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A inflamação da gengiva na gestação é muito frequente e pode progredir para periodontite se não for tratada.

A gengivite é uma inflamação que atinge a gengiva. Ela acontece quando a placa bacteriana, aquela película pegajosa de bactérias que se forma nos dentes, não é removida corretamente. A gengiva fica inchada e vermelha, e pode sangrar com facilidade.
Durante a gestação, essa condição é tão comum que ganha até um nome específico: Gengivite Gravídica. Você sabia que essa inflamação é um dos problemas de saúde bucal mais prevalentes na gravidez?
Se você está grávida, saiba que os cuidados com a sua saúde bucal são muito importantes para você e para o desenvolvimento saudável do seu bebê.
Entenda melhor a seguir por que essa inflamação acontece nesse período gestacional, como identificar os sinais e o que você pode fazer para se prevenir.
Segundo dados da Fiocruz (2022), estima-se que a prevalência de gengivite em gestantes fique entre 60% e 70%. A causa principal é o acúmulo de placa bacteriana. Na gravidez, o corpo passa por uma grande mudança hormonal que pode piorar essa inflamação.
Basicamente, o que acontece é uma resposta exagerada do seu organismo às bactérias.
As principais causas da gengivite são:
O corpo aumenta muito a produção dos principais hormônios femininos durante a gestação: a progesterona e o estrogênio. Um aumento que intensifica a circulação de sangue em todas as suas mucosas, inclusive nas gengivas.
Com mais sangue, os tecidos gengivais ficam mais inchados, sensíveis e vascularizados, tornando-os mais reativos à presença da placa.
As alterações hormonais afetam a forma como o sistema imunológico responde às bactérias na boca. A reação inflamatória se torna muito mais forte do que seria fora da gestação.
A higiene bucal precisa ser ainda mais rigorosa durante a gravidez, mesmo que você já tenha o hábito. Durante a gestação, a sensibilidade e o sangramento podem surgir ou piorar.
Leia também: baixa imunidade na gravidez: o que você precisa saber e como lidar com esse quadro
Os sintomas da gengivite na gestação são parecidos com os da gengivite comum, mas podem ser mais intensos:
Os sintomas podem evoluir para periodontite e comprometer os ossos que sustentam os dentes. Locomover-se durante a gestação pode ser desafiador para muitas mulheres, mas buscar um dentista na presença dos sintomas ajuda a diagnosticar e a tratar o problema rapidamente.
Leia também: mudanças no corpo da gestante mês a mês explicadas
A melhor forma de prevenir a gengivite é manter a higiene bucal mais rigorosa durante a gestação. Confira algumas recomendações:
Use sempre uma escova de cerdas macias e realize movimentos suaves e circulares. Não escove com força para não machucar a gengiva que já está sensível.
O uso diário e correto do fio dental não pode faltar. Ele remove a placa bacteriana entre os dentes onde a escova não alcança. Se a gengiva sangrar, não desista. Pode indicar que a área precisa ser limpa.
Marque pelo menos uma consulta com o dentista no início do pré-natal. A Caderneta da Gestante do Ministério da Saúde (2022) orienta que você deve fazer essa avaliação. É seguro e importante para você e seu bebê.
Uma dieta balanceada, rica em vitaminas como a Vitamina C ajuda a manter a integridade dos seus tecidos gengivais.
Se você já foi diagnosticada com gengivite ou percebeu os sintomas, o tratamento é simples, seguro e deve ser feito o mais rápido possível.
O tratamento da gengivite na gravidez foca em eliminar o fator causador, que é a placa e o tártaro:
Seu dentista fará uma limpeza completa para remover o tártaro acumulado. O procedimento é seguro durante a gestação e deve ser realizado o quanto antes.
O profissional pode prescrever antissépticos bucais específicos ou técnicas de escovação personalizadas para a sua condição.
O segundo trimestre da gestação é geralmente considerado o período mais seguro para tratamentos odontológicos de rotina. No momento da consulta, ele pode indicar mais encontros com ele durante a gestação.
Não adie o tratamento por medo. O risco de uma infecção evoluir para uma periodontite séria é muito maior do que o risco de um tratamento de rotina. Cuide de você para cuidar do seu bebê.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica ou odontológica. Em caso de dúvidas, procure seu dentista de confiança.
CADERNETA DA GESTANTE. 9. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_gestante_8ed_rev.pdf. Acesso em: 28 out. 2025.
FIOCRUZ. Cuidados com a saúde bucal na gestação. Portal de Boas Práticas, 2022. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2022/12/cuidadossaudebucalgestacao-221122182351-4e7a87ca.pdf. Acesso em: 29 out. 2025.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretriz para a Prática Clínica Odontológica na Atenção Primária à Saúde: tratamento em gestantes. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Saúde da Família, 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pratica_clinica_odontologica_atencao_primaria_gestantes.pdf. Acesso em: 29 out. 2025.
REVISTA ROBRAC. A. GOULART COSTA, Isabella. Avaliação da condição periodontal em grávidas de alto risco do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Salvador: ROBRAC, 2022. Disponível em: https://www.robrac.org.br/seer/index.php/ROBRAC/article/download/267/238/. Acesso em: 28 out. 2025.
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