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Sou magra, mas tenho barriga: entenda a relação e como perder gordura abdominal

O estresse e os hormônios influenciam no acúmulo de gordura abdominal

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“Sou magra mas tenho barriga”, se essa frase soa familiar, saiba que você não está sozinha. Muitas pessoas, especialmente mulheres, enfrentam o incômodo de ter uma barriga saliente mesmo com o corpo magro. 

Esse fenômeno é mais comum do que parece e, na maioria das vezes, está relacionado à composição corporal, e não apenas ao peso mostrado na balança.

Embora a aparência magra possa transmitir a ideia de boa forma, o acúmulo de gordura na região abdominal pode indicar desequilíbrios hormonais, sedentarismo, alimentação inadequada ou até altos níveis de estresse

Além de afetar a autoestima, essa condição pode estar associada a riscos à saúde, como resistência à insulina e aumento da gordura visceral, aquela que se acumula ao redor dos órgãos internos.

Possíveis causas para “ser magra, mas ter barriga”

Esse é um questionamento que pode surgir entre os chamados “falso magro”.

Diversos fatores podem explicar por que uma pessoa magra desenvolve uma barriga proeminente. Muitas vezes, a resposta não está no peso total indicado pela balança, mas sim na composição corporal e em questões metabólicas e hormonais.

Ser magro não significa dizer que a pessoa está saudável, já que ela pode parecer estar no peso adequado, mas ter um alto percentual de gordura corporal.

Então, uma das causas de ser magra e ter barriga está justamente ligada a esse excesso de gordura na região abdominal. O acúmulo de gordura na região ocorre não só por causa da falta de uma alimentação saudável ou falta de exercício, o estresse também é um importante fator.

Ele aumenta os níveis de cortisol no organismo, que contribuem para concentrar gordura no abdômen.

O que é falso magro?

O termo "falso magro" descreve uma pessoa que, apesar de ter um Índice de Massa Corporal (IMC) considerado normal, possui um percentual de gordura corporal elevado em relação à massa muscular.

Essa desproporção é uma das principais causas para ser magra, mas ter barriga. Podendo ter como motivo o sedentarismo, já que assim o corpo tende a armazenar mais gordura, mesmo com o peso corporal não tendo uma alteração significativa.

Ou ainda, a genética. Algumas pessoas têm uma tendência natural a acumular gordura na região abdominal, a chamada gordura visceral. Ela está associada a problemas de saúde como as doenças cardíacas, o diabetes tipo 2 e a hipertensão.

Uma pessoa pode ser magra e ter um acúmulo perigoso de gordura visceral, sendo classificada como "magra metabolicamente obesa". Mesmo com IMC normal, ela pode apresentar alterações metabólicas semelhantes às de indivíduos obesos, como níveis elevados de glicose, triglicerídeos e colesterol.

As alterações hormonais desempenham um papel crucial no acúmulo de gordura abdominal, especialmente em mulheres. Algumas pesquisas sugerem que perto da menopausa passa a existir uma maior retenção de gordura na barriga.

Outras possíveis causas

Nem toda barriga saliente é gordura. Outras condições podem causar inchaço e distensão abdominal, como:

  • Retenção de líquidos
  • Gases e constipação intestinal
  • Intolerâncias alimentares
  • Diástase abdominal: afastamento dos músculos da barriga, comum após a gestação
  • Condições médicas: problemas como a ascite (barriga d'água), relacionada a disfunções renais, cardíacas ou hepáticas, também podem ser uma causa, embora mais raras

Por isso, é importante não avaliar a saúde apenas pelo peso corporal, mas considerar fatores como alimentação, nível de atividade física, composição corporal e até a saúde emocional. 

Um acompanhamento médico e nutricional pode ajudar a identificar a causa exata e orientar mudanças eficazes para reduzir a gordura abdominal e melhorar o bem-estar geral.

O que fazer para perder gordura na barriga?

Para combater a gordura abdominal de forma eficaz, é preciso adotar uma abordagem que envolve alimentação, exercícios, controle do estresse e sono de qualidade

Não existem fórmulas mágicas ou queima de gordura localizada; o segredo está na consistência e na mudança de hábitos.

A mudança de hábitos deve envolver um déficit calórico controlado e gradual para não comprometer a massa muscular. 

É preciso aumentar também o consumo de proteínas (carnes magras, ovos e laticínios), pois aumentam a saciedade e o gasto calórico para digeri-los. O recomendado é a ingestão de 0,8g de proteína por quilo de peso corporal diariamente.

O aumento na ingestão de fibras também auxilia a perder gordura na barriga. Alimentos como aveia, frutas e legumes prolongam a saciedade e reduzem a absorção de gorduras e açúcares.

Evitar a ingestão de açúcar e gordura trans também é de suma importância. O consumo excessivo de açúcar, especialmente o de bebidas industrializadas, está diretamente ligado ao aumento da gordura visceral. 

Outras medidas a serem adotadas são o controle do estresse, a hidratação adequada e sono de qualidade. Não dormir bem afeta os hormônios que regulam o apetite e pode levar ao ganho de peso.

