Revisado em: 29/10/2025
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O tratamento da hemorroida externa alivia dor e inflamação

A hemorroida externa é causada pela elevação da pressão nas veias do reto e do ânus. Sintomas como dor, inchaço e coceira podem estar presentes nesta condição, que pode afetar a qualidade de vida de quem sofre com o problema.
O tratamento da hemorroida externa varia conforme a gravidade dos sintomas e o nível de inflamação. Ele envolve medidas simples como banhos de assento e mudanças alimentares, até uso de medicamentos e intervenções cirúrgicas.
As hemorroidas externas são caracterizadas por veias inchadas e inflamadas que se localizam na borda do ânus. Elas se diferenciam das internas pois são visíveis e palpáveis ao toque, lembrando as varizes.
Quando as veias se dilatam excessivamente se tornam um problema clínico e causam os sintomas da chamada doença hemorroidária. A principal causa da hemorroida externa é o aumento da pressão nas veias do reto e do ânus.
Ela pode ser desencadeada por diversos fatores, como a constipação ou diarreia crônica. O esforço repetido feito para evacuar aumenta a pressão nas veias do ânus, resultando na dilatação e inflamação.
Uma dieta pobre em fibras, falta de hidratação e sedentarismo contribuem para a prisão de ventre. Durante a gravidez, o peso do útero sobre os vasos e alterações hormonais e intestinais aumentam o risco.
O excesso de peso também ajuda a desenvolver hemorroidas, pois coloca pressão adicional sobre os vasos sanguíneos pélvicos. A falta de atividade física favorece a má circulação na região.
Permanecer sentado por longos períodos pode aumentar a pressão nas veias. Se o paciente já tiver alguém da família com histórico do problema, o seu risco de ter é maior.
Assim como atividades que aumentam a pressão abdominal e o envelhecimento, que enfraquece os tecidos de sustentação.
Os sintomas deste tipo costumam ser mais evidentes e localizados do que aqueles vistos na hemorroida interna.
A manifestação clínica mais característica é o nódulo na borda do ânus. Pode ser apenas um ou mais, e eles são visíveis e palpáveis. A dor também está presente. Ela acontece ao sentar ou evacuar, podendo ser uma sensação de queimação persistente ou ardor.
A dor pode piorar em casos de hemorroida externa trombosada, quando se forma um coágulo no vaso sanguíneo. A coceira na região anal também faz parte da sintomatologia, assim como sangramentos.
O sangramento pode ser notado durante a evacuação, no papel higiênico ou nas fezes. Ele acontece por causa do rompimentos de veias mais sensíveis ou devido ao atrito com o papel higiênico.
A sensação de peso ou que o reto não está totalmente vazio após a evacuação também é um sinal do problema.
Dor e desconforto não precisam fazer parte da sua rotina. Agende uma avaliação com um especialista:
O diagnóstico da hemorroida externa é clínico, já que os nódulos são externos e visíveis. Realizado através da observação e exame físico da região anal, feitos por um médico proctologista ou clínico geral.
Ele pode solicitar alguns outros exames como anuscopia, sigmoidoscopia ou colonoscopia. Mudanças nos hábitos de vida costumam ser suficientes no tratamento da hemorroida externa, mas alguns sinais requerem uma atenção médica maior
Mesmo sendo comum, o sangramento retal não deve ser ignorado pelo paciente. É preciso procurar um médico, para que sejam descartadas condições mais graves, a exemplo de tumores ou doenças inflamatórias intestinais.
Se houver inchaço grande e doloroso pode ser indicativo de hemorroida trombosada. Uma consulta com profissional de saúde também deve ser feita se os sintomas não melhorarem após o tratamento ou ficarem piores. Assim como se a dor e o desconforto impedirem a realização das atividades rotineiras, como a ida ao banheiro.
O tratamento da hemorroida externa varia de acordo com a gravidade do sintoma e se há presença de complicações, como a trombose. A abordagem inicial é conservadora. O foco é no alívio dos sintomas e na eliminação dos fatores de risco.
Esse tipo de terapêutica é sempre preferível e costuma ser eficaz para a maioria dos casos. É recomendado que sejam feitos banhos de assento. Ele consiste na imersão da região anal em água morna por cerca de 10 a 15 minutos por várias vezes ao dia.
Fazer isso ajuda a aliviar a dor e o inchaço. Também é recomendado que seja feita a substituição do papel higiênico por duchas higiênicas ou lenços umedecidos sem álcool e perfume após a evacuação.
Mudanças na alimentação são necessárias. Então o ideal é preferir alimentos laxantes: ameixa, maçã com casca, mamão, grão de bico, aveia, pepino, vagem e arroz integral. Assim como é preciso evitar alimentos que contribuem para a prisão de ventre: macarrão, arroz branco, tapioca, batata doce, cuscuz, biscoitos refinados, bolachas e mandioquinha.
O paciente deve ser orientado a não realizar esforço durante a evacuação, evitando qualquer distração nesse momento.
O tratamento da hemorroida externa também é medicamentoso. Envolve pomadas e supositórios que contêm anestésicos e/ou corticosteroides. Eles proporcionam alívio temporário da dor e da coceira.
Analgésicos como paracetamol e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) podem ser usados para controlar a dor na inflamação intensa.
Quando o coágulo de sangue se forma, a dor costuma ser intensa. Nesses casos, o médico pode optar por removê-lo. Isso acontece por uma pequena incisão e proporciona um alívio imediato da dor.
Quando a trombose é pequena e a dor suportável, podem ser utilizados analgésicos e anti-inflamatórios, pois o coágulo costuma desaparecer entre quatro e seis semanas.
Para hemorroidas externas crônicas, muito grandes ou que não respondem ao tratamento conservador, a realização de cirurgia pode ser uma opção. Pode ser realizada a remoção cirúrgica das veias dilatadas, através da hemorroidectomia.
O procedimento tem um pós-cirúrgico delicado, por isso costuma ser usado como último recurso.
Para evitar o retorno da hemorroida externa, as medidas preventivas devem ter como objetivo a manutenção do trânsito intestinal regular e a redução da pressão na região anal.
A indicação é por uma dieta rica em fibras, voltada para o consumo de frutas, vegetais e grãos integrais. As fibras aumentam o volume das fezes e as tornam mais macias. Essa ingestão facilita a evacuação e reduz o esforço.
Para diminuir a força feita também é importante adotar uma posição mais natural, usando um banquinho sob os pés.
Beber bastante água ao longo do dia ajuda a manter as fezes com a consistência ideal, impedindo o seu ressecamento. Ir ao banheiro assim que tiver vontade também impede que as fezes sequem e endureçam.
A atividade física também é um fator de prevenção. Os exercícios regulares melhoram a circulação sanguínea e ajudam a manter o peso corporal sob controle, reduzindo a pressão pélvica.
É preciso evitar ficar sentado no vaso sanitário por longos períodos (mais de 5 minutos), pois isso aumenta a pressão nas veias do ânus.
O tratamento da hemorroida externa é fundamental para aliviar o desconforto e evitar complicações, como a trombose e o agravamento da inflamação. Por isso, é preciso manter hábitos saudáveis com uma alimentação rica em fibras e boa hidratação para evitar a recorrência.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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