uma pessoa asmática é bastante sensível quando é exposto a alguns estímulos ambientais, como pólen, fumaça, poeira, ácaros ou até mesmo o ar mais frio.

Os avanços da medicina permitem que se conheça melhor a doença e os mecanismos que a envolvem, a também conhecida como \'bronquite asmática\' ou \'bronquite alérgica\', que acomete os pulmões e causa uma inflamação crônica dos brônquios\", completa o Dr. Thiago.

Segundo ele, isso permitiu o surgimento de novos medicamentos e tratamentos para a doença crônica, que merece muita atenção e cuidado.

Que tipos de asma existem?

O pneumologista explica que a asma pode se apresentar de várias maneiras, mas existe um padrão mais frequente. Veja quais são:

Asma alérgica

É o tipo mais comum, com outros casos na família. Os sintomas iniciam na infância e são associados a outras doenças alérgicas, como rinites, atopia (um tipo de alergia que se manifesta na pele) e alergia a certos alimentos e medicações.

Asma não-alérgica

 Em geral, ela é desencadeada por situações não alérgicas, como estresse, clima seco, frio, e ansiedade.

Asma de início tardio

 É mais comum nas mulheres, com início dos sintomas na fase adulta, geralmente sem relação com exposição a substâncias alérgicas.

Asma com obstrução persistente

Ela costuma acometer pacientes sem tratamento adequado por um período prolongado, evoluindo para limitação fixa ao fluxo de ar.

Asma com obesidade

Os pacientes obesos, com aumento da atividade inflamatória e dificuldade em controlar a doença são mais afetados pela asma.

Sintomas de asma

Os sintomas da asma, ou até mesmo seus causadores, são normalmente os mesmos: falta de ar, tosse e chiado ao respirar. Esses sinais podem ser mais frequentes e intensos durante a noite.

Na asma brônquica, os sintomas comuns, como já mencionado, são: falta de ar, o tão conhecido chiado no peito, tosse e uma sensação de aperto no peito.

Em geral, essa complicação pode se apresentar na forma de crises que surgem e desaparecem, provocadas por viroses respiratórias, agentes alergênicos, e mudanças no clima, entre outros gatilhos.

 Em outros casos, os sintomas podem ser persistentes, variando em frequência e intensidade, ocorrendo de uma a duas vezes por mês, até sintomas diários e noturnos, associados à perda da função pulmonar. 

Conforme a gravidade, a patologia pode ser classificada como: intermitente, persistente leve, persistente moderada ou persistente grave.

Quando ir ao hospital devido à asma?

Os pacientes com diagnóstico confirmado, em tratamento e acompanhamento regular, sabem geralmente o que fazer nas crises.

Nesses casos, fazem uso das medicações conforme orientação médica e, na maioria das vezes, tem melhora sem necessidade de ir ao hospital.

 “Porém, quando os sintomas persistem ou quando não há um plano para tratamento das crises, é necessário procurar atendimento médico de urgência para evitar a piora do quadro\", completa o pneumologista.

Asma e bronquite: qual a diferença?

A bronquite é uma inflamação dos brônquios geralmente relacionada com algum processo infeccioso viral ou bacteriano. Essa inflamação também pode estar presente na asma. 

No entanto, nesse caso, a inflamação é crônica, e os sintomas, com frequência, são persistentes e reincidentes, independentemente da presença de um fator infeccioso envolvido.

Os sinais dessas doenças são muito parecidos e, como regra, é necessário acompanhamento e avaliação de um médico especialista para a definição do diagnóstico.

Tratamentos existentes para a asma

A maioria das pessoas que têm a doença trata com dois tipos de medicação: uma chamada controladora ou de manutenção, que tem o objetivo de evitar o surgimento dos sintomas e prevenir as crises; e a outra, para aliviar os sintomas quando ocorre a piora. 

Dessa forma, quando o paciente é avaliado pelo médico e bem orientado, há uma diminuição do risco de desenvolver crises e de perda futura da capacidade respiratória. Os fármacos mais utilizados são os broncodilatadores e os corticoides inalatórios (anti-inflamatórios).

 Eles são administrados em associação ou isolados, por meio de dispositivos inalatórios (as “bombinhas”). “Esses dispositivos permitem que a medicação atue diretamente nas vias aéreas inferiores, no interior do pulmão, com mínima absorção pelo organismo em geral e baixo risco de efeitos colaterais\", continua o Dr. Thiago.

Em alguns casos também são utilizadas medicações que bloqueiam os receptores das células relacionados com os processos alérgicos (receptores de leucotrieno) e, nos casos mais graves, são prescritos imunomoduladores (anticorpos monoclonais), remédios que bloqueiam as vias relacionadas com o estímulo das células responsáveis pelos processos alérgicos e inflamatórios. 

Entretanto, o tratamento ideal será prescrito após um diagnóstico criterioso e responsável, para haver a melhora individual de cada quadro da condição.

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