Revisado em: 30/10/2025
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O uso de dipirona na amamentação deve ser feito com orientação médica

A dipirona tem o metamizol como o seu princípio ativo e está entre os medicamentos mais utilizados no Brasil para o alívio de dores e febre. Por sua eficácia e fácil acesso, é comum ser uma das primeiras opções de quem busca alívio rápido desses sintomas.
Ela pode ser usada pela maioria das pessoas, mas requer atenção em alguns grupos. Em períodos como a gestação ou a amamentação é preciso ter atenção redobrada. Isso leva a pensar se quem está amamentando pode tomar dipirona.
Esse fármaco em específico é eliminado pelo leite materno. Então durante a amamentação o uso de medicamentos deve ser feito somente sob autorização médica, para não interferir negativamente na saúde da mãe e do bebê.
A dipirona é um medicamento pertencente à classe dos analgésicos e antipiréticos (age no combate à febre). Ela pode ser classificada como um anti-inflamatório não esteroidal (AINE), mas a sua ação anti-inflamatória é fraca. O seu uso principal é focado no alívio da dor e da febre.
A ingestão do fármaco pela mãe que está amamentando pode gerar dúvidas sobre a sua segurança, já que pode ser eliminado pelo leite materno.
A preocupação é que essa substância possa causar efeitos adversos no recém-nascido, como a agranulocitose. Essa é uma condição rara e grave, que afeta a produção de glóbulos brancos.
A queda na produção dessas células de defesa afeta diretamente o sistema imunológico e deixa o organismo mais suscetível a infecções. A falta de estudos conclusivos em humanos sobre a dipirona ser totalmente segura em recém-nascidos mostra que é preciso ter cautela no uso.
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A dipirona é bastante utilizada por causa da sua eficiência e rapidez na ação. Os seus efeitos podem ser sentidos em até 1 hora após o uso, e perdurar por 6 horas.
Ela é indicada para o tratamento dos mais diversos tipos de dores: dor de cabeça, dor de dente, pós-cirúrgica, traumáticas e até cólicas menstruais, renais ou intestinais. Além de ser um potente agente no combate à febre, principalmente para a febre altas.
Seu mecanismo de ação envolve a inibição da produção de prostaglandinas, que são responsáveis pela sensação de dor e pelo aumento da temperatura corporal.
Depois de tudo o que foi dito até agora, fica a dúvida: quem está amamentando pode tomar dipirona?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) ela está na classificação de risco ‘possivelmente perigosos’. Ou seja, há indícios de que o medicamento pode representar riscos para o bebê ou interferir na produção de leite.
Mas o seu uso pode ser considerado caso haja uma análise minuciosa entre os riscos e os possíveis benefícios. Por isso, se você estiver amamentando, antes de fazer a ingestão de dipirona é preciso fazer uma consulta médica para saber se existe a recomendação do fármaco. A automedicação não é recomendada.
Para quem está amamentando e teve o uso liberado pelo médico, é necessário ter alguns cuidados para minimizar qualquer risco para o bebê.
É fundamental também nunca se automedicar e sempre informar ao médico sobre qualquer outro medicamento ou suplemento que esteja sendo utilizado. A combinação de substâncias pode aumentar os riscos para o bebê.
Seguir corretamente os horários e as doses prescritas contribuem para garantir um uso mais seguro da dipirona durante o período de amamentação. Bem como registrar possíveis reações.
Existem alguns sinais de alerta que exigem a suspensão imediata do medicamento e a busca por atendimento médico, são eles:
Um outro sinal de alerta que é raro, é a agranulocitose. A febre persistente, calafrios, dor de garganta, lesões na boca ou na garganta são sinais da presença do problema.
Nos casos em que existe a contraindicação médica para o uso do dipirona ou a mãe prefira evitar a medicação, existem alternativas que são consideradas seguras.
Podem ser utilizados fármacos como o paracetamol para a dor e febre; e o ibuprofeno, também utilizado para inflamação. Os dois são considerados seguros quando utilizados nas doses habituais, sendo as primeiras escolhas recomendadas para o alívio da dor e febre em lactantes.
Segundo a SBP, o paracetamol entra na classificação de risco ‘compatíveis’, quando não há registros de efeitos negativos no bebê.
Para os medicamentos classificados dessa maneira, pesquisas controladas com mulheres em fase de amamentação não identificaram riscos significativos para as crianças. As chances de causar algum prejuízo foram consideradas muito baixas.
Sobre o ibuprofeno, o Ministério da Saúde classifica que o seu uso é compatível com a amamentação.
A dipirona é um medicamento eficaz e bastante utilizado para aliviar dores e reduzir a febre, mas seu uso durante a amamentação exige cautela. Por isso, quem está amamentando pode tomar dipirona apenas sob orientação médica.
O profissional avaliará o quadro clínico, o tipo de dor, a necessidade real do medicamento e possíveis alternativas mais seguras, como o paracetamol ou o ibuprofeno. O mais importante é nunca se automedicar.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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