Revisado em: 06/11/2025
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A cirurgia no intestino trata doenças que afetam o trato gastrointestinal

A cirurgia no intestino é um procedimento médico utilizado como tratamento de condições de saúde que afetam o trato gastrointestinal. Então ela trata desde doenças inflamatórias intestinais até o câncer colorretal.
O seu objetivo é restaurar o funcionamento adequado do intestino e aliviar dores e desconfortos. A intervenção cirúrgica costuma ser indicada quando o tratamento clínico é insuficiente ou para evitar complicações graves. Pode ser feita tanto no intestino grosso, quanto no intestino delgado.
Todo e qualquer procedimento cirúrgico realizado no intestino delgado e intestino grosso (cólon e reto) é considerado uma cirurgia no intestino. O tipo mais comum de cirurgia no intestino grosso é a colectomia. Através dela é feita a remoção de parte do cólon ou de todo ele.
O objetivo principal da cirurgia intestinal é tratar ou aliviar os sintomas de doenças que comprometem a saúde e o funcionamento do órgão. Isso pode incluir a remoção de tumores, a reversão de obstruções intestinais, o tratamento de complicações de doenças inflamatórias ou a reparação de lesões.
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A cirurgia no intestino é indicada de acordo com o diagnóstico, com o estágio da doença e ao observar as condições de saúde do paciente.
Ela é adequada para a maioria dos estágios do câncer colorretal, principalmente quando o diagnóstico é precoce. Em casos mais avançados, a sua realização pode aliviar obstruções ou remover metástases localizadas.
A intervenção cirúrgica também pode ser feita em caso de complicações da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa. São elas: obstrução intestinal, perfuração, hemorragia grave ou falha no tratamento clínico.
As aderências (cicatrizes de cirurgias anteriores), hérnias ou tumores podem ser removidos com a cirurgia. Eles podem causar bloqueio completo ou grave da passagem de alimentos e líquidos pelo intestino.
Também pode ser utilizada para reverter a inflamação ou infecção dos divertículos, que são pequenas bolsas que ficam no cólon. A chamada diverticulite complicada costuma resultar em perfuração, abscesso ou fístula.
A cirurgia pode receber vários nomes, a depender da parte do intestino que está comprometida ou da extensão da remoção. Veja a seguir alguns deles:
Com ela é feita a remoção de parte ou de todo o intestino grosso. Ela é indicada normalmente para pessoas acometidas pelo câncer retal, doença de Crohn, retocolite ulcerativa e diverticulite complicada.
Na hemicolectomia é feita a retirada de uma parte específica do cólon, seja o lado direito ou esquerdo. A sua escolha é feita para tumores localizados em apenas uma das partes do cólon.
A porção final do intestino grosso (reto) é removida total ou parcialmente. A sua indicação costuma ser para o câncer de reto e retocolite ulcerativa.
É realizada a remoção de uma parte do intestino delgado ou grosso e depois é feita uma emenda entre os segmentos que sofreram o corte. Esta técnica é indicada para tumores pequenos, lesões localizadas e estreitamentos intestinais (estenoses).
Os cânceres em estágio inicial costumam se beneficiar com este tipo de cirurgia no intestino. Os procedimentos são minimamente invasivos, sendo realizados durante a colonoscopia. Eles são responsáveis por remover pólipos ou tumores muito superficiais.
Por meio desta técnica são retirados um ou mais segmentos do intestino delgado. Ela é utilizada em casos de obstrução intestinal, estenoses, fístulas e hemorragia.
Para quem faz a cirurgia intestinal, pode ser criada uma abertura na parede intestinal para fazer o desvio do trânsito intestinal (ostomia). Esse procedimento é conhecido como colostomia, quando ocorre no intestino grosso; ou ileostomia, quando é realizado no intestino delgado.
A intervenção cirúrgica pode ser feita pela cirurgia convencional (via aberta ou laparotomia). Por ela é feita uma única incisão grande no abdômen, para que o cirurgião acesse diretamente o intestino.
