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Gonorreia em mulher tem cura? Como é o tratamento e o que fazer para prevenir

A cura da gonorreia é possível com o uso de antibióticos, mas é importante investigar com o médico para um diagnóstico e tratamento corretos.

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gonorreia é uma das infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns. Ela é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também chamada de gonococo. No Brasil, estima-se que cerca de 500 mil pessoas são diagnosticadas pela doença a cada ano, segundo dados do Ministério da Saúde (2018).

Muitas vezes, a infecção não apresenta sintomas (Ministério da Saúde, 2022), atrasando o diagnóstico e o tratamento. Consequentemente, a infecção pode subir e atingir o útero, as trompas e os ovários.

Entenda melhor como funciona o tratamento da gonorreia, quais são os sintomas e como você pode se prevenir.

Gonorreia em mulher tem cura? Entenda o tratamento

A gonorreia tem cura e seu tratamento é feito com o uso de antibióticos. O tratamento é baseado no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com IST (Ministério da Saúde, 2022).

O médico prescreve um antibiótico em dose única, sendo a escolha do medicamento e da dose baseados na sua condição e no local da infecção.

Um ponto importante sobre a resistência bacteriana é que a bactéria Neisseria gonorrhoeae tem se tornado resistente a alguns antibióticos mais antigos. Converse com o médico para garantir que a medicação seja a mais atual possível, e que esteja de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde.

Meu parceiro precisa fazer o tratamento da gonorreia?

O tratamento do parceiro também é altamente recomendado. Mesmo que ele não tenha sintomas, precisa ser tratado. É uma forma de evitar a reinfecção, o chamado efeito pingue-pongue.

Durante o tratamento, vocês precisam suspender as relações sexuais e retomar somente após os dois se curarem completamente.

Fatores de risco para a gonorreia em mulheres

A gonorreia é transmitida por relações sexuais desprotegidas. Estamos falando de sexo vaginal, anal ou oral sem o uso de preservativo.

Alguns hábitos ou condições aumentam o risco de você contrair a infecção:

  • Vários parceiros: ter muitos parceiros sexuais aumenta sua chance de contato com a bactéria;
  • Não usar preservativo: a camisinha é a principal barreira de proteção. Como dito anteriormente, a falta do seu uso em qualquer tipo de relação sexual coloca você em riscos;
  • Histórico de IST: se você já teve outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), você fica mais vulnerável à gonorreia;
  • Idade: pessoas entre 20 e 39 anos estão entre as mais suscetíveis à contaminação, segundo estimativas do Ministério da Saúde (2018).

A prevenção combinada, que inclui o uso de camisinha e o diagnóstico regular, é a melhor forma de reduzir esses riscos contra a gonorreia e outras ISTs. Vale tanto para você quanto para o seu parceiro.

Leia também: exames ginecológicos preventivos: sua proteção contra doenças

Principais sintomas da gonorreia em mulheres

A gonorreia é conhecida por ser uma infecção sem sintomas aparentes na maioria das mulheres. São cerca de 80% dos casos, segundo o Ministério da Saúde (2022). Essa falta de sinais dificulta que a mulher busque o diagnóstico mais rápido e inicie o tratamento.

Quando os sintomas aparecem, eles costumam ser leves ou inespecíficos. Você pode confundir os sinais com outras infecções vaginais:

  • Corrimento vaginal: pode ser amarelado ou esverdeado, às vezes parecido com pus;
  • Dor ao urinar: você sente ardência ou queimação ao fazer xixi;
  • Sangramento anormal: pode ocorrer sangramento fora do seu período menstrual ou após o sexo;
  • Dor pélvica: se a bactéria se espalhar, você pode sentir dor na parte baixa da barriga. Uma dor que pode indicar a Doença Inflamatória Pélvica (DIP).

Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é uma complicação séria da gonorreia não tratada. Ela atinge seus órgãos reprodutores internos. A DIP pode levar à dor crônica e à infertilidade nos casos mais graves.

Consulte o ginecologista sempre que identificar algum sintoma suspeito.

Leia também: corrimento escuro: o que pode ser e quando se preocupar

Como prevenir a gonorreia?

A melhor forma de prevenir a gonorreia é combinar preservativo, exames, diálogo com o parceiro e tratamento:

  • Preservativo: você deve usar o preservativo masculino ou feminino corretamente em todas as relações sexuais: vaginal, anal e oral;
  • Exames: se você tem vida sexual ativa, deve fazer exames regulares para ISTs. É ainda mais importante quando você troca de parceiro;
  • Diálogo: converse abertamente com seu parceiro sobre a saúde sexual e o histórico de ISTs de vocês dois;
  • Tratamento: se seu diagnóstico for confirmado, comece logo o tratamento e convença o parceiro a tratar também. O tratamento simultâneo interrompe a cadeia de transmissão da bactéria.

O diagnóstico precoce e a prevenção são as ferramentas mais eficazes. Elas protegem você de complicações sérias, como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP).

Essa doença ocorre quando a infecção se espalha para seus órgãos reprodutores. Em casos mais graves ela pode causar cicatrizes nas trompas e levar à infertilidade.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

MINISTÉRIO DA SAÚDE. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/pcdts/2022/ist/pcdt-ist-2022_isbn-1.pdf. Acesso em: 28 out. 2025.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. OMS alerta para disseminação de uma superbactéria da Gonorreia. In: YouTube, Canal do Ministério da Saúde. Publicado em 24 set. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ssKvD3wDVxY. Acesso em: 28 out. 2025.

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