Revisado em: 17/10/2025
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De trauma leve e inflamações a condições como a varicocele, descubra o que pode causar a dor no testículo e quando procurar um especialista.
O infarto silencioso, ou infarto agudo do miocárdio (IAM), ocorre quando uma artéria do coração é bloqueada, interrompendo o fluxo de sangue. Ele é chamado de "silencioso" porque os sintomas são leves, atípicos ou mesmo não aparecem.
São facilmente confundidos com um mal-estar comum como indigestão ou cansaço. Essa forma de ataque cardíaco é mais frequente em idosos, pessoas com diabetes e mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as mortes por infarto de mulheres jovens, entre 15 e 49 anos, aumentaram 62% no Brasil entre 1990 e 2019.
No corpo feminino, o infarto se manifesta muitas vezes de forma sutil. Isso leva ao atraso no diagnóstico e a maiores riscos de complicações e mortalidade.
Aprenda a seguir a reconhecer 5 sintomas atípicos do infarto silencioso feminino. Entenda as possíveis causas, os fatores de risco e o que fazer em uma emergência.
A fadiga extrema, que não melhora com o repouso ou uma boa noite de sono, é um dos sinais de alerta mais comuns e negligenciados nas mulheres. Este cansaço é diferente daquele sentido após um dia agitado. Ele pode:
A fadiga ocorre porque o coração, ao estar sob estresse pela falta de oxigênio, tenta compensar a falha bombeando o sangue com mais dificuldade. Essa sobrecarga gera uma sensação de esgotamento físico no corpo todo.
É importante que qualquer cansaço que persista por dias ou que seja repentinamente intenso seja investigado por um médico.
Em vez da dor central no peito, as mulheres frequentemente sentem dor que se irradia para outras áreas, incluindo as costas. Essa dor pode se manifestar como:
Essa irradiação da dor acontece porque os nervos que vêm do coração se conectam com os nervos dessas áreas do corpo. Por isso, o cérebro pode "confundir" a origem do problema.
Qualquer dor que não esteja associada a um esforço físico localizado e que seja persistente, deve ser considerada um sinal de alerta. Se vier acompanhada de outro sintoma, o alerta é ainda mais importante.
Muitas mulheres confundem o infarto com um problema digestivo como gastrite, azia ou indigestão. Isso ocorre porque o desconforto pode se manifestar como uma dor na boca do estômago, na parte superior do abdômen, ou na parte inferior do tórax. E pode vir acompanhado de náuseas ou vômitos.
Esses sintomas são chamados de atípicos e merecem atenção redobrada. Se a dor ou o enjoo persistirem mesmo se medicamentos comuns para digestão não aliviarem, é urgente buscar ajuda médica.
A falta de ar, tecnicamente chamada de dispneia, é um sintoma comum no infarto feminino, podendo ocorrer mesmo na ausência de dor no peito. Os sinais incluem:
A explicação é que quando o coração está lesionado, ele não consegue bombear sangue com eficiência. O corpo reage então com falta de ar. O pulmão não recebe sangue suficiente. E o suor frio é uma resposta do sistema nervoso autônomo. Ele surge devido ao estresse cardíaco.
A conjunção desses sinais, mesmo que em intensidade leve, pode ser um forte indicador de que o coração não está funcionando bem.
O infarto é uma emergência médica. Em caso de suspeita, o tempo é crucial para salvar a sua vida ou a de quem está sofrendo o infarto. O primeiro e mais importante passo é chamar ajuda especializada.
Em caso de infarto ou ao presenciar alguém com sintomas graves:
O atendimento rápido de emergência é o principal fator para reduzir o risco de sequelas e morte.
A massagem cardíaca deve ser feita se a pessoa estiver inconsciente e não estiver respirando normalmente. Siga esses passos simples:
Se houver mais de um socorrista, é ideal revezar a massagem a cada dois minutos, para garantir que as compressões continuem sendo feitas com a força e profundidade corretas.
O infarto é causado pela interrupção do fluxo sanguíneo em uma das artérias coronárias. A principal causa em ambos os sexos é o acúmulo de placas de gordura, ou aterosclerose. Mas nas mulheres, outras condições têm um papel importante.
As principais causas são:
Essas causas demonstram que, mesmo sem os fatores de risco tradicionais, as mulheres não estão imunes ao infarto. O cardiologista é a melhor pessoa para identificar corretamente a causa, e indicar o melhor tratamento.
As mulheres compartilham os fatores de risco tradicionais do infarto com os homens, como diabetes, pressão alta, colesterol alto, tabagismo, obesidade, sedentarismo e histórico familiar.
No entanto, as mulheres apresentam fatores de risco únicos, ligados a questões hormonais e reprodutivas.
A presença de um ou mais desses fatores exige acompanhamento e monitoramento rigoroso com um cardiologista. Por isso a importância de se consultar regularmente.
O tratamento do infarto agudo do miocárdio visa restaurar o fluxo sanguíneo para o coração o mais rápido possível e prevenir novos eventos. O tratamento inicial e de longo prazo inclui:
Uso de medicamentos antiplaquetários como o ácido acetilsalicílico (AAS) para evitar novos coágulos. O uso de estatinas também é essencial para reduzir o colesterol e diminuir as placas de gordura. Outras classes, como betabloqueadores, são usadas para reduzir o esforço do coração.
É um procedimento minimamente invasivo. Um tubo fino é inserido na artéria e um pequeno balão é inflado para desobstruir a área bloqueada. Geralmente, uma prótese chamada stent, uma espécie de mola de metal, é colocada para manter a artéria aberta.
É uma cirurgia mais invasiva, usada em casos de múltiplas obstruções graves. O cirurgião usa parte de uma veia ou artéria de outra parte do corpo para criar um "atalho" e desviar o fluxo sanguíneo da área bloqueada.
Após a fase aguda, é fundamental seguir o tratamento medicamentoso e participar de programas de reabilitação cardíaca. Só o médico cardiologista pode estabelecer qual a melhor forma de tratar o infarto.
A prevenção é o meio mais eficaz de combate ao infarto, especialmente em mulheres com fatores de risco específicos. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) enfatiza que a maior parte das mortes por doenças cardiovasculares poderiam ser evitadas com mudanças no estilo de vida.
Algumas recomendações de prevenção:
Priorizar a saúde do coração é um ato de autocuidado para a vida toda. E o check-up cardiológico periódico é essencial para monitorar a saúde e prevenir o infarto.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 117, n. 1, p. 181-264, jul. 2021. Disponível em: https://abccardiol.org/wp-content/uploads/articles_xml/0066-782X-abc-117-01-0181/0066-782X-abc-117-01-0181.x66747.pdf. Acesso em: 15 out. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Um Olhar sobre o Stress nas Mulheres com Infarto Agudo do Miocárdio. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 114, n. 4, p. 642-649, abr. 2020. Disponível em: https://abccardiol.org/article/um-olhar-sobre-o-stress-nas-mulheres-com-infarto-agudo-do-miocardio/. Acesso em: 15 out. 2025.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Primeiros Socorros: Massagem Cardíaca. [S.d.]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/10006003171.pdf. Acesso em: 15 out. 2025.
CNN BRASIL. Mortes por infarto em mulheres jovens crescem 62% no Brasil; saiba como prevenir. 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/mortes-por-infarto-em-mulheres-jovens-crescem-62-no-brasil-saiba-como-prevenir/. Acesso em: 15 out. 2025.
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