A videolaparoscopia também é uma opção. Ela é uma técnica minimamente invasiva, realizada através de pequenas incisões, por onde são inseridos uma câmera (laparoscópio) e instrumentos cirúrgicos.
A outra escolha possível é a cirurgia robótica, que utiliza um robô cirúrgico controlado pelo cirurgião a partir de um console. Essa cirurgia minimamente invasiva, oferece uma visão tridimensional do campo cirúrgico e maior precisão.
As técnicas menos invasivas são preferíveis, por estarem associadas a um menor tempo de internação, recuperação mais rápida e menos dor pós-operatória. Além de oferecerem melhores resultados estéticos.
A cirurgia no intestino é considerada um procedimento de grande porte. Por isso pode apresentar riscos e complicações. A necessidade de fazer uma colostomia ou ileostomia é um risco cirúrgico. Assim como o estrangulamento intestinal, em casos de obstrução.
Dentre as complicações precoces é possível que estejam a infecção da ferida operatória, abscesso intra-abdominal e fístula. O vazamento da emenda feita pelo médico também pode ser visto.
O paciente também pode apresentar estreitamento da emenda intestinal e hérnias incisionais. Essas são as complicações tardias, que podem surgir semanas, meses ou anos após a intervenção.
A ocorrência de algum problema pós-operatório é minimizado com o devido acompanhamento médico.
O período pós-cirúrgico também é importante para a recuperação. É preciso ter certos cuidados gerais e prestar atenção na alimentação, seguindo as orientações médica e nutricional.
É recomendado evitar fazer esforço físico intenso por um determinado período de tempo, geralmente de 30 dias. Além de ser preciso seguir as orientações sobre o curativo e manter o local da incisão sempre limpo.
É necessário tomar as medicações de acordo com o que foi prescrito pelo médico, para evitar infecções. Para os pacientes com ostomia, o cuidado deve ser redobrado com a bolsa e a pele ao redor.
Também é importante fazer consultas de acompanhamento para monitorar a recuperação e o funcionamento do intestino. A reintrodução alimentar também vai dizer muito sobre o funcionamento intestinal.
Por isso, deve ser feita de forma gradual, permitindo que o órgão se recupere e se adapte a sua nova anatomia. Inicialmente a dieta costuma ser líquida, evoluindo para pastosa e depois para uma dieta leve e de fácil digestão.
Alimentos que causam gases, inchaço e de difícil digestão devem ser evitados nas primeiras semanas. O ideal é comer em pequenas quantidades e com maior frequência, para ajudar na digestão.
Além de reintroduzir as fibras de forma gradual e monitorada, para evitar sobrecarregar o intestino, e manter uma hidratação adequada. Durante o período de recuperação, se o paciente apresentar sintomas como febre, dor intensa e vômitos persistentes deve procurar um médico, pois isso pode ser sinal de infecção.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
Referências
COLECTOMIA: descubra como funciona a cirurgia de câncer de cólon. CBCD – Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva. Disponível em: https://cbcd.org.br/biblioteca-para-o-pu/colectomia-descubra-como-funciona-a-cirurgia-de-cancer-de-colon/. Acesso em: 05 nov. 2025.
COMO funciona a cirurgia para câncer colorretal. SBCO – Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. Disponível em: https://sbco.org.br/como-funciona-a-cirurgia-para-cancer-colorretal/. Acesso em: 05 nov. 2025.
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Por que a tendência é usar mais cirurgia robótica no câncer de intestino. BBC Brasil. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx2p30nzw30o. Acesso em: 05 nov. 2025.
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HELV realiza primeira cirurgia de colectomia por vídeo em paciente com câncer de intestino. Governo do Ceará. 23 jan. 2023. Disponível em: https://www.saude.ce.gov.br/2023/01/23/helv-realiza-primeira-cirurgia-de-colectomia-por-video-em-paciente-com-cancer-de-intestino/. Acesso em: 05 nov. 2025.
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