Revisado em: 29/10/2025
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Os sintomas de H. pylori incluem dor, queimação e má digestão

A Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria que acomete o estômago humano. Ela é associada a diversas condições gastrointestinais, desde a gastrite crônica até o aumento do risco de câncer gástrico.
A maioria das pessoas com o microrganismo não apresentam sintomas. Então, quais os sintomas de H. pylori? Quando eles começam a se manifestar provocam dor ou queimação do estômago, indigestão, empachamento e distensão abdominal.
O tratamento é feito por meio de um protocolo prescrito pelo gastroenterologista, envolvendo antibióticos e medicamentos que reduzem a acidez estomacal.
A prevenção deve ser feita lavando as mãos com água e sabão ao usar o banheiro ou evitando o compartilhamento de talheres e copos. Consumir apenas alimentos bem higienizados também é fundamental para evitar a contaminação.
A H. pylori pode ser silenciosa, mas o cuidado não precisa ser. Procure um gastroenterologista:
A H. Pylori é uma bactéria em formato de espiral que se aloja no estômago, mais especificamente no revestimento (mucosa) gástrico. Para se proteger e sobreviver ao ácido estomacal ela produz amônia, que neutraliza o ácido ao seu redor.
Por causa da sua localização e capacidade de neutralização a bactéria pode causar uma infecção crônica, que pode evoluir para gastrite crônica. A gastrite é a causa mais comum de úlcera péptica, feridas no estômago ou duodeno.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a bactéria como um agente carcinogênico de Categoria I. A classificação é feita pois existe uma forte relação entre ela e o desenvolvimento de câncer de estômago e de linfoma da mucosa gástrica.
A transmissão pode ser feita por contato fecal-oral, quando o indivíduo tem contato com as fezes de pessoas contaminadas.
Esse tipo de contaminação ocorre muitas vezes pela falta de higiene adequada, como mãos mal lavadas ou não lavar as mãos após evacuar. Outro tipo de transmissão é a oral-oral, que ocorre pela troca de saliva ou contato próximo, como em um beijo.
É possível pegar a bactéria ao ingerir água e alimentos contaminados, que não passaram por saneamento ou preparo adequados. Assim como ao compartilhar talheres e copos com pessoas infectadas.
A infecção geralmente ocorre na infância ou adolescência e pode perdurar pela vida adulta. A sua prevalência está ligada a condições de higiene e socioeconômica.
Por isso ela é maior em regiões com condições sanitárias precárias e em populações com nível socioeconômico baixo. A falta de saneamento básico facilita a disseminação do microrganismo.
A maioria das pessoas infectadas pela bactéria são assintomáticas, ou seja, não manifestam sintomas ou possuem alguma complicação significativa.
Os sintomas da H. Pylori surgem quando ela provoca inflamação na mucosa gástrica, a gastrite. Pode surgir também quando leva ao desenvolvimento de úlceras.
A dor ou queimação no estômago é bastante característica. Ela pode surgir entre as refeições ou durante a madrugada. Um outro sintoma é a sensação de estômago cheio, dificuldade na digestão ou a sensação de estar satisfeito mesmo tendo comido pouco.
Pode ocorrer também a sensação de enjoo ou episódios de vômito, bem como excesso de gases no estômago e arrotos constantes, diminuição da vontade de comer e sensação de barriga inchada.
Existem alguns sinais de alerta que podem indicar complicações graves como a presença de úlceras ou a progressão para câncer gástrico. Veja a seguir:
Essas manifestações consideradas mais graves exigem investigação médica imediata, já que não são exclusivas da infecção por H.Pylori e podem estar presentes em outras condições.
O diagnóstico é realizado por meio de exames que detectam a presença da bactéria ou as lesões que ela causou.
A endoscopia é considerada o exame mais completo, sobretudo em pacientes com sinais de alarme. Com ela o médico pode visualizar a mucosa do estômago e retirar pequenos fragmentos para a análise (biópsia).
A biópsia é capaz de detectar a bactéria de forma rápida, seja através do microscópio ou do Teste Rápido de Urease (TRU).
Os exames não são feitos de maneira rotineira, somente para pessoas com úlceras ativas ou sintomas persistentes.
A infecção tem cura. O tratamento tem o objetivo de eliminar a bactéria e reduzir a acidez gástrica para permitir a cicatrização das lesões. Ele envolve a combinação de medicações, administradas por um determinado período.
Para tratar o problema é prescrita uma combinação de dois antibióticos, que combatem a bactéria diretamente, pode ser: amoxicilina, claritromicina,metronidazol ou tetraciclina.
Para potencializar os efeitos dos antibióticos são administrados medicamentos que reduzem a acidez do estômago como o omeprazol, pantoprazol ou esomeprazol. Eles são responsáveis também por criar um ambiente menos favorável à bactéria.
Em alguns esquemas de tratamento o subsalicilato de bismuto pode ser adicionado, com o objetivo de potencializar o efeito antibacteriano. Ele ajuda também a proteger o revestimento do estômago.
O uso de probióticos pode ser recomendado ao longo do protocolo com antibióticos. A prática visa ajudar a equilibrar a flora intestinal e minimizar os efeitos colaterais, como a diarreia.
Mesmo após o desaparecimento dos sintomas ao longo do tratamento, ele deve seguir até o final do tempo determinado pelo gastroenterologista. Seguir o protocolo até o final do tempo determinado visa garantir o sucesso do esquema terapêutico.
Após o término, é preciso realizar novos exames para confirmar a eliminação da bactéria. Caso não ocorra na primeira tentativa, o tratamento deve ser realizado novamente.
A prevenção da contaminação por H.pylori está diretamente ligada à melhoria das condições de higiene e saneamento. Então é preciso lavar as mãos com água e sabão depois de usar o banheiro e antes de manipular os alimentos.
O ideal é consumir e cozinhar os alimentos apenas com água filtrada ou potável e ter cuidado na preparação dos alimentos. Também é uma forma de cuidado não compartilhar objetos como talheres e copos.
Para quem tem a bactéria, a atenção à alimentação é necessária, para não irritar a mucosa gástrica. A dieta deve ser leve, rica em vegetais cozidos, frutas não ácidas e proteínas magras.
Mantê-la dessa forma pode ajudar a aliviar a má digestão e o desconforto abdominal. É importante evitar alimentos muito temperados, pimenta, molho de tomate, frituras e comidas gordurosas. O consumo de bebidas alcoólicas, café e refrigerantes deve ser moderado.
Ao perceber qualquer desconforto persistente, busque orientação médica. O cuidado antecipado é a melhor forma de garantir uma boa recuperação e proteger o estômago contra as complicações causadas pela H. pylori.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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