Já se hidratar é essencial, pois permite um bom funcionamento do metabolismo e ajuda a reduzir a retenção de líquido, diminuindo o inchaço. A OMS recomenda uma média de 35 ml de água por quilo de peso corporal.

Exemplos de exercícios físicos

É crucial entender que exercícios abdominais sozinhos não eliminam a barriga. 

Eles fortalecem os músculos que ficam sob a camada de gordura, mas para que essa musculatura apareça, é preciso queimar a gordura com uma combinação de exercícios aeróbicos e de força.

A união de exercícios de força (musculação) com atividades aeróbicas é a forma mais eficiente de aumentar o metabolismo e reduzir a gordura visceral.

A musculação é essencial para construir e preservar a massa muscular. Quanto mais músculos você tem, mais calorias seu corpo queima em repouso. Além disso, promove o efeito EPOC (Excesso de Consumo de Oxigênio Pós-Exercício), que mantém a queima calórica por até 48 horas após o treino.

Já exercícios aeróbicos como caminhada, corrida, ciclismo e natação são excelentes para queimar calorias e reduzir a gordura acumulada. A recomendação é alinhar o volume de cardio com a musculação e a dieta.

Vale lembrar que antes de iniciar qualquer rotina de exercícios, é fundamental consultar um médico como o cardiologista, para saber se o indivíduo tem aptidão para a atividade. Um profissional de educação física também deve ser consultado, para passar as orientações adequadas ao condicionamento e objetivos.

Quando procurar um médico?

Saber se a sua barriga é apenas uma característica física ou um sinal de alerta para a saúde é o passo mais importante. 

O diagnóstico do "falso magro" e do excesso de gordura visceral não é feito apenas com o espelho ou a balança. A forma mais simples e eficaz de avaliar o risco em casa é medir a circunferência abdominal.

Para medi-la é preciso utilizar uma fita métrica ao redor da cintura, entre a última costela e a extremidade superior do osso do quadril. 

Segundo a International Diabetes Federation, os limites recomendados são de até 80 cm para mulheres e 94 cm para homens. Valores acima desses podem indicar excesso de gordura visceral.

Se a sua circunferência abdominal está acima dos limites recomendados, ou se você se identifica com o perfil de "falso magro", é hora de procurar ajuda profissional. 

O acompanhamento médico é essencial para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento seguro.

Se você vive repetindo “sou magra mas tenho barriga”, saiba que essa situação é comum e pode estar relacionada a vários fatores, como fatores genéticos e hormonais.

Para reverter o quadro, o ideal é apostar em uma abordagem multidisciplinar, com mudanças consistentes de estilo de vida: alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e acompanhamento médico e nutricional. 

Procedimentos estéticos como a lipoaspiração removem apenas a gordura subcutânea (a mais superficial) e não a visceral, que é a mais perigosa. Portanto, pode mascarar um problema de saúde, criando uma falsa sensação de segurança.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

CNN BRASIL. Como perder gordura abdominal? Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/como-perder-gordura-abdominal/. Acesso em: 08 out. 2025.

O GLOBO. Por que as mulheres acumulam gordura na barriga na meia idade. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saude/bem-estar/por-que-as-mulheres-acumulam-gordura-na-barriga-na-meia-idade-25358876. Acesso em: 08 out. 2025.

FORBES. Falso magro: a importância de entender que peso não mensura saúde. Disponível em: https://forbes.com.br/forbessaude/2023/06/eduardo-rauen-falso-magro/. Acesso em: 08 out. 2025.

GAÚCHA ZH / CLICRBS. Ser magro mas ter barriga pode ser tão perigoso quanto ser obeso. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/vida/noticia/2018/09/ser-magro-mas-ter-barriga-pode-ser-tao-perigoso-quanto-ser-obeso-cjmmb9w9v00p701piojr1ssd5.html. Acesso em: 08 out. 2025.

METRÓPOLES. Dez conselhos infalíveis para acabar com a barriga após os 50. Disponível em: https://www.metropoles.com/saude/dez-conselhos-infaliveis-para-acabar-com-a-barriga-apos-os-50. Acesso em: 08 out. 2025.

TERRA. Gordura na barriga: nutricionista revela 6 técnicas para trincar o abdômen. Disponível em: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/degusta/alimentacao-com-saude/gordura-na-barriga-nutricionista-revela-6-tecnicas-para-trincar-o-abdomen,7844752c076aadb35bea740da1c81a24z66x2qo2.html. Acesso em: 08 out. 2025.

UOL. Mole, dura, pontuda ou redonda: descubra o que revela cada tipo de barriga. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/07/06/mole-dura-pontuda-redonda-descubra-o-que-revela-cada-tipo-de-barriga.htm. Acesso em: 08 out. 2025.

UOL. 15 maneiras de reduzir a barriga comprovadas pela ciência. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/01/28/15-maneiras-de-reduzir-a-barriga-comprovadas-pela-ciencia.htm. Acesso em: 08 out. 2025.